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Tipologia: Esquemas
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medidas para saná-los. Além do mais é um importante instrumento para a composição de custos no orçamento. Muitas empresas fazem o uso da Tabela de Composição de Preços para Orçamentos (TCPO), sem às vezes levar em conta as variáveis envolvidas no serviço da mão de obra. Seria interessante uma maior atenção das empresas na medição da produtividade para chegarem a valores que se aproximem mais da realidade do setor. Neste sentido, o presente artigo faz uma pequena amostra de como medir a produtividade da mão de obra na execução de um sistema construtivo, no caso a alvenaria.
2. Conceitos e generalidades Segundo Souza & Araújo (2003:3) “Considera-se que produtividade seja a eficiência em transformar as entradas em saídas de um processo de produção”. Já Mattos (2006:70) define produtividade como sendo “a taxa de produção de uma pessoa ou equipe ou equipamento, ou seja, a quantidade de unidades de trabalho produzida em um intervalo de tempo especificado, normalmente hora”.
De acordo com Araújo & Souza (2000:8), em situações usuais, há dois principais grupos de fatores que afetam diretamente a produtividade da mão-de-obra: o primeiro relaciona-se ao trabalho que precisa ser feito, levando em conta os componentes físicos do mesmo, especificações exigidas, detalhes de projeto entre outros. Já o outro grupo de fatores está relacionado ao ambiente de trabalho e como ele é organizado e gerenciado.
Ainda segundo Araújo & Souza (2000:9), é possível dividir esses fatores em cinco categorias:
As figuras seguintes mostram as diferentes fases de execução que existiam na obra durante o período de estudo.
Servente Total Produção de alvenaria (m²)
Após isso, passamos as informações para o modelo de planilha do Quadro 3 para a realização dos cálculos da RUP. Dia Equipe Hh Quantidade de serviço (m²)
diária (Hh/m²) Quantidade acumulada (m²) Hh acumulado
acumulada (Hh/m²)
potencial (Hh/m²)
3.2. Coleta de dados A coleta de dados foi feita durante os dias 25, 27, 29 e 30 de Novembro, e 01 a 03 de Dezembro de 2010. Cada equipe era constituída de 1 pedreiro e 1 servente. Assim, foram preenchidos quadros com a produção e a mão de obra envolvida em cada dia de trabalho analisado. Dia: 25/11/2010 - Quinta-Feira Equipes Horas Trabalhadas (h) Produção (m²) Pedreiro 1 8 h^05 min^ 7, Servente 1 8 h^13 min Pedreiro 2 8 h^07 min^ 7, Servente 2 8 h^07 min Pedreiro 3 8 h^05 min^ 7,
Servente 3 8 h^05 min Pedreiro 4 7h^57 min^ 7, 47 Servente 4 8 h^06 min Pedreiro 5 8 h^09 min^ 8, Servente 5 7h^55 min Pedreiro 6 8 h^00 min^ 6, Servente 6 8 h^03 min Total horas pedreiro (h): 48 , 38 Total horas servente (h): 48 , 48 Total produção (m²): 44, Obs: Sem ocorrências
Dia: 26/11/2010 - Sexta-Feira Equipes Horas Trabalhadas (h) Produção (m²) Pedreiro 1 8h 02min^ 7, Servente 1 7h 57min Pedreiro 2 8h 00min^ 7, Servente 2 8h 01 min Pedreiro 3 8h 03 min^ 8, Servente 3 8h 00min Pedreiro 4 7h 55min^ 7, Servente 4 7h 57min Pedreiro 5 8h 03min^ 8, 12 Servente 5 8h 01min Total horas pedreiro (h): 40, Total horas servente (h): 39, Total produção (m²): (^) 39, Obs: A redução no número de equipes se deve pela desiguinação a outras tarefas na obra.
Dia: 27/11/2010 - Sábado Equipes Horas Trabalhadas (h) Produção (m²) Pedreiro 1 6h 05min^ 5, Servente 1 5h 50min Pedreiro 2 6h 00min^ 5,
Dia: 30/11/2010 - Terça-Feira Equipes Horas Trabalhadas (h) Produção (m²) Pedreiro 1 7h 03min^ 7, Servente 1 8h^ 01 min Pedreiro 2 8h 05min^ 8,6 0 Servente 2 7h 57min Pedreiro 3 8h 03 min^ 7, Servente 3 8h 00min Pedreiro 4 8h 00min^ 7, Servente 4 8h 01min Pedreiro 5 8h 03min^7 , Servente 5 7h 55min Pedreiro 6 8h 01min^ 8, 11 Servente 6 8h 03min Pedreiro 7 7h 59min^ 7, 32 Servente 7 8h 01min Total horas pedreiro (h): 55, Total horas servente (h): 55, Total produção (m²): 54, Obs: O pedreiro 1 teve sua carga horária reduzida porque teve que sair mais cedo.
Dia: 01/12/2010 - Quarta-Feira Equipes Horas Trabalhadas (h) Produção (m²) Pedreiro 1 7h 57min^ 6, Servente 1 8h 01 min Pedreiro 2 8h 00min^ 7, Servente 2 7h 56min Pedreiro 3 8h 03min^ 8, 18 Servente 3 8h 00min Pedreiro 4 8h 01^ min^ 6, Servente 4 7h 57min Total horas pedreiro (h): 32 , Total horas servente (h): 31, Total produção (m²): 29, Obs: A defasagem no número de trabalhadores se deve pela
desiguinação a outras tarefas na obra.
