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Trabalho Escrito - Fotografia Artística, Trabalhos de Jornalismo

Trabalho que descreve e exemplifica várias áreas do que definimos como fotografia artística, como o fotograma, o nu artístico, o stop motion, o light painting e a fotomontagem.

Tipologia: Trabalhos

2011

Compartilhado em 01/11/2011

samuel-goncalves-14
samuel-goncalves-14 🇧🇷

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Introdução
O presente trabalho tem como objetivo apresentar conceitos sobre a
chamada “Fotografia Artística”. De modo algum, entretanto, falaremos do
assunto como um todo, vide que a fotografia artística não tem começo nem fim
– o seu limite é a imaginação do artista, o fotógrafo, e não como mensurar
tal situação.
Limitar-nos-emos, portanto, a explicar conceitos básicos que constituem
o que pode ser chamado de fotografia artística, que, de maneira simplória,
engloba todas as fotos que vão além do convencional, do cotidiano, fugindo de
regras, trabalhando com a emoção, com o ordinário, criando uma expressão
própria e apresentando a visão de mundo que o artista acredita.
O fotógrafo que trabalha com fotografia artística, em primeiro lugar
liberta-se da ideia de produzir fotografias em que a luz, a distância focal, o foco
e velocidade estejam em perfeita harmonia. Logicamente, tendo o domínio da
técnica e conhecendo o convencional pode-se ousar usando os recursos
habituais de uma forma diferente, contando também com inúmeros recursos
digitais que favorecem a criatividade hoje. O fotógrafo pode arriscar novos
caminhos, experimentar novas ideias.
Como forma de apresentar exemplos do que é a fotografia artística, este
trabalho será dividido em outros cinco capítulos: fotograma, nu artístico, stop
motion, light painting e fotomontagem.
Fotograma
Técnica desenvolvida por volta de 1920, o fotograma (ou raiografia,
como também é conhecido) é um processo em que objetos são posicionados
diretamente sobre o papel fotográfico, que depois é exposto à luz,
conseguindo-se, com isso, imagens que registram o objeto acima do papel e
sua própria sombra. Maneira inusitada de trabalhar as imagens, a execução
dos fotogramas é automática, pois não necessita requer câmera fotográfica.
O principal nome a trabalhar com o fotograma foi Man Ray
pseudônimo de Emmanuel Rudnitzky -, fotógrafo e pintor norteamericano. Um
dos fundadores do movimento Dadaísta nova-iorquino, o que contribuiu para o
caráter experimental de sua arte. Além do dadaísmo, Man Ray também esteve
bastante ligado ao movimento surrealista, quando passou a colaborar com a
revista La Révolution Surréaliste.
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Introdução O presente trabalho tem como objetivo apresentar conceitos sobre a chamada “Fotografia Artística”. De modo algum, entretanto, falaremos do assunto como um todo, vide que a fotografia artística não tem começo nem fim

  • o seu limite é a imaginação do artista, o fotógrafo, e não há como mensurar tal situação. Limitar-nos-emos, portanto, a explicar conceitos básicos que constituem o que pode ser chamado de fotografia artística, que, de maneira simplória, engloba todas as fotos que vão além do convencional, do cotidiano, fugindo de regras, trabalhando com a emoção, com o ordinário, criando uma expressão própria e apresentando a visão de mundo que o artista acredita. O fotógrafo que trabalha com fotografia artística, em primeiro lugar liberta-se da ideia de produzir fotografias em que a luz, a distância focal, o foco e velocidade estejam em perfeita harmonia. Logicamente, tendo o domínio da técnica e conhecendo o convencional pode-se ousar usando os recursos habituais de uma forma diferente, contando também com inúmeros recursos digitais que favorecem a criatividade hoje. O fotógrafo pode arriscar novos caminhos, experimentar novas ideias. Como forma de apresentar exemplos do que é a fotografia artística, este trabalho será dividido em outros cinco capítulos: fotograma, nu artístico, stop motion , light painting e fotomontagem.

