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Trabalho de filosofia: A inderrogabilidade do valor das leis no pensamento de Sócrates – A subsunção do foro interior e geral em benefício da coletividade.
Tipologia: Notas de estudo
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“A inderrogabilidade do valor das leis no pensamento de Sócrates – A subsunção do foro interior e geral em benefício da coletividade”
Um dos fatos mais conhecidos sobre Sócrates é sobre sua morte, condenado a beber cicuta. Fato que, se visto fora do contexto, entende-se como uma morte injusta e desnecessária, mas, após conhecer as idéias de Sócrates, vê-se que foi um fim, ainda que injusto, necessário para a afirmação de suas teorias. O problema principal para a filosofia de Sócrates era a conduta da vida humana, as regras da moral. Ele ensinava que o fim supremo dos homens, a forma de alcançar a felicidade ou a proximidade de Deus era praticar a virtude; e esta, era conseguida com a sabedoria. Por esses mesmos motivos, os erros e pecados eram todos vistos como frutos da ignorância, opostos da virtude e do conhecimento. A sabedoria, segundo o método socrático, era conseguida inicialmente, com o homem admitindo sua ignorância, pois só quem aceita não saber nada está disposto a procurar as verdades. Ao mesmo tempo que Sócrates conseguia discípulos ele também juntava inimigos, ele já conhecia suas verdades e incitava os homens gregos a procurarem seu conhecimento por meio dos diálogos e das reflexões. Além de suas idéias, o exemplo da vida de Sócrates também era uma forma de praticar a sua filosofia, que muitos seguiam; era uma vida de retidão, de busca pela felicidade na prática da ética e da justiça. Mas entre essas idéias, o que levou Sócrates a ser condenado e a aceitar a condenação foram as críticas à liberdade na Grécia e o respeito às normas vigentes. Segundo suas idéias, respeitar as leis era também um modo de praticar a virtude, pois elas foram feitas para o bem comum, sejam elas justas ou injustas. Mesmo tendo certeza de sua inocência sobre a corrupção de jovens ou sobre cultuar outros deuses, Sócrates aceitou sua punição porque pregava obediência absoluta às leis, porque não cabia ao indivíduo questionar leis que eram feitas por e para a comunidade. Como um exemplo de cidadão virtuoso, Sócrates cumpriu a sentença imposta para que as leis pudessem continuar eficazes na instauração da ordem, para que o seu sacrifício pessoal servisse como orientação para todos cumprirem seus papéis como cidadãos justos.
Deste modo, a morte de Sócrates serviu como confirmação de suas teorias, que de outro modo, se ele fugisse e se recusasse a cumprir, seria uma traição. Foi necessário para a cidade de Atenas, que precisava de atitudes favoráveis à democracia e às leis, e também foi uma submissão de suas opiniões individuais aos interesses do coletivo, representados pelo acato às decisões judiciais. Foi também uma última prática de questionamento, sobre a justiça e sobre as crenças dos homens, e a afirmação de sua devoção à moral, ao relacioná-las com as leis cívicas.
Fontes bibliográficas:
MARITAIN, Jacques. Introdução Geral a Filosofia. Livraria Agir Editora, RJ. 1978 BITTAR, Eduardo C.B; ALMEIDA, Guilherme Assis de. Curso de Filosofia do Direito. Atlas, SP.