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Secagem de Plantas Medicinais: Preservação e Obtenção de Boa Qualidade, Slides de Farmácia

Após a colheita, as plantas medicinais seguem três caminhos: uso direto, extração de substâncias ativas ou secagem. A secagem é o processo de conservação mais eficaz, pois inibe a atividade enzimática e preserva características como cor e aroma. Antes da secagem, é necessário adotar procedimentos básicos, como não lavar as plantas, separar espécies diferentes e eliminar elementos estranhos. A secagem pode ser natural ou artificial, sendo que a secagem artificial é mais rápida e produz material de melhor qualidade. Este documento aborda os cuidados na secagem, formas de utilização e preparação de diferentes tipos de plantas medicinais.

O que você vai aprender

  • Quais são as diferentes formas de preparação de plantas medicinais?
  • Qual é a importância da secagem em relação à conservação de plantas medicinais?
  • Quais são os procedimentos básicos a serem adotados antes da secagem de plantas medicinais?

Tipologia: Slides

2021

Compartilhado em 28/10/2021

claudia-ceolin
claudia-ceolin 🇧🇷

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Não perca as partes importantes!

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Processamento
Após a colheita, as plantas medicinais, normalmente, vão seguir três
caminhos possíveis: uso direto do material fresco, extração de substâncias
ativas ou aromáticas do material fresco e secagem do material fresco. Este
último destino é o que requer mais atenção, por preservar os materiais,
possibilitando o uso das plantas, a qualquer tempo, dentro dos prazos
normais de conservação. Antes de submeter as plantas à secagem, deve-
se adotar alguns procedimentos básicos para a obtenção de um produto
de boa qualidade, independentemente do método a ser empregado. São
eles:
Não lavar as plantas antes da secagem, exceto no caso de
determinados rizomas e raízes;
Deve-se separar as plantas de espécies diferentes;
As plantas colhidas e transportadas ao local de secagem não
devem receber raios solares;
Antes de submeter as plantas à secagem, devem ser eliminados
elementos estranhos (terra, pedras, outras plantas, entre outros.) e
partes que estejam em condições indesejáveis (manchadas,
danificadas, descoloridas, por exemplo);
As plantas colhidas inteiras devem ter cada parte (folhas, flores,
sementes, frutos e raízes) seca, separadamente, e conservada em
recipientes individuais;
Tempo de colheita para fins
terapêuticos
Órgão da planta
Ponto de colheita
Planta toda
No momento da floração
Sementes
Antes de cair espontaneamente
Folhas
Antes do florescimento
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Processamento

Após a colheita, as plantas medicinais, normalmente, vão seguir três caminhos possíveis: uso direto do material fresco, extração de substâncias ativas ou aromáticas do material fresco e secagem do material fresco. Este último destino é o que requer mais atenção, por preservar os materiais, possibilitando o uso das plantas, a qualquer tempo, dentro dos prazos normais de conservação. Antes de submeter as plantas à secagem, deve- se adotar alguns procedimentos básicos para a obtenção de um produto de boa qualidade, independentemente do método a ser empregado. São eles:  Não lavar as plantas antes da secagem, exceto no caso de determinados rizomas e raízes;  Deve-se separar as plantas de espécies diferentes;  As plantas colhidas e transportadas ao local de secagem não devem receber raios solares;  Antes de submeter as plantas à secagem, devem ser eliminados elementos estranhos (terra, pedras, outras plantas, entre outros.) e partes que estejam em condições indesejáveis (manchadas, danificadas, descoloridas, por exemplo);  As plantas colhidas inteiras devem ter cada parte (folhas, flores, sementes, frutos e raízes) seca, separadamente, e conservada em recipientes individuais;

Tempo de colheita para fins

terapêuticos

Órgão da planta Ponto de colheita Planta toda No momento da floração Sementes Antes de cair espontaneamente Folhas Antes do florescimento

Flores No início da floração Frutos Na maturação Raízes, Rizomas e Tubérculos Planta adulta: inverno ou primavera Casca e Entrecasca Antes do florescimento: primavera