Fotograma Técnica desenvolvida por volta de 1920, o fotograma (ou raiografia, como também é conhecido) é um processo em que objetos são posicionados diretamente sobre o papel fotográfico, que depois é exposto à luz, conseguindo-se, com isso, imagens que registram o objeto acima do papel e sua própria sombra. Maneira inusitada de trabalhar as imagens, a execução dos fotogramas é automática, pois não necessita requer câmera fotográfica.

O principal nome a trabalhar com o fotograma foi Man Ray – pseudônimo de Emmanuel Rudnitzky -, fotógrafo e pintor norteamericano. Um dos fundadores do movimento Dadaísta nova-iorquino, o que contribuiu para o caráter experimental de sua arte. Além do dadaísmo, Man Ray também esteve bastante ligado ao movimento surrealista, quando passou a colaborar com a revista La Révolution Surréaliste.

Em suas fotografias, podem-se destacar várias linhas de força, como o jogo de luz e sombra, visível em quase toda a sua obra. Ray cultivou conscientemente a nossa confusão óptica/mental das formas e dos objetos e das suas respectivas sombras.

A fascinação de Man Ray pelo acaso, pelas máquinas e por conceitos inovadores foi o que levou o fotógrafo a usar o fotograma e, posteriormente, a solarização, que consiste na inversão de valores tonais em algumas áreas da fotografia, obtidos pela rápida exposição da imagem à luz.

Man Ray foi um fotógrafo reconhecido e bem sucedido, tendo uma foto sua, chamada Glass Tears, vendida por 65 mil dólares em 1993, um recorde até então. No entanto, o fotógrafo não chegou a ver tal façanha, já que faleceu no ano de 1976.

As fotos de Man Ray encontram-se no “Anexo 01” deste trabalho.

Nu artístico

O nu artístico nada mais é que a exposição da figura nua de uma pessoa com fins artísticos. Pode acontecer em inúmeras artes, como a pintura, a escultura, o cinema e a fotografia.

Quando a fotografia começou a florescer, entre 1830 e 1840, sua função básica era retratar indivíduos – o que, inclusive, causou diversos desentendimentos entre fotógrafos e pintores. Entretanto, nesse início, era uma arte acessível apenas aos nobres e, com o passar do tempo, acabou por se tornar mais democrática.

É nesse momento que os fotógrafos passam a perceber um mercado bastante emergente. Assim, as fotografias começaram a ser comercializadas, retratando objetos, casas, ruas, cidades, paisagens e, finalmente, os nus.

Nessa época, entretanto, apenas os nus femininos eram comercializados. Segundo David Leddick, autor do livro “The male nude” (2001) (O homem nu, em português), a sociedade da época impôs a comercialização exclusiva de fotografias de nus femininos, com fins eróticos disfarçados sob

simples: tirar fotos em sequencia (24 fotos por segundo) e inseri-las em meio aos filmes.

Dessa forma, o primeiro cineasta a usar a técnica foi, na verdade, um ilusionista: George Mélies, em 1902, com o filme “Viagem à Lua”. Mélies era mágico e ilusionista e, no alto de sua criatividade, usou maquetes e ilusões óticas – stop motion – para criar aquele que foi o primeiro filme com “efeitos especiais”. Após isso, uma verdadeira corrente de cineastas passou a fazer uso do stop motion em seus filmes, como James Stwart Blackton, em 1906, com seu “O hotel mal assombrado” – primeiro filme a mostrar um objeto (uma faca) movendo-se sozinho -, Segundo de Chomón, em 1906, com seu “El Hotél Electrico” e Ladislaw Starewicz, em 1910, que usava insetos mortos em seus filmes, que com animações tão perfeitas, fora acusado de treiná-los para mover-se nos filmes.

Sem dúvida alguma, o stop motion foi um dos recursos mais utilizados para se fazer animação em toda a história do cinema. Após esse boom inicial, muitos cineastas passaram a usar o método para criar efeitos especiais, principalmente em filmes com monstros ou de guerras espaciais – como George Lucas, na famosa saga de “Star Wars”. Ainda no campo da animação, Jiri Trnka, nos anos 60, fez bastante uso para animação de bonecos, sendo, ainda hoje, considerado um dos maiores animadores da história.

