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Anatomia e Fisiologia do Sistema Respiratório: Uma Análise Completa, Resumos de Anatomia

Conteúdo de sistema respiratório

Tipologia: Resumos

2020

Compartilhado em 07/05/2020

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ABORDAGEM MORFOFUNCIONAL DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
Djanira Aparecida da Luz Veronez1
INTRODUÇÃO
O sistema respiratório é responsável pelo mecanismo de troca gasosa (hematose)
com o ar atmosférico para garantir que a concentração de oxigênio seja mantida no
sangue. Além das trocas gasosas, o sistema respiratório também auxilia na
regulação da temperatura corporal e na manutenção do pH do sangue. O
mecanismo de hematose pulmonar é fundamental para manter o equilíbrio
acidobásico do sangue.
O sistema respiratório é constituído pelo nariz, cavidade nasal, faringe, laringe,
traqueia, brônquios e pulmões.
Classicamente, o sistema respiratório é dividido em vias aéreas superiores e vias
aéreas inferiores. As vias aéreas superiores são formadas por órgãos que se situam
externamente à caixa torácica, nariz externo, cavidade nasal, faringe e laringe. As
vias aéreas inferiores são constituídas pelos órgãos localizados na caixa torácica,
traqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos pulmonares e pulmões.
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1!Biomédica.!Doutora!em!Ciências! Médicas!área!de!concentração!Neurociências!pela! Universidade!Estadual!de!
Campinas.!Professora!do!departamento!de!anatomia!da!Universidade!Federal!do!Paraná.!!
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ABORDAGEM MORFOFUNCIONAL DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

Djanira Aparecida da Luz Veronez 1 INTRODUÇÃO O sistema respiratório é responsável pelo mecanismo de troca gasosa (hematose) com o ar atmosférico para garantir que a concentração de oxigênio seja mantida no sangue. Além das trocas gasosas, o sistema respiratório também auxilia na regulação da temperatura corporal e na manutenção do pH do sangue. O mecanismo de hematose pulmonar é fundamental para manter o equilíbrio acidobásico do sangue. O sistema respiratório é constituído pelo nariz, cavidade nasal, faringe, laringe, traqueia, brônquios e pulmões. Classicamente, o sistema respiratório é dividido em vias aéreas superiores e vias aéreas inferiores. As vias aéreas superiores são formadas por órgãos que se situam externamente à caixa torácica, nariz externo, cavidade nasal, faringe e laringe. As vias aéreas inferiores são constituídas pelos órgãos localizados na caixa torácica, traqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos pulmonares e pulmões. (^1) Biomédica. Doutora em Ciências Médicas área de concentração Neurociências pela Universidade Estadual de Campinas. Professora do departamento de anatomia da Universidade Federal do Paraná.

Os músculos respiratórios principais (músculo diafragma e músculos intercostais) e acessórios (músculos abdominais, músculo serrátil anterior, músculos escalenos, músculo esternocleidomastoide) são estruturas anexas ao sistema respiratório. ESTUDO DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES NARIZ O nariz é uma estrutura ímpar, mediana, com formato de uma pirâmide triangular. Apresenta-se como uma protuberância situada no centro da face contendo uma raiz, um dorso, uma base e um ápice. As faces laterais do nariz apresentam uma saliência semilunar denominada de asa do nariz. O nariz é dividido em duas porções, o nariz externo, formado por um esqueleto cartilaginoso revestido internamente por mucosa e externamente por músculo e pele; o nariz interno, constituído por um esqueleto ósseo revestido internamente por mucosa. No interior no nariz apresenta-se uma ampla cavidade nasal, subdividida em dois compartimentos por meio do septo nasal em fossa nasal direita e fossa nasal esquerda. Cada compartimento dispõe de um orifício anterior (narina) e um posterior (coanas). As narinas são duas aberturas situadas na base do nariz externo formadas pelas cartilagens alares maiores do nariz. Essas aberturas procuram manter abertas as vias aéreas superiores para facilitar a ventilação pulmonar. Internamente as narinas apresentam pêlos especiais denominados de vibrissas. Essas estruturas procuram contribuir com a filtração do ar inspirado e impedem a entrada de insetos na cavidade nasal (Figura 1).

