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Embalagens para Esterilização
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
Oferta por tempo limitado
Compartilhado em 22/12/2015
4.9
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No Brasil, as infecções hospitalares são a quarta causa de mortalidade. Podem ser classificadas em infecções endógenas, quando os agentes causadores da infecção estão presentes no próprio indivíduo, e infecções exógenas, quando os microrganismos são provenientes de equipamentos, artigos hospitalares, pessoal de saúde, alimentos e/ou água. As infecções de origem exógena merecem atenção especial dos profissionais da área da saúde. Os artigos inadequadamente limpos, desinfetados ou esterilizados se tornam uma fonte de contaminação, aumentando o risco de aquisição de seres patogênicos, tanto para o paciente, como para os profissionais da saúde. A ANVISA tem publicações que norteiam as práticas voltadas ao processamento e reprocessamento de artigos médico-hospitalares, como: RDC 156 de 2006 (que trata sobre o registro, rotulagem e reprocessamento de produtos médicos), RE 2605/06 (que traz a lista de produtos médicos enquadrados como de uso único proibidos de serem reprocessados) e RE 2606/06. Na verificação da eficácia do processo de esterilização, diretrizes internacionais, como as do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), Association of periOperative Registered Nurses (AORN), Association for the Advancement of Medical Instrumentation (AAMI) e Joint Comission on Acreditation of Health Care Organization (JCAHO), recomendam que esterilizadores a vapor e ar quente devam ser monitorados com indicadores biológicos no mínimo semanalmente e a cada carga de material de implante. Também devem ser usados indicadores químicos em cada pacote a ser esterilizado. Estes são sensíveis a cada um dos três parâmetros necessários para a esterilização a vapor (tempo, temperatura e vapor). A vantagem de seu uso é a leitura imediata após o processamento do material. Em autoclaves a vapor, é imprescindível destacar que, no começo do ciclo de esterilização, ocorre vapor úmido. Mesmo em um ciclo de esterilização no qual todas as normas e procedimentos recomendados foram seguidos, a presença de materiais com embalagens úmidas ou conteúdos internos apresentando gotículas de água pode ocorrer. Vale ressaltar que este fator é muito relevante, uma vez que há estudos que referem que
o material molhado pode ser utilizado com segurança, imediatamente após a autoclavação. As embalagens utilizadas em artigos de serviços de saúde têm como objetivo manter a segurança do processo de esterilização do produto no que se refere ao uso pretendido, à vida útil e as condições de transporte e armazenagem. A seleção da embalagem deve levar em consideração o tipo de equipamento que será utilizado para a realização do ciclo de esterilização e o material a ser processado, devendo-se observar as recomendações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), por meio da Comissão de Estudos de Normatização de Embalagens.
Na escolha da embalagem mais adequada ao material a ser processado, deve-se observar as seguintes recomendações:
se evitar a recontaminação ao remover o produto de sua embalagem. Em outras palavras: esta embalagem deve permitir abertura e apresentação fáceis.
Uma variedade de materiais usados para embalagem encontra-se disponíveis. Os materiais utilizados para embalar artigos esterilizados são tradicionalmente reutilizáveis, tais como tambores ou artigos de algodão. Porém algumas literaturas trazem que devido a sua natureza inadequada como barreira microbiana, a maioria desses materiais já não está em conformidade com as exigências para embalagens, além de exercer uma função secundária de proteção mecânica ou como camada adicional contra poeira e não como única embalagem. As embalagens feitas de filme laminado ou tecido não-tecido são tidas como materiais adequados para embalagem primária. Por questões didáticas, dividiremos as embalagens em:
É usada em embalagem interna de conjuntos de instrumentos ou proteção externa contra poeira. Possui grandes vantagens:
longitudinal e trama de 17 fios por polegada quadrada no sentido transversal, com textura de aproximadamente 40 a 56 fios por cm 2 , 4% de encolhimento, 5,5 de N/cm na
trama, além de espessura de 0,40mm ± 0,05. O que difere é que no campo cirúrgico simples a solidez à lavagem e ao hipoclorito é de 4,5 e a resistência à tração no urdume é de 12 daN/cm (decanewton), enquanto que no campo cirúrgico duplo a solidez à lavagem e ao hipoclorito é de 3 a 4 e a resistência a tração no urdume é de 12,5 daN/cm (decanewton).
