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TCC - Cinthia Ap. Pellegrino, Notas de estudo de Psicologia

AGRADECIMENTOS. Agradeço primeiramente a Deus, pois sem ele eu não teria traçado o meu caminho e feito a minha escolha pela psicologia. Aos pais que doaram ...

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Roseli
Roseli 🇧🇷

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FACULDADES INTEGRADAS FAFIBE
CURSO DE PSICOLOGIA
CINTHIA APARECIDA PELLEGRINO
AVALIAÇÃO QUALITATIVA DO COMPORTAMENTO DE MÃES EM RELAÇÃO A
SEUS FILHOS APÓS APLICAÇÃO DE UM PROGRAMA DE ORIENTAÇÃO DE
PAIS EM UMA CRECHE.
BEBEDOURO
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FACULDADES INTEGRADAS FAFIBE

CURSO DE PSICOLOGIA

CINTHIA APARECIDA PELLEGRINO

AVALIAÇÃO QUALITATIVA DO COMPORTAMENTO DE MÃES EM RELAÇÃO A

SEUS FILHOS APÓS APLICAÇÃO DE UM PROGRAMA DE ORIENTAÇÃO DE

PAIS EM UMA CRECHE.

BEBEDOURO

CINTHIA APARECIDA PELLEGRINO

AVALIAÇÃO QUALITATIVA DO COMPORTAMENTO DE MÃES EM RELAÇÃO A

SEUS FILHOS APÓS APLICAÇÃO DE UM PROGRAMA DE ORIENTAÇÃO DE

PAIS EM UMA CRECHE.

Trabalho de Conclusão do Curso de psicologia apresentado às Faculdades Integradas Fafibe, sob a orientação da Profa. Dra. Andreza C. Ribeiro Gomes para obtenção do título de Psicólogo.

BEBEDOURO

CINTHIA APARECIDA PELLEGRINO

AVALIAÇÃO QUALITATIVA DO COMPORTAMENTO DE MÃES EM RELAÇÃO A

SEUS FILHOS APÓS APLICAÇÃO DE UM PROGRAMA DE ORIENTAÇÃO DE

PAIS EM UMA CRECHE.

Trabalho de Conclusão do Curso de psicologia apresentado às Faculdades Integradas Fafibe, para obtenção do título de Psicólogo.

Banca examinadora

__________________________________________________

Orientadora - Profa. Dra. Andreza C. Ribeiro Gomes, Faculdades Integradas Fafibe

_________________________________________________

Examinadora - Profa. Renata A. da Silva Lazarini, Faculdades Integradas Fafibe

Bebedouro, 24 de Novembro de 2009.

DEDICATÓRIAS

Dedico este trabalho primeiramente, a minha mãe Maria e ao meu irmão Eder, pois confiaram em mim e me deram esta oportunidade de concretizar e encerrar mais uma caminhada da minha vida. Sei que eles não mediram esforços pra que este sonho se realizasse, sem a compreensão, ajuda e confiança deles nada disso seria possível hoje. A eles além da dedicatória desta conquista dedico a minha vida. Ao meu pai Francisco (in memoriam), que infelizmente não pode estar presente neste momento tão feliz da minha vida, mas que não poderia deixar de dedicar a ele, pois se hoje estou aqui, devo muitas coisas a ele e por seus ensinamentos e valores passados. Obrigada por tudo! Saudades eternas! A minha sobrinha Isabela, que em muitos finais de semana me proporcionou seu carinho e seu sorriso tão lindo, e fazendo eu até esquecer das minhas ansiedades e angústias. Dedico a você este meu trabalho e todo meu amor e carinho. Ao meu namorado Fernando, por toda paciência, compreensão, carinho e amor, e por me ajudar muitas vezes a achar soluções quando elas pareciam não aparecer. Você foi a pessoa que compartilhou comigo os momentos de tristezas e alegrias. Além deste trabalho, dedico todo meu amor a você. Aos meus amigos, que me apoiaram e que sempre estiveram ao meu lado durante esta longa caminhada, em especial a minha amiga Sonia (Amiga-mãe), que muitas vezes compartilhei momentos de tristezas, alegrias, angústias e ansiedade, mas que sempre esteve ao meu lado me apoiando e me ajudando. Não poderia deixar de dedicar também este trabalho a duas pessoas especiais em minha vida, a Fátima e a Simone, duas amigas fundamentais em minha vida, sempre me escutando e me apoiando. A vocês meus amigos dedico este trabalho e todo meu carinho. A estes dedico meu trabalho, sem a ajuda, confiança e compreensão de todos, este sonho não teria se realizado. Vocês são tudo pra mim! Muito Obrigada por tudo!