Dia: 02/12/2010 - Quinta-Feira Equipes Horas Trabalhadas (h) Produção (m²) Pedreiro 1 8h 03min^ 6, Servente 1 8h 01 min Pedreiro 2 8h 00min^ 7, Servente 2 7h 59min Pedreiro 3 8h 01 min^ 8, 57 Servente 3 8h 00min Pedreiro 4 7h 58min^ 6, Servente 4 8h 01min Pedreiro 5 8h 03min^ 6, Servente 5 7h 57min Pedreiro 6 8h 01min^ 7, Servente 6 8h 00min Pedreiro 7 8h 00min^ 7, Servente 7 7h 55min Total horas pedreiro (h): 56, Total horas servente (h): 55, Total produção (m²): (^) 51, Obs: Sem ocorrências
Terminada a coleta de dados, foi preenchido um o Quadro 11 com o resumo com os dados coletados. Horas trabalhadas qui (25/11) sex (26/11)^ sab(27/11)^ seg(29/11)^ ter (30/11)^ qua(01/12)^ qui(02/12) Pedreiro 48,38^ 40,05^30 43,48^ 55,23^ 31,02^ 56,1^0 Servente 48,48^ 39,93^ 29,75^ 43,30^ 55,97^ 31,9^0 55, Total 96,86 79,98 59,75 86,78 111,2 0 62,92 111, Produção de alvenaria (m²) 44,62 39,27 29,40 39,03 54,01 29,36 51,
Sabendo-se também que a RUP potencial representa a produtividade potencialmente alcançável considerando a ausência de problemas quanto à gestão do trabalho executado, encontramos os seguintes valores com a análise: RUP pot. Pedreiro = 1,020 Hh/m² RUP pot. Servente = 1,017 Hh/m² No Quadro 14 fizemos o comparativo dos índices encontrados na RUP potencial com o índice do item 04211.8.2 da 13ª edição da TCPO (Tabela de Composição de Preços para Orçamentos), relativo à mão de obra de assentamento de alvenaria de vedação de tijolos cerâmicos 9cm x 19cm x19 cm furados, temos: Categoria Índice TCPO Índice Real Desempenho Pedreiro 1,00 1,020 Produtividade menor que a da TCPO Servente 1 ,00 1,017 Produtividade menor que a da TCPO
Verifica-se então que os valores de índice encontrados na pesquisa são maiores que os que constam na TCPO. Logo, para um serviço sem problemas de gestão, a produtividade prevista se mostra inferior a tabelada na TCPO. Fazendo o mesmo comparativo agora utilizando os índices encontrados na RUP acumulado, temos: Categoria Índice TCPO Índice Real Desempenho Pedreiro 1,00 1,0 63 Produtividade menor que a da TCPO Servente 1,00 1,062 Produtividade menor que a da TCPO
Verifica-se então que os valores de índice encontrados na pesquisa também apresentam-se o um pouco maiores comparados aos que constam na TCPO. Logo, considerando as situações atuais de gestão do serviço, a produtividade também se mostra menor do que a tabelada na TCPO.
6. Conclusão Com base no que foi exposto nesse trabalho, constatamos que o estudo da produtividade pode ser feito sob vários enfoques, ou seja, é em função do tipo de recurso que se considera na entrada a ser transformada em saída. Há dois fatores que afetam diretamente a produtividade da mão de obra: o primeiro deles diz respeito ao trabalho que precisa ser feito, que abrange os componentes físicos do trabalho, especificações exigidas, detalhes de projeto entre outros, e o fator relacionado ao ambiente de trabalho e como ele é organizado e gerenciado. De acordo com o estudo de caso apresentado, os indices de produtividade referentes a mão de obra de pedreiro e servente para o serviço de assentamento de alvenaria de vedação mostraram-se
inferiores aos tabelados na composição 04211.8.2 da TCPO. O objetivo desta comparação é expor as inevitáveis divergências dos índices previstos em orçamento com os praticados em obra, diferenças estas que podem afetar inclusive o cronograma de execução previsto. Nesse pequeno estudo foi possível notar alguns fatores que podem ter influenciado a baixa produtividade, sendo os mais destacados o mau gerenciamento das equipes e a ocorrência de chuva no período de trabalho. Esse estudo tratou-se de uma pequena amostra de como proceder o estudo da produtividade no canteiro de obras. Devido a coleta de dados ter sido feita considerando poucos dias de obra, não podemos expor resultados definitivos, muito menos enumerar todos os problemas que afetam diretamente a produtividade do serviço, sendo para isso necessário maior detalhamento de dados e dias de acompanhamento. Seria interessante que as empresas dessem maior atenção a esse tipo de estudo para melhorar o desempenho da execução de seus empreendimentos. Referências ARAÚJO, Luís Otávio Concito de; SOUZA, Ubiraci Espinelli Leme de. Fatores que Influenciam a Produtividade da Alvenaria: Detecção e Quantificação. São Paulo, 2000 - Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. MATTOS, Aldo Dórea. Como Preparar Orçamentos de Obras: dicas para orçamentistas, estudos de caso, exemplos. - São Paulo, 2006, Editora Pini OLIVEIRA, Luciana Alves; SOUZA, Ubiraci Espinelli Leme; SABBATINI,Fernando Henrique. Produtividade Da Mão-De-Obra na Execução De Vedação De Fachadas com Painéis Pré-Fabricados Arquitetônicos de Concreto. São Paulo, 2004, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo SOUZA, U.E.L. de. Metodologia Para o Estudo da Produtividade da Mão-De-Obra no Serviço de Fôrmas Para Estruturas de Concreto Armado. São Paulo, 1996. Tese (Doutorado) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. SOUZA, Espinelli Leme de; ARAÚJO, Luís Otávio Concito de. Avaliação da Gestão de Serviços de Construção. São Paulo, 2003 - Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. TCPO 13, Tabelas de Composição de Preços para Orçamentos .São Paulo: Pini,2010.