Secagem

Nem sempre é possível o consumo de plantas medicinais frescas, daí a importância da secagem, um processo de conservação bastante eficaz quando bem conduzido. A redução da umidade ou desidratação inibe a atividade enzimática, retardando o processo de deterioração e consequentemente preservando características como cor e aroma que indicam boa qualidade do material. Cuidados na secagem Evitar a exposição das partes colhidas aos raios solares Separar as plantas de espécies diferentes, principalmente aromáticas Eliminar plantas em condições indesejáveis Secar separadamente partes diferentes das plantas Retirar os talos na secagem de folhas Folhas grandes podem ser picadas para secar Raízes, rizomas e tubérculos grandes devem ser cortados a fim de facilitar a secagem A secagem pode ser conduzida em condições ambientais, ou com o uso de estufas, secadores e similares. A secagem natural é um processo lento e deve ser realizada, à sombra, em local ventilado, protegida de poeira e do ataque de insetos e outros animais. Sua condução doméstica

BANHO Faz-se uma infusão ou decocção mais concentrada, que deve ser coada e misturada na água do banho. Outra maneira indicada é colocar as ervas em um saco de pano fino e deixar boiando na água do banho. Os banhos podem ser parciais ou de corpo inteiro, e são, normalmente, indicados uma vez por dia. COMPRESSA Preparação de uso tópico (local) que atua, pela penetração dos princípios ativos, através da pele. Utilizam-se panos, chumaços de algodão, ou gazes, embebidos em um infuso, decocto, sumo, ou tintura da planta dissolvida na água. A compressa pode ser quente ou fria. GARGAREJO Usado para combater afecções da garganta, amigdalites e mau hálito. Deve ser preparada uma infusão concentrada e gargarejar, quantas vezes forem necessárias. Exemplos: sálvia (mau hálito), tanchagem, malva e romã (amigdalites e afecções na boca). CATAPLASMA É obtido de diversas formas: a) Amassar as ervas frescas e bem limpas e aplicá-las – diretamente ou envolvidas em um pano fino ou gaze – sobre a parte afetada; b) Reduzir a ervas, até formarem um pó, misturá-las em água, chás ou outros preparos, e aplicá-las, envoltas em pano fino, sobre as partes afetadas; c) Utilizar farinha de mandioca, ou fubá de milho e água, geralmente quente, com a planta fresca, ou seca, triturada.

DECOCÇÃO (DECOCTO) Na decocção, geralmente usa-se água como líquido extrator. A água, em contato com a planta, é submetida à ebulição (fervura), por um período de 20 a 30 minutos; em seguida, o composto é filtrado. A porcentagem da droga utilizada varia, sendo, geralmente, de 5%. A decocção é utilizada para ervas não aromáticas (que contêm princípios ativos estáveis ao calor) e para drogas vegetais, constituídas por sementes, raízes, cascas e outras partes de maior resistência à ação da água quente. O decocto deve ser utilizado no mesmo dia de seu preparo. INALAÇÃO Utiliza-se a combinação do vapor de água quente com as substâncias voláteis das plantas aromáticas. É normalmente recomendada para problemas do aparelho respiratório. O preparo é feito com a colocação da erva numa vasilha com água fervente; na proporção de uma colher de sopa da erva fresca, ou seca, em 50 0 ml de água. Então, o vapor deve ser aspirado, lentamente, durante um período de 15 minutos. O recipiente pode ser mantido no fogo para haver contínua produção de vapor. INFUSÃO (INFUSO) Utilizada para partes da planta ricas em componentes voláteis, aromas delicados e princípios ativos termo lábeis; ou seja, que não suportam calor prolongado. No caso de plantas com grande quantidade destas substâncias, ou facilmente degradáveis, recomenda-se a maceração, que seria uma espécie de infusão a frio. Obtém-se a infusão fervendo a quantidade de água necessária, e vertendo-a sobre um vasilhame – de preferência em vidro ou porcelana, evitando o alumínio – contendo a erva, seca ou fresca, já separada e picada. Em seguida, o vasilhame deve ser tampado, por tempo variável, geralmente entre 5 e 10 minutos, mas podendo chegar a 40 minutos. Por fim, basta coar e beber, conforme indicação. O infuso deve ser utilizado no mesmo dia da preparação.