RESUMO

Estudos apontam a importância de promover a qualidade no relacionamento de pais e seus filhos. Na educação infantil, destaca-se a importância de auxiliar as crianças a criar sua própria identidade, sentimentos de pertencimento e relacionamentos. Dessa forma, a educação pré-escolar vai além dos aspectos relacionados à instrução, sendo necessária a construção de um conjunto de valores, normas e atitudes que permitem à criança conviver bem futuramente. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar qualitativamente o comportamento de mães em relação aos filhos de uma Creche de Bebedouro depois da aplicação de um programa de orientação de pais. Além disso, aplicou-se antes e após a intervenção o Inventário de Stress de Lipp e o Inventário de Habilidades Sociais. O Programa de Orientação de Pais foi feito em 8 encontros e seu conteúdo versava sobre princípios de aprendizagem, relacionamento afetivo, regras, limites, conseqüência para comportamentos adequados e inadequados, autoconhecimento e modelo. A amostra foi composta três mães de crianças entre 4 e 5 anos de idade. Todas as sessões foram gravadas em áudio e foi feita uma análise da freqüência de respostas que se referiam a mudanças de comportamento das mães em relação aos filhos. As mães relataram aumento da discriminação dos comportamentos adequados das crianças e da freqüência de reforços positivos para essas atividades (elogios), conseguindo colocar regras e limites. Quanto aos instrumentos, observou-se que apenas uma mãe apresentou estresse na primeira avaliação, sendo que a mesma na segunda aplicação do inventário de Stress de Lipp já não apresentou mais o estresse, as demais não apresentaram estresse. Com relação a Habilidade Social, as mães apresentaram falta de habilidade para auto-afirmação, conversação e desenvoltura social. Conclui-se, assim, que o programa de orientação de pais é uma intervenção eficaz para a melhora do relacionamento entre pais e filhos. Porém, outros estudos sistemáticos devem ser feitos para comprovar tal eficácia.

Palavras-chave: Terapia Comportamental. Orientação de pais. Interação familiar.

ABSTRACT

Studies indicate the importance of promoting quality in the relationship of parents and their children. In kindergarten, we highlight the importance of helping children to create their own identity, feelings of belonging and relationships. Thus, the pre- school education goes beyond the aspects of education, requiring the construction of a set of values, norms and attitudes that allow children to live well in the future. The present study was to evaluate qualitatively the behavior of mothers toward their children a school of Bebedouro after the application of an orientation program for parents. Moreover, applied before and after the intervention Inventory Lipp Stress and Social Skills Inventory. The Orientation Program for Parents was made in 8 meetings and their content was about principles of learning, affective relationship, rules, boundaries, consequences for appropriate and inappropriate behaviors, self- knowledge and model. The sample comprised three mothers of children between 4 and 5 years of age. All sessions were audio-recorded and was made an analysis of the frequency of responses that referred to changes in behavior of mothers toward their children. Mothers reported increased discrimination of appropriate behaviors of children and the frequency of positive reinforcement for these activities (praise), thus setting rules and limits. On the instruments, it was observed that only a mother had stress on the first evaluation, the same being in the second application inventory Lipp Stress has not had more stress, the other did not show stress. With respect to Social Skill, the mothers showed a lack of ability to self-assertion, conversation and social. It follows therefore that the orientation program for parents is an effective intervention to improve the relationship between parents and children. However, other systematic studies should be undertaken to prove their effectiveness.

