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Tipos de Vacinas para Estudar, Trabalhos de Imunologia

Resumo sobre os tipos de vacinas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde e suas formas de interação com o sistema imune

Tipologia: Trabalhos

2022

Compartilhado em 15/06/2023

milena-balera
milena-balera 🇧🇷

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Introdução
Certamente, as vacinas mudaram a qualidade e a expectativa de vida das
populações ao longo de uma história que se inicia no final do século XVIII e
que se desenvolve para a melhoria da saúde pública e o bem estar social
(VOGT, 2014).
No início do século XVII, a varíola era uma das doenças transmissíveis mais
temíveis do mundo, atingindo, até a juventude, a maioria das pessoas e
representando uma alta taxa de mortalidade (FEIJÓ e SÁFADI, 2008).
A vacina foi desenvolvida pelo médico inglês Edward Jenner, após
observações e testes, a doença viral varíola, foi comparada com feridas que
apareciam nas tetas das vacas e as mulheres que faziam a ordenha tinham
reação mais leve da doença, e com isso, Edward colheu o líquido que era
produzido por essas feridas e passou sobre as lesões de um garoto, tendo
resultado positivo. As feridas tiveram cicatrização rápida, após isso o menino
foi posto em contato com o vírus e não teve nenhuma reação, assim estando
imune (ALVES et al, 2019).
Tipos de Vacinas Existentes
Organismos atenuados
A vacina de organismos atenuados é aquela que possui um vírus ainda ativo,
mas que passa por um processo no qual sua virulência é reduzida a níveis
seguros para vacinação. Seu método de obtenção mais comum é através de
infecções sequenciais de vírus patogênicos em culturas in vitro, resultando em
cepas menos virulentas após várias mutações genéticas que comprometem o
funcionamento do fator viral necessário para a patogenicidade, mas sem afetar
a capacidade do vírus de se replicar (FIOCRUZ, 2019).
Ex: VOP – Poliomelite Oral
Organismos inativados ou mortos
Esse tipo de imunizante possui o patógeno que se quer combater, porém
inativado, “morto” por agentes físicos ou químicos, evitando que provoque
doença. Desta forma a vacina engana o sistema imunológico, fazendo com que
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Introdução Certamente, as vacinas mudaram a qualidade e a expectativa de vida das populações ao longo de uma história que se inicia no final do século XVIII e que se desenvolve para a melhoria da saúde pública e o bem estar social (VOGT, 2014). No início do século XVII, a varíola era uma das doenças transmissíveis mais temíveis do mundo, atingindo, até a juventude, a maioria das pessoas e representando uma alta taxa de mortalidade (FEIJÓ e SÁFADI, 2008). A vacina foi desenvolvida pelo médico inglês Edward Jenner, após observações e testes, a doença viral varíola, foi comparada com feridas que apareciam nas tetas das vacas e as mulheres que faziam a ordenha tinham reação mais leve da doença, e com isso, Edward colheu o líquido que era produzido por essas feridas e passou sobre as lesões de um garoto, tendo resultado positivo. As feridas tiveram cicatrização rápida, após isso o menino foi posto em contato com o vírus e não teve nenhuma reação, assim estando imune (ALVES et al, 2019). Tipos de Vacinas Existentes  Organismos atenuados A vacina de organismos atenuados é aquela que possui um vírus ainda ativo, mas que passa por um processo no qual sua virulência é reduzida a níveis seguros para vacinação. Seu método de obtenção mais comum é através de infecções sequenciais de vírus patogênicos em culturas in vitro, resultando em cepas menos virulentas após várias mutações genéticas que comprometem o funcionamento do fator viral necessário para a patogenicidade, mas sem afetar a capacidade do vírus de se replicar (FIOCRUZ, 2019). Ex: VOP – Poliomelite Oral  Organismos inativados ou mortos Esse tipo de imunizante possui o patógeno que se quer combater, porém inativado, “morto” por agentes físicos ou químicos, evitando que provoque doença. Desta forma a vacina engana o sistema imunológico, fazendo com que

ele acredite na existência de uma infecção e impede que a pessoa adoeça ao entrar em contato com o vírus. Uma das suas vantagens é que ela não causa reações pós aplicação, o que a torna bastante segura para crianças (BUTANTAN, 2022). Ex: Vacina contra Raiva.  Toxoide Composto Algumas vezes, o que causa doença não é a bactéria em si, mas sim algumas toxinas que a mesma produz. Neste caso, a vacina não precisa ser direcionada contra a bactéria, basta que o sistema imune consiga ter anticorpos contra suas toxinas. Os toxoides são vacinas feitas com toxinas modificadas, incapazes de causar doença. Os toxoides também costuma gerar uma imunização fraca, necessitando de reforço após alguns anos (PINHEIRO, 2022). Ex: Vacina contra Difteria  Subunidades Uma vacina de subunidade é aquela que usa apenas as partes específicas (as subunidades) de um vírus ou bactéria que o sistema imunológico precisa reconhecer. Ele não contém o micro-organismo inteiro nem usa um vírus seguro como vetor. As subunidades podem ser proteínas ou açúcares. A maioria das vacinas do calendário infantil são vacinas de subunidade (BIO EM FOCO, 2021). Ex: Vacina contra Coqueluche  Vacina de Material Genético Elas usam o código genético do vírus para produzir, de forma sintética, o RNA mensageiro, formulado em partículas lipídicas que permitem a entrega do RNA nas células hospedeiras. No RNAm estão as instruções para que as células produzam determinadas proteínas. Nosso sistema imunológico reconhece essa proteína como “estranha” e, caso ocorra uma exposição real ao vírus, anticorpos que combatentes são produzidos (CRF-PR, 2022).