bem fechados, ao abrigo da luz. As cascas e raízes devem ser moídas até se transformarem em pó. Os pós podem ser misturados ao leite ou mel ou, ainda, usados no preparo de infusões, decoctos e, até mesmo, espalhados diretamente sobre algum local ferido, ou misturados com óleo, vaselina ou água antes de aplicar, dependendo da indicação. Os pós, bem como os extratos secos, são utilizados em farmácias de manipulação para produção de fitoterápicos em cápsulas. TINTURA Vem do latim tinctura que remete a ideia de tingir. São medicamentos líquidos, resultantes da extração de drogas vegetais, geralmente por um líquido extrator constituído de mistura de álcool e água. São preparados, em temperatura ambiente, empregando-se os processos de percolação ou maceração. Algumas tinturas, pelo menos em parte, utilizam acetona ou éter como líquido extrator. Este processo conserva, por longos períodos, os princípios ativos de muitas plantas medicinais. As partes da planta trituradas ficam em maceração (ao abrigo da luz e à temperatura ambiente) por um período entre 8 e 15 dias, devendo ser agitadas 1 ou 2 vezes ao dia. Ao final, o resíduo deve ser prensado e filtrado, em pano limpo, e guardado, também ao abrigo da luz. As tinturas são utilizadas, na forma de gotas diluídas em água fria (uso interno), ou em pomadas, unguentos e fricções (uso externo). Na maior parte das vezes, as tinturas são preparadas a 20%, isto é, a partir de 20 gramas da droga, obtém-se 100 ml da tintura. Entretanto, considera-se o seguinte: a) Plantas frescas: utilizar a proporção de 50%, em peso da planta, com relação ao álcool 92° GL; ou seja, 500 gramas de planta fresca (folhas, flores, entre outros) em 1000 ml de álcool 92° GL.: b) Plantas secas: utilizar a proporção de 25%, em peso da planta, com relação à mistura álcool e água; na proporção de 7 partes de álcool 92° GL e 3 partes de água destilada ou fervida. Ou seja, 250g de planta seca em 700 mL de álcool 92º GL e 300 mL de água.

UNGUENTO E POMADA Podem ser preparados com o sumo da erva ou chá, mais concentrado, misturado à banha animal, gordura de coco ou vaselina líquida. Pode-se, ainda, aquecer as ervas na gordura, depois coar e guardar em frascos tampados. Outra possibilidade é preparar a pomada, adicionando-se a tintura à vaselina. Neste último caso, recomenda-se a mistura, em recipiente adequado e aquecido em banho-maria, ou sobre placa de mármore, com o uso de espátula apropriada para facilitar a mistura. Pode-se adicionar um pouco de cera de abelha às preparações quentes do unguento. As pomadas e os unguentos permanecem mais tempo sobre a pele e devem ser usados a frio. XAROPE Vem do árabe xarab, que significa bebida açucarada. Os xaropes são líquidos de consistência viscosa, formados por um soluto concentrado de açúcar na água, contendo cerca de 2/3 de seu peso composto de sacarose (açúcar comum). Os xaropes medicinais, geralmente, são preparados pela adição do extrato fluido da droga ao xarope simples, sendo que a concentração do extrato fluido varia de 5% a 10%, dependendo da droga em questão. São utilizados, normalmente, em casos de tosses, dores de garganta e bronquite. Modo de preparar: De 1 e ½ a 2 xícaras de açúcar, ou rapadura ralada, para 1 xícara de água. A mistura é levada ao fogo e, em poucos minutos, há completa dissolução, ficando pronta a calda, com maior ou menor consistência, conforme desejado. Adicionam-se as plantas, preferencialmente frescas e picadas, em fogo baixo, e mexe-se por 3 a 5 minutos. A seguir, o xarope é coado, ainda quente, e guardado em frasco de vidro. Se for desejada a adição de mel em substituição ao açúcar, não se deve aquecer, e sim adicionar o suco da planta, ou a decocção ou infusão frios. O xarope pode ser preparado com tinturas, adicionando-se 1 parte de tintura para cada 3 partes da base de xarope. As decocções e infusões podem, ainda, servir de base para o xarope. Neste caso, adiciona-se o açúcar diretamente, podendo submeter a leve aquecimento, para facilitar