Atualmente, o maior nome cineasta a usar o stop motion é de Tim Burton, que em 1993 lançou o filme “O estranho mundo de Jack”, todo feito de massa de modelar e maquetes. Burton, conhecido por seus filmes com toques sombrios é declaradamente fã do recurso, e fez uso em outros filmes, como “Noiva Cadáver”.

Com o passar do tempo, a tecnologia “aposentou” o stop motion como recurso utilizado para criar efeitos especiais. O advento da computação gráfica substituiu, gradualmente, seu papel em filmes. Entretanto, ainda hoje, muitos diretores e publicitários optam pelo stop motion, dado o belo resultado estético que ele oferece.

Light Painting

“Pintura de Luz” (tradução para o português) é uma técnica fotográfica que possibilita a expansão da criatividade produtiva do fotógrafo, permitindo a apropriação dos conhecimentos técnicos fotográficos de uma maneira singular. É possível criar composições inusitadas, com aspectos surreais e psicodélicos. Além do uso artístico, hoje o light painting é recorrentemente empregado na fotografia publicitária, gastronômica, arquitetônica, entre outras, sendo um recurso que diferencia o resultado final dos trabalhos mais comuns. Apesar de não ser uma técnica nova, o Light Painting é sinônimo de modernidade. O princípio de pintura com a luz mantém-se o mesmo, mas os atuais recursos de iluminação permitem a criação de imagens nunca antes imaginadas. O primeiro registro do light painting foi em 1914, feito pelo casal Frank e Lilian Gilbreth, que usavam a técnica para fazer estudos com os movimentos de trabalhadores em manufaturas para criar novas formas de trabalho, visando o aumento da produtividade dos empregados. Mas foi o fotógrafo Man Ray, em 1935, o primeiro a usar o light paiting com olhar artístico, criando a série de fotografias “Space Writing”. Outro grande nome do light painting foi o albanês Gjon Mili, que teve diversas de suas fotografias foram publicadas pela Life Magazine, e, em 1949, durante o ensaio feito com Pablo Picasso, fez uma de suas imagens mais icônicas, “ Picasso desenha o centauro

Com o desenvolvimento da técnica, a luz ganha outra função: a da expressão artística. Nessa significação a luz perde a sua "invisibilidade" e torna-se um elemento dentro da obra, que representa o movimento, a velocidade, as luzes e a multiplicidade de informações dos centros urbanos. Entendemos a luz não só como meio de clarear ambientes e criar atmosferas, mas também como modo de exprimir sensações e causar as reações. Atualmente a técnica é bastante conhecida e utilizada por profissionais e amadores - de maneira intencional ou não. Mas o fato é: as fotos resultam em bastante inusitadas. Hoje em dia o light paiting é disseminado por diversos fotógrafos ao redor do mundo, e muitos deles usam a técnica em casamentos, e outros eventos. Veja fotos sobre o light painting no “Anexo 04” deste trabalho.

Conclusão

Expostos aqui cinco vertentes da fotografia artística, pode-se comprovar que ela é, além de ilimitada – já que, como dito no início do trabalho, o seu limite de atuação é a criatividade do artista – e atemporal, ou seja, técnicas ou criações do começo do século XX, até hoje são utilizadas em grande escala.

Referência Bibliográfica

CAPUZZO FILHO, Heitor. Quadro a quadro: Uma viagem pela história do cinema de animação. Midia@rte , Belo Horizonte, 2001. Disponível em: < http://www.eba.ufmg.br/midiaarte/quadroaquadro/>. Acesso em: 07/06/2011.

LEDDICK, David. The male nude. Koln: Tashen, 2001.

(The horse in motion – Muybridge)

(O vôo do pelicano – Muray)

(O fuzil fotográfico de Muray)

Anexo 04

(Light Painting)

“Picasso desenha o Centauro” e fotografia publicada na Life Magazine , de Gjon Mili

Anexo 05

(Pôster “O encouraçado Potenki”, de Alexander Rodchenko)

(Photoshop)