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Transporte de lipídios no sangue, Notas de estudo de Bioquímica

Transporte de lipídios no sangue

Tipologia: Notas de estudo

2016

Compartilhado em 15/12/2016

maz-zz-9
maz-zz-9 🇧🇷

4.6

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TRANSPORTE DE LIPIDEOS NO SANGUE
Recordações: lipídios são compostos apolares. Um dos principais lipídios da dieta e
importantes em conteúdos são os óleos e gorduras, que são triacilglicerois.
Composição química dos triacilglicerois (TAG): uma molécula de glicerol esterificada a
três ácidos graxos. Um ácido graxo tem um grupo carboxila e uma longa cadeia
carbônica, poli ou monoinsaturada ou sataturada. Geralmente, os TAG possuem de 12
a 20 C (possuem cadeia longa). Poli e monoinsaturados são os óleos vegetais;
Gordura saturada é mais comumente a gordura de origem animal. Ácidos graxos
insaturados tem, geralmente, configuração CIS, onde os dois hidrogênios estão
voltados para o mesmo lado da insaturação e, por isso, geram um dobramento na
molécula.
Margarina é um composto sem insaturações: estas, antes presentes na estrutura dos
seus lipídios, sofreram reação de hidrogenação, ou seja, hidrogênios foram
adicionados a suas ligações duplas, transformando-as em simples, o que aumento o
ponto de fusão dos compostos e, consequentemente, sua consistência à temperatura
ambiente.
Óleos e gorduras = diferença no grau/número de insaturações
Outros lipídios abundantes e estruturais Glicerolfosfolipideos: Glicerol, unido a dois
ácidos graxos e a um grupo polar fosfato, o qual pode estar unido a outro grupo polar.
Eles são componentes de bicamadas lipídicas de membranas celulares, além de
também serem componentes de monocamadas de lipoproteínas.
Outro lipídio estrutural: Esfingolipídios. Possuem Esfingosina ao invés de Glicerol,
unida a ácidos graxos e um grupo polar, com ou sem fosfato. Também estão na
monocamada de lipoproteínas.
Colesterol Nós o temos na forma livre (com o grupo OH, grupo polar forte na
extremidade) e na forma de éster de colesterol, quando ele se esterifica a um ácido
graxo. Há uma enzima, a LCAT, associada à HDL, que pega um ácido graxo de
fosfolipídio de monocamada de lipoproteina e o usa para esterificar no colesterol isso
remove ounico grupo polar da molécula, ou seja, o torna essencialmente apolar. A
esterificação do colesterol remove o seu grupo polar.
o Lipoproteínas o
Estrutura básica: Micelar (monocamada de fosfolipídios, esfingolipídios,
glicerolfosfolipidios e colesterol livre) com Apoproteinas embebidas na tal estrutura e
com proteínas, umas mais, outras menos inseridas. Internamente (no cerne/núcleo) o
ambiente é apolar, possuindo quantidades variáveis de TAG e éster de colesterol.
4 principais classes: Quilomicron (muito maior que todas as outras) lipoproteína vai
primeiro pra linfa; VLDL (lipoproteínas de densidade muito baixa). HDL (lipoproteína de
densidade alta.
Lipoproteínas: variam de acordo com densidade/tamanho, conteúdo de proteínas e
principal lipídio presente.
4 tipos: Quilomícron, VLDL, LDL, HDL.
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TRANSPORTE DE LIPIDEOS NO SANGUE

Recordações: lipídios são compostos apolares. Um dos principais lipídios da dieta e importantes em conteúdos são os óleos e gorduras, que são triacilglicerois. Composição química dos triacilglicerois (TAG): uma molécula de glicerol esterificada a três ácidos graxos. Um ácido graxo tem um grupo carboxila e uma longa cadeia carbônica, poli ou monoinsaturada ou sataturada. Geralmente, os TAG possuem de 12 a 20 C (possuem cadeia longa). Poli e monoinsaturados são os óleos vegetais; Gordura saturada é mais comumente a gordura de origem animal. Ácidos graxos insaturados tem, geralmente, configuração CIS, onde os dois hidrogênios estão voltados para o mesmo lado da insaturação e, por isso, geram um dobramento na molécula.

Margarina é um composto sem insaturações: estas, antes presentes na estrutura dos seus lipídios, sofreram reação de hidrogenação, ou seja, hidrogênios foram adicionados a suas ligações duplas, transformando-as em simples, o que aumento o ponto de fusão dos compostos e, consequentemente, sua consistência à temperatura ambiente.

Óleos e gorduras = diferença no grau/número de insaturações

Outros lipídios abundantes e estruturais Glicerolfosfolipideos: Glicerol, unido a dois ácidos graxos e a um grupo polar fosfato, o qual pode estar unido a outro grupo polar. Eles são componentes de bicamadas lipídicas de membranas celulares, além de também serem componentes de monocamadas de lipoproteínas.