públicos, o que restringia esse discurso a ciclos de interesse social, alcançando apenas uma parcela alfabetizada, que tinha acesso a tais informações. Nos dias atuais, a internet está presente no cotidiano de todos os brasileiros, porém, o que abre um leque de possibilidades quando o assunto é busca por informações, pode se tornar um problema quando utilizado de maneira inapropriada (VASCONSELLOS-SILVA e CASTIEL, 2022). O movimento anti-vacina presente há mais de três séculos na história da humanidade está cada vez mais forte por conta da facilidade ofertada por esse veículo. O que antes era limitado a uma parcela de pessoas alfabetizadas, hoje é difundido de maneira quase instantânea para toda a população que possui qualquer tipo de contato com a internet. As chamadas Fake News, ou notícias falsas, são bastante eficientes para gerar um tipo de alienação, convencendo uma fração de pessoas a acreditar no conteúdo que está sendo difundido, levando-as a acreditar em uma “verdade inexistente”. Um exemplo disso foi a divulgação de informações durante a pandemia do Covid-19 sobre os riscos da vacinação em crianças em idade pré-escolar e escolar, que resultou em uma queda nos níveis de imunização nacional, que como visto anteriormente, pode acarretar em diversos problemas de saúde pública, como o surgimento e reaparecimento de surtos e epidemias. Para que esse cenário seja revertido, instituições como a UNICEF entraram com um pedido de fortalecimento urgente do programa de imunização de rotina e o desenvolvimento de campanhas vacinais para alcançar todas as crianças e adolescentes e suas famílias com esse serviço, especialmente os mais vulneráveis (UNICEF, 2022). Plano Nacional de Imunização O Programa Nacional de Imunizações do Brasil tem avançado ano a ano para proporcionar melhor qualidade de vida à população com a prevenção de doenças. Tal como ocorre nos países desenvolvidos, o Calendário Nacional de Vacinação do Brasil contempla não só as crianças, mas também adolescentes, adultos, idosos, gestantes e povos indígenas. No total, são disponibilizadas na rotina de imunização 19 vacinas cuja proteção inicia ainda nos recém-nascidos, podendo se estender por toda a vida. O Programa Nacional de Imunizações do

Brasil é um dos maiores do mundo, ofertando 45 diferentes imunobiológicos para toda a população (MINISTÉRIO DA SAÚDE, ©2022) Referências VOGT, Carlos. Vacinas e vacinações. ComCiência, Scielo, n. 162, Out. de 2014 FEIJÓ, Ricardo Becker; SÁFADI, Marco Aurélio P. Imunizações: três séculos de uma história de sucessos e constantes desafios. Jornal de Pediatria [online]. Scielo, v. 82, n. 3, p. 1-3, Abr. de 2008. ALVES, Miid Dávila de Freitas Souza et al. A História da Vacina: uma abordagem imunológica. Mostra científica de Biomedicina, v. 4, n. 1, Jun. de

Bio-Manguinhos. Vacinas Virais. Fundação Oswaldo Cruz, Ministério da Saúde,

Vacinas de vírus inativado são aplicadas com segurança em crianças há mais de 60 anos: entenda como funcionam. Instituto Butantan, Fev. de 2022. PINHEIRO, Pedro. Vacinas: tipos, como funcionam e calendário vacinal 2022. MD Saúde, Mai. de 2022. Como são feitos os diferentes tipos de vacina? Bio em Foco, Mar. de 2021. Vacinas contra Covid-19 podem causar alterações genéticas? Conselho Regional de Farmacologia do Estado do Paraná, Jan. de 2022. Vacinas de RNA mensageiro (mRNA). Sociedade Brasileira de Imunização, Ago. de 2021. APS, L. R. M. M. et al. Eventos adversos de vacinas e as consequências da não vacinação: uma análise crítica. Revista Saúde Pública, v. 52, n. 40, p. 6,

TESTONI, Marcelo. Negacionismo prejudica não só a saúde como conquistas e avanços da medicina. Viva Bem, UOL, Mai. de 2020.