Figura 2. Vista inferior do crânio. Na cavidade nasal o ar torna-se condicionado, ou seja, é filtrado, umedecido e aquecido. Na parede lateral da cavidade nasal encontram-se as conchas nasais: superior, média e inferior. As conchas nasais são projeções ósseas, totalmente revestidas por

mucosa, constituídas pelo osso etmóide (concha nasal superior e média) e pelo osso concha nasal inferior. O esqueleto do nariz é formado por ossos, cartilagens, músculos, membrana fibrosa e uma membrana mucosa. O esqueleto ósseo do nariz é constituído pelos ossos nasais (02), osso etmoide (01), osso concha nasal inferior (02), osso vômer (01), ossos maxilares (02) e ossos palatinos (02). Os ossos nasais correspondem a dois pequeninos ossos classificados como laminares, localizados na raiz do nariz.

Os ossos conchas nasais inferiores são pares, classificados como ossos irregulares. São responsáveis pela constituição das conchas nasais inferiores, propriamente ditas. O osso vômer apresenta aspecto de uma lâmina delgada inferiormente localizada à lâmina perpendicular do osso etmoide. É responsável pela formação do septo nasal (Figura 3), da espinha nasal anterior e espinha nasal posterior. Os ossos maxilares são ossos classificados como irregulares e pneumáticos. Contribuem para a formação dos limites anterolaterais e inferiores da cavidade nasal. Os ossos palatinos em conjunto com os processos palatinos dos ossos maxilares formam o assoalho da cavidade nasal (Figura 4).

Figura 4. Vista inferior da base do crânio. A cavidade nasal apresenta comunicações com os seios paranasais. Os seios paranasais são encontrados nos ossos circunvizinhos ao nariz como: osso frontal (seio frontal), osso etmoide (células etmoidais), osso esfenoide (seio esfenoidal) e os ossos maxilares (seios maxilares).

A faringe é uma via comum aos sistemas respiratório e digestório. Atua como via condutora de ar da cavidade nasal para a laringe e também como via condutora de alimento da cavidade bucal em direção ao esôfago. Figura 5. Faringe. A faringe apresenta comunicação com a cavidade nasal por meio das coanas, comunica-se com a cavidade oral através do istmo das fauces (garganta), com o ouvido médio por meio do óstio faríngeo da tuba auditiva, com a laringe através do adito da laringe e com o esôfago a partir de sua continuidade inferior. No indivíduo adulto a faringe mede aproximadamente cinco centímetros se estendendo desde a base exterior do crânio até a 6ª ou 7ª vértebra cervical. A faringe divide-se em três regiões anatômicas, nasofaringe, orofaringe e laringofaringe (Figura 5).

Figura 6. Regiões da Faringe Nasofaringe ou rinofaringe Corresponde a região posterior à cavidade nasal, superiormente ao palato mole. Apresenta função respiratória, sendo uma extensão das cavidades respiratórias, a partir das coanas (Figura 6).

Figura 7. Laringe. A parede da laringe é composta por nove cartilagens, sendo três ímpares e três pares. São elas: cartilagem tireoide (01), cartilagem cricoide (01), cartilagem epiglótica (01), cartilagens aritenoides (02), cartilagens corniculadas (02) e cartilagens cuneiformes (02).

A laringe além de atuar como via de condução de ar, desempenha função na produção de som (órgão de fonação). Na sua superfície interna, a laringe apresenta uma fenda anteroposterior denominada vestíbulo da laringe formada por duas pregas (Figura 8): prega vestibular (pregas vocais falsas) e a prega vocal (pregas vocais verdadeiras). Figura 8. Vista interna da laringe.