Keywords: Behavior Therapy. Guide for parents. Family interaction.

1 INTRODUÇÃO

É grande o interesse de autores por estudos que promovam a qualidade no relacionamento de pais e sobre como educar seus filhos, alcançando um ambiente familiar de interação saudável (MELO e SILVARES, 2005), pois estes são os primeiros modelos de identificação da criança, possibilitando o desenvolvimento cognitivo e de socialização à criança. Posteriormente, outros modelos surgirão, mas no inicio do desenvolvimento funcionam como organizadores da vida psíquica da criança e agente para as mudanças no comportamento infantil (ZAMBERLAN, 2002). Ao mesmo tempo em que o ambiente familiar pode ser propicio ao treinamento de comportamentos adaptativos nas crianças, também pode favorecer a aquisição de condutas disruptivas pela falta de disciplina efetiva dos pais, que leva ao aumento das interações coercivas entre a criança e seu responsável (MELO e SILVARES, 2005). Dentro da teoria Comportamental, enfatiza-se a importância da associação da presença materna considerada um poderoso reforçador secundário, que em face de suas associações repetidas com reforçadores primários, como a alimentação e a redução do desconforto da criança (ZAMBERLAN, 2002). Algumas pesquisas revelam que a interação mãe e criança é importante para os estudos da organização comportamental e competências do bebê. Mães e bebês participam de um sistema muito complexo de relações, o qual emerge, organiza-se e se modifica através do curso da evolução e de eventos culturais interpostos ao desenvolvimento subseqüente de ambos (ZAMBERLAN, 2002). Obtido com a satisfação das necessidades secundárias ou sociais (aprendidas) tais como simpatia, honras, prestígio, afagos, dinheiro, bens materiais, etc, pois a atenção, o elogio, o dinheiro, e outros reforçadores não relacionados diretamente a necessidades biológicas, têm poder reforçador adquirido e são chamados de reforçadores condicionados ou secundários (MARTINS, 1997). Como dito acima, o primeiro relacionamento do bebê é com os pais, assim eles acabam se tornando responsáveis por um melhor desenvolvimento, comunicação, socialização e cognição. Apesar da maioria dos estudos apontarem apenas a relação mãe-bebê, sem duvida é importante que tanto o pai como a mãe

participem dessa relação proporcionando um bem estar no psicológico da criança (ZAMBERLAN, 2002). Na família, o comportamento dos pais torna mais provável o comportamento de filhos mediante a aprendizagem observacional, formando-se uma cadeia de transmissão de regras e de estilos de comportamentos de pais para filhos. O autor explica que os pais constituem o primeiro núcleo social da criança, assim é natural que a figura destes e as práticas parentais adotadas tenham grande influência na interação afetiva, assim tanto a família e quanto a pré-escola, um processo de construção das habilidades sociais da criança. Estas habilidades envolvem classes comportamentais como assertividade, solução de problemas e empatia, fundamentais para o convívio entre pessoas. O autor informa que o desenvolvimento de habilidades sociais na primeira infância está vinculado intensamente ao ambiente familiar, às vivências e às praticas sociais. Em contrapartida, o pai restritivo preocupa-se em manter o filho sob seus olhos para que ela não desorganize a casa. Provavelmente as regras são substituídas pelo poder da autoridade, assim seus filhos podem ter, no futuro, dificuldades em se relacionar com pessoas (MONDIN, 2004). Alguns estudos apontam que pais que possuem conceitos negativos ou que estão com o nível de ansiedade e depressão alterado, avaliam negativamente o temperamento dos filhos e consideram mais difícil a relação entre eles (ZAMBERLAN, 2002). De acordo com Mondin (2004), as crianças consideradas seguras tendem a serem mais autônomas, menos dependentes, mais capazes de desenvolver relacionamentos estáveis com seus pares e menor tendência para terem problemas e, quando os têm, apresentam maior persistência em solucioná-los. O processo através do qual a criança desenvolve a sua compreensão do ambiente social e do seu papel nele é complexo e multifacetado: a cognição social abrange mais do que a percepção e as inferências sobre as outras pessoas, envolvendo a compreensão das relações entre os próprios sentimentos, pensamentos e ações, tanto quanto as relações entre esses fatores pessoais e os fatores correspondentes nas outras pessoas. Isso quer dizer que, da perspectiva da comportamental, nossa compreensão da interação social depende de nossa organização dos conceitos sociais e da habilidade de integrar e coordenar perspectivas.