Algumas desvantagens:
É usado como embalagem primária de pacotes têxteis e conjuntos de instrumentos em bandejas. É constituída de caixa de metal termorresistente, plástico termorresistente ou recipientes de alumínio anodizado especificamente desenvolvidos
para acomodar itens para esterilização. A tampa contém um filtro microbiano de alta eficiência, o qual é permeável ao agente esterilizante. O sistema está indicado para esterilização por vapor saturado sob pressão, em autoclaves que contenham uma boa bomba de vácuo e ciclo pulsátil. Containers de esterilização bem projetados oferecem as seguintes características:
Usado para embalar instrumentos individuais ou pequenos conjuntos de instrumentos utilizados em enfermarias. O fechamento é normalmente feito com aparelhos de selagem. É permeável ao vapor e ao óxido de etileno e impermeável aos microrganismos. Resiste à temperatura de 160ºC e é isento de alvejante ou corante. Possui as seguintes características segundo a NBR 12.946:
Está em desuso por conter amido, microfuros, corantes e produtos tóxicos, como alquiltiofeno. Além disso, não resiste à umidade, tem efeito memória, apresenta irregularidades na gramatura, caracterizadas pela presença de microfuros, se mostra
frágil quanto à resistência física e vulnerável com barreira microbiana após a esterilização.
Usado em embalagem primária para envolver embrulhos de material têxtil e conjuntos de instrumentos em bandejas. Também são utilizadas para embalagem interna em containers. É o resultado da união de três camadas de não tecido 100% polipropileno, fundido por calandragem, que confere alta resistência à tração, rasgos e perfurações. É repelentes a líquidos, com grau de permeabilidade, permitindo a penetração do agente esterilizante e mantendo a condição de barreira bacteriana. Possui baixo desprendimento de fibras e pouca memória. Embalagem indicada para artigos de geometria disforme, peso elevado e pontiagudos com proteção. O material TNT possui certa quantidade de fibras sintéticas. Outros tipos de fibras podem ser adicionadas a ele, tais como fibras inorgânicas, têxteis, de celulose ou outras fibras sintéticas. Esses materiais combinam várias características desejáveis de outros materiais de embalagem:
São compostos de polietileno, polipropileno biorientado, poliester, nylon ou poliamida, PVC, poliestireno, acetato de celulose, surlyn, EVA, PETG. Esses filmes, compondo-se numa embalagem com o papel grau cirúrgico, apresentam a vantagem de permitir a visualização do conteúdo. Filmes de 0,075 mm são laminados com papel grau cirúrgico para embalagens de artigos destinados à esterilização pelo vapor ou em embalagens que apresentam uma parede de papel e outra de plástico, que podem ser utilizados tanto para vapor e ETO. Devem ter um processo de selagem que garanta a integridade do pacote. A embalagem dupla não é rotineiramente necessária, pode ser utilizada durante o empacotamento composto por vários artigos pequenos. Durante a esterilização as partes de papel devem se colocadas juntas.
As técnicas podem ser aplicadas tanto para folhas têxteis, como para folhas de papel ou TNT.
Dobradura envelope: Para objetos ou conjuntos pequenos.
Dobradura pacote: Utilizado para objetos maiores como bandejas de instrumentos, pacotes têxteis, etc.
Ao manusear o material esterilizado com técnica asséptica, deve-se obedecer a algumas normas a fim de mantê-lo estéril:
Para garantir a qualidade do processo de esterilização, são necessárias medidas que evitem a recontaminação do artigo após o processamento, seja no armazenamento, transporte ou durante a manipulação. Por esse motivo, torna-se necessário o conhecimento, pelos profissionais que atuam no centro de material e esterilização, da diversidade de embalagens disponíveis no mercado e na utilização apropriada das mesmas, uma vez que, qualquer falha ocorrida no processamento dos artigos pode acarretar ônus ao paciente, instituição e equipe multiprofissional, pois a
qualidade do material distribuído, está diretamente relacionada com a qualidade da assistência prestada.
JULIO, A. S. et al. Enfermagem em Centro Cirúrgico. Disponível em: <http:// www.ebah.com.br/content/ABAAAA6_AAI/embalagens-preparo-centro-cirurg ico? part=2>. Acesso em: 10 de novembro de 2013;
ROMANO, J. C. & QUELHAS, M. C. F. Esterilização por Calor Seco. Disponível em: http://www.hospvirt.org.br/enfermagem/port/calor.html. Acesso em: 10 de novembro de 2013;
ROMANO, J. C. & QUELHAS, M. C. F. Monitoramento dos Métodos de Esterilização. Disponível em: <http://www.hospvirt.org.br/enfermagem/port/testes.html >. Acesso em: 10 de novembro de 2013;
SOUZA, A. S. et al. Embalagens para Esterilização: Suas Aplicações e Recomendações na Prática Hospitalar. Disponível em: <http://www.seer.unirio.br/index.php / cuidadofundamental/article/viewArticle/931]>. Acesso em: 10 de novembro de 2013;