Figura 9. Traquéia. A traqueia situa-se medial e anteriormente ao esôfago, e na sua terminação desvia- se ligeiramente para a direita. É constituída por uma série de aproximadamente 20 anéis cartilagíneos incompletos posteriormente, denominados de cartilagens traqueais. Esses mesmos anéis se sobrepõem e são ligados entre si pelos ligamentos anulares, que possuem a função de manter a traquéia rígida, para que a mesma não entre em colapso, e ao mesmo tempo, unidas por tecido elástico, fique assegurada a sua mobilidade e flexibilidade que se desloca durante o processo de respiração e com os movimentos da laringe. A parede posterior da traqueia, desprovida de cartilagem, apresenta uma musculatura lisa, constituindo desta forma, a parede membranácea posterior da traqueia, onde se encontra o músculo traqueal. Desde o término da cartilagem cricoide da laringe, na altura da sexta vértebra cervical segue-se a traqueia, que penetra no tórax terminando dividindo-se nos dois brônquios principais que se inserem nos pulmões direito e esquerdo, ao nível do ângulo esternal (na altura da quinta vértebra torácica). BRÔNQUIOS Os brônquios são os condutos cartilaginosos que levam o ar da traqueia aos pulmões. Os mesmos estão localizados abaixo da região inferior da traqueia e se estendem desde a ramificação desta até o hilo pulmonar, na porção mediana do tórax. São compostos por anéis de cartilagem e fibras musculares, assim como na traqueia, e revestidos por um epitélio ciliado com células capazes de produzir muco, as células caliciformes. O brônquio principal direito se apresenta mais largo e mais curto do que o esquerdo, o que explica a consequência do maior afluxo de corpos estranhos que nele penetram. Após sua inserção no hilo pulmonar, o brônquio principal direito se divide em brônquios lobares ou de segunda ordem, superior, médio e inferior.

Figura 10. Arvore brônquica. O mesmo não ocorre com o brônquio principal esquerdo que se apresenta dividido apenas em brônquios superior e inferior, visto que a secção do pulmão esquerdo ocorre apenas pela fissura oblíqua, dividindo-o em lobos superior e inferior.

diafragmática) e a face mediastínica ou face medial (possui uma região côncava onde se acomoda o coração). Figura 11. Pulmões. Os pulmões apresentam características morfológicas diferentes. O pulmão direito apresenta três lobos (superior, inferior e médio) divididos por duas fissuras. Sendo uma fissura oblíqua faz a divisão do lobo inferior dos lobos médio e superior e a fissura horizontal, que separa o lobo superior do lobo médio (Figura 11). O pulmão esquerdo apresenta dois lobos (superior e inferior) separados por uma fissura oblíqua. Cada lobo pulmonar é subdividido em segmentos pulmonares, que constituem unidades pulmonares completas, consideradas autônomas sob o ponto de vista anatômico:

I. Pulmão Direito: lobo superior, apical, anterior e posterior; lobo médio, medial e lateral; lobo inferior, apical (superior), basal anterior, basal posterior, basal medial e basal lateral. II. Pulmão Esquerdo: lobo superior, Apicoposterior, anterior, lingular superior e lingular inferior; lobo inferior, apical (superior), basal anterior, basal posterior, basal medial e basal lateral. PLEURA A pleura é uma membrana serosa de dupla camada que reveste internamente a parede torácica, o músculo diafragma e o mediastino (espaço entre os pulmões) para formar a pleura parietal. Em seguida, a pleura reflete-se na região do hilo pulmonar sobre a superfície externa dos pulmões revestindo-os intimamente e também aprofundando em suas fissuras e nos lobos pulmonares para constituir a pleura visceral ou pleura pulmonar. A cavidade pleural é o espaço virtual entre as pleuras visceral e parietal. Apresenta- se preenchido por uma pequena quantidade de líquido pleural. O líquido pleural tem a função de diminuir o atrito entre pleuras visceral e parietal facilitando o deslizamento entre elas durante os movimentos respiratórios de inspiração e expiração. HILO PULMONAR O hilo pulmonar corresponde a uma abertura localizada na face mediastinal de cada pulmão (Figura 12). Atua como um portal para a entrada dos brônquios principais direito e esquerdo, artérias pulmonares, direita e esquerda, e saída de nervos e vasos linfáticos.