educação pré-escolar vai além dos aspectos relacionados à instrução, como a construção de um conjunto de valores, normas e atitudes que permitem à criança conviver bem em seus anos futuros. Para isso, é necessário que a família e a escola mantenham canais de comunicação e relações de confiança mútua e compreensão (MONDIN, 2004). Nesse sentindo, é possível realizar o treinamento de pais, o qual deve ser desenvolvido avaliando o contexto em que os pais se encontram para a obtenção de resultados mais efetivos (WEBER, 2007). De acordo os estudos de Silvares (1995), o trabalho psicológico com crianças agressivas segue cada vez mais na direção de um atendimento psicológico conjugado no qual a família e a criança recebem orientação psicológica visando melhorias no relacionamento interpessoal infantil. Nesse trabalho conjugado, onde a criança e os pais recebem orientação psicológica, déficits em habilidades cognitivas, motoras e emocionais são trabalhados com a criança, ao mesmo tempo em que déficits nas práticas parentais de manejo familiar são abordados com os pais. Neste estudo, foram realizadas durante quinze sessões de terapia comportamental com um grupo de cinco pais e outra quinze sessões com os filhos que, por suas dificuldades de relacionamentos foram encaminhados para atendimentos. Os resultados desse trabalho foram bem satisfatórios do ponto de vista de alcançar com os pais um melhor manejo de práticas parentais e, conseqüentemente, a produção de alterações nos padrões de comportamentos das crianças envolvidas no trabalho. Atualmente os pais enfrentam problemas que os do passado não enfrentaram. Em todo o país, as escolas vêm acusando um aumento dramático de problemas de comportamento nestas ultimas décadas. As escolas estão sendo, essencialmente, uma zona de proteção para uma quantidade mais crescente de crianças perturbadas pelo divórcio, pobreza e descaso (MONDIN, 2004). Silvares e Melo (2008) mostram através de estudos que crianças com baixa competência social e emocional, vêm de famílias onde os pais expressam uma educação mais hostil geralmente em situações de conflitos entre os cônjuges e sempre reparando apenas nos pontos negativos dos filhos sem olhar para os pontos positivos e muito menos reforçá-los. Salienta-se, assim, que a família contribui para a maturidade emocional, permitindo que seus membros se desloquem para famílias mais amplas, ou seja, se relacionando com outras pessoas (agrupamentos maiores) e, ao mesmo tempo, tenham oportunidades de voltarem a ser dependentes a qualquer momento (MONDIN, 2004).

Para lidar com os desafios e demandas atuais, a criança precisa desenvolver um repertório cada vez mais elaborado de habilidades sociais. A competência social é considerada um indicador bastante preciso do ajustamento psicossocial e de perspectivas positivas para o desenvolvimento, enquanto que um repertorio social empobrecido pode constituir um sintoma ou correlato de problemas psicológicos. A preocupação dos pais e dos profissionais de saúde e educação com a competência social da criança é, portanto, amplamente justificável e pode ser examinada tanto na perspectiva da promoção da qualidade de vida como da prevenção de problemas na infância e adolescência. Quanto às expectativas futuras, é importante destacar que a competência social na infância vem sendo vista como um dos fatores de proteção para uma trajetória desenvolvimental satisfatória, porque aumenta a capacidade da criança para lidar com situações adversas e estressantes. Tal capacidade se expressa em maior senso de humor, empatia, habilidades de comunicação, de resolução de problemas, autonomia e comportamentos direcionados a metas previamente estabelecidas. (DEL PRETTE, 2008) O processo de atingir o compromisso de desenvolvimento dos filhos requer compreensão e flexibilidade do adulto, e respeito à individualidade da criança. Essas qualidades caracterizam os pais como preparadores emocionais. Esses escutam os filhos, demonstrando empatia com palavras tranqüilizantes, afetuosa, e fazem uso de seu tempo para conversar com a criança triste, irritada ou assustada; sensibilizam-se com seus estados emocionais sem ridicularizá-las, impõem limites e ensinam manifestações aceitáveis de emoção; não sentem que precisam resolver todos os problemas; apresenta auto-estima elevada, facilidade de aprender e de se relacionar com as pessoas (MONDIN, 2004). De acordo com esses estudos, o Treino de Pais quanto a qualidade da interação familiar é, sem dúvida, importante, pois o bom relacionamento familiar propicia um melhor desenvolvimento da criança tanto emocional como social (Weber, 2007). Para realizar este treino, esta autora propõe um Programa de Qualidade na Interação Familiar em grupos com famílias objetivando a instalação de novos repertórios diante de algumas situações, enfrentadas pela família, e que os mesmos aprendam a manejar as contingências de praticas educativas. De acordo com um estudo realizado por Weber (2006) onde avaliou-se 93 pais após aplicação do Programa de Qualidade na Interação Familiar através da analise qualitativa dos relatos destes e demonstrou-se que eles passaram por um intenso processo de

2 OBJETIVO

Avaliar as habilidades sociais e a presença de estresse em mães de uma creche antes e após a intervenção.

3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Amostra: Mães de crianças de ambos os sexos, com idade entre 4 e 5 anos, formando um grupo de 15 mães, freqüentadores de uma creche de Bebedouro – SP, o Centro Comunitário Alto da Boa Vista – CEI “ Lourenço Santin”. O grupo iniciou-se com 15 mães e se encerrou com 5 mães.

3.2 Local: O estudo foi realizado em uma Creche da Cidade de Bebedouro localizada no Bairro Alto da Boa Vista. Na creche se encontra 6 salas de aula, um refeitório, dois banheiros sendo um masculino e outro feminino, uma cozinha, uma lavanderia, uma Biblioteca, uma Brinquedoteca, sala da coordenadora e sala do diretor e um parque. O estudo foi realizado na sala onde se localiza a Biblioteca, medindo 20 m^2. A sala tinha estantes onde guardava os livros e vídeos, três janelas e uma mesa. A creche tem como clientela crianças do bairro Alto da Boa Vista, Sumaré e Jardim das Acácias, que atendem em torno de 75 crianças de 1 ano e 6 meses a 6 anos, com um período escolar das 7:00 às 16:30 horas.

3.3 Materiais: Foi utilizado o termo de consentimento livre e esclarecido que foi assinado pelos pais ou responsáveis das crianças participantes. Para a realização dos encontros com os pais foi gravado cada encontro com um MP3 e como material foi utilizado o Programa de Qualidade na Interação Familiar de Weber, Salvador e Brandenburg (2007) que contém temas relacionados a princípios de aprendizagem, relacionamento afetivo, regras e limites, conseqüência para comportamentos adequados e inadequados, autoconhecimento e modelo.

3.4 Procedimento: Primeiramente, o presente trabalho foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa das Faculdades Integradas Fafibe (Anexo A). Após aprovado, foi realizado uma reunião com os pais convidados para o estudo e a explicação deste, os Termos de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo B) foram assinados e após isto, foram realizadas as avaliações dos pais e crianças antes e depois dos encontros. Para a realização do grupo, a disposição dos bancos era feitas no formato de um circulo facilitando assim a discussão em grupo. Eram três bancos e a cadeira da estagiária, ficando assim o gravador MP3 ao centro da roda. O grupo foi formado

  • Primeiro encontro: objetiva apresentar e integrar o grupo, apresentação do programa, definição do contrato, trabalho com as noções sobre os princípios da aprendizagem e com a operacionalização de comportamentos sendo a seqüência de atividades a de que os participantes preencham a ficha de inscrição, apresentação pessoal do coordenador do grupo e uma dinâmica de apresentação dos participantes, atividade sobre a educação ideal, explicação teórica sobre o processo e princípios de aprendizagem, uma atividade para ilustrar a explicação teórica, explicação da tarefa de casa e o encerramento do encontro;
  • Segundo encontro: teve como objetivo sensibilizar os pais para a empatia com os filhos, mostrando a importância de se demonstrar o afeto, de participar e se envolver efetivamente na vida dos filhos; reflexão sobre a qualidade da relação com os filhos, tendo como seqüência a atividade: “Você conhece bem seu filho?”, explicação teórica sobre o relacionamento afetivo e envolvimento, leitura da historinha: “Paternidade responsável”, atividade: treino de habilidades, explicação da tarefa de casa e auto-registro e o encerramento do encontro;
  • terceiro encontro: teve por objetivo mostrar para os pais a necessidade de regras claras, consistentes e coerentes, bem como a necessidade de monitoria para o desenvolvimento infantil com uma seqüência de uma breve discussão sobre o auto- registro, atividade: “quem vai para a lua?”, explicação teórica sobre as regras e limites, atividade: “a instrução de uma tarefa”, discussão sobre a tarefa de casa, atividade: treino de habilidades, leitura do texto: “divirta-se com seus filhos!”, explicação da tarefa de casa e o encerramento do encontro;
  • Quarto encontro: enfatiza a educação positiva, ou seja, fazer os pais perceberem que normalmente eles prestam mais atenção nos erros e defeitos de seus filhos do que em seus acertos e qualidades. Portanto, o objetivo central foi ensiná-los a observar e valorizar os comportamentos adequados dos filhos sendo, a seqüência do encontro uma pequena discussão sobre o auto-registro, atividade: “foco no erro”, leitura do texto: “o cachorro e o açougueiro”, explicação teórica sobre conseqüências para comportamentos adequados (reforço), discussão sobre a tarefa de casa, atividade: treino de habilidades, leitura do texto: “reflexões de uma mãe”, explicação da tarefa de casa e o encerramento do encontro;
  • Quinto encontro: informa e alerta sobre os problemas que podem surgir com o uso de punições exageradas e inadequadas, bem como apresentou-se formas e alternativas corretas de conseqüenciar comportamentos inadequados, dando inicio

com uma pequena discussão sobre o auto-registro, atividade: “teatro pais e filhos”, explicação teórica sobre conseqüências para comportamentos inadequados (punições), discussão sobre a tarefa de casa, atividade: treino de habilidades, leitura do texto: “pense bem”, explicação da tarefa de casa e encerramento do encontro;

  • Sexto encontro: teve como objetivo provocar uma reflexão mais profunda sobre a educação que os participantes receberam em sua infância, analisando as diferença de contexto da época em que eram crianças e a atual, como também refletir sobre a transmissão intergeracional das práticas educativas parentais, iniciando-se por uma pequena discussão sobre o auto-registro, atividade: “relaxamento”, atividade: “voltando no tempo”, discussão sobre a importância da reflexão do tema, discussão sobre a tarefa de casa, leitura do texto: “coisas que aprendi com você” e encerramento do encontro;
  • Sétimo encontro: tentou-se propiciar a auto-observação, como pessoa antes de serem pais, dando ênfase para qualidades de cada um. Além disso, perceber-se como modelo de comportamento para o filho começando por uma pequena discussão sobre o tema do encontro anterior, atividade: “relaxamento”, atividade: “auto-retrato em sucata”, explicação teórica sobre autoconhecimento, atividade: “reconhecendo defeitos e qualidades”, explicação teórica sobre modelo, leitura do texto: “a casa dos mil espelhos”, explicação da tarefa de casa e encerramento do encontro;
  • Oitavo encontro: teve por objetivo uma revisão de todos os conteúdos trabalhados no programa e feedback dos participantes sobre o aproveitamento do conteúdo e do grupo em geral, começando por uma pequena discussão sobre o auto-registro, seguindo por uma atividade: “a educação como quebra-cabeça”, leitura do texto: “homenagem a todas as mães e pais”, encerramento do encontro e do grupo.