Outro lipídio estrutural: Esfingolipídios. Possuem Esfingosina ao invés de Glicerol, unida a ácidos graxos e um grupo polar, com ou sem fosfato. Também estão na monocamada de lipoproteínas.

Colesterol Nós o temos na forma livre (com o grupo OH, grupo polar forte na extremidade) e na forma de éster de colesterol, quando ele se esterifica a um ácido graxo. Há uma enzima, a LCAT, associada à HDL, que pega um ácido graxo de fosfolipídio de monocamada de lipoproteina e o usa para esterificar no colesterol isso remove ounico grupo polar da molécula, ou seja, o torna essencialmente apolar. A esterificação do colesterol remove o seu grupo polar.

o Lipoproteínas o

Estrutura básica: Micelar (monocamada de fosfolipídios, esfingolipídios, glicerolfosfolipidios e colesterol livre) com Apoproteinas embebidas na tal estrutura e com proteínas, umas mais, outras menos inseridas. Internamente (no cerne/núcleo) o ambiente é apolar, possuindo quantidades variáveis de TAG e éster de colesterol.

4 principais classes: Quilomicron (muito maior que todas as outras) lipoproteína vai primeiro pra linfa; VLDL (lipoproteínas de densidade muito baixa). HDL (lipoproteína de densidade alta.

Lipoproteínas: variam de acordo com densidade/tamanho, conteúdo de proteínas e principal lipídio presente. 4 tipos: Quilomícron, VLDL, LDL, HDL.

  • Quilomícron Interior: TAG (>90%). Apoproteinas principais:Apo B-48 (característica dos quilomicrons); Apo-E ; Apo-C2. Maior tamanho Menor densidade
  • VLDL 2ª maior. 2ª MENOR densidade Apoproteínas: Apo B-100 (sem Apo B-48). Interior: tem mais éster de colesterol do que o quilomícron e menos TAG
  • LDL 3ª maior. 3ª MENOR densidade Apoproteína: apo B-100 (única por partícula). Interior: basicamente éster de colesterol.
  • HDL: Menor tamanho. Maior densidade. Principal Apoproteína: Apo A-1 (menor quantidades de Apo C-2 e Apo-E Interior: colesterol, principalmente.

Quilomicron

Formado nas células intestinais

O TAG da dieta é quebrado pela lipase pancreática no duodeno. Esta enzima atua sobre gorduras ingeridas. O contato entre a Lipase Pancreática e a gordura é feito pelos sais biliares (feitos no fígado, a partir do colesterol). Esses sais emulsificam gorduras do intestino para que a Lipase Pancreática atue. Esta, por sua vez, quebrará os TAG ingeridos. Uma vez que os ácidos graxos e o glicerol são absorvidos nas vilosidades intestinais, eles voltarão a se unir (e consequentemente voltarão a formar TAG) dentro do Reticulo Endoplasmático (o TAG é re-esterificado dentro das células intestinais). Dentro do lúmen intestinal, unem-se ao TAG:

  • Apo b-48 (necessária para lançar o quilomicron nos vasos linfáticos);
  • Fosfolipídios e éster de colesterol; Formando o chamado Quilomicron. Do lúmen, o Quilomicron será destinado aos vasos linfáticos. Qual a vantagem de não ir pra v. porta ou para o fígado? Ácidos graxos e outras gorduras em geral são prejudiciais ao fígado. Ir aos vasos linfáticos antes de outros locais é favorável ao organismo, porque o quilomicron (e as gorduras a ele associadas) não passará diretamente pelo fígado, poupando-o de possíveis danos.

A única proteína que o quilomicron recém-formado tem é a Apo B-48. Com ela, o lipídio transportado não é liberado. Uma vez em circulação, o HDL transfere ao quilomicron Apo-E e Apo c-II (tanto é que uma função do HDL é fornecer apoproteínas pras lipoproteíns, atuando como um “reservatório ambulante” de apoproteínas). Agora com as três apoproteinas, o quilomicron passa por capilares que irrigam tecido adiposo

a ser convertida em LDL. Só poderemos falar que a IDL se converteu em LDL quando a única apoproteina desta ultima for a apo b-100.

Dessa LDL: uma parte pode ser removida pelos receptores hepáticos A Apo B-100, única apoproteína da LDL, é reconhecida por receptores em células de vários tecidos que precisam de colesterol para os seus metabolismos. Assim, a LDL pode ser endocitada, fundida com lisossomos (muitas enzimas) e que destruirão totalmente essa lipoproteína, absorvendo o colesterol nela presente.

Hipercolesterolemia familiar: sua causa Aumento de colesterol circulante por causa da deficiência de receptores de LDL. O colesterol, então, não é endocitado e continua circulando, causando aumento significativo dos seus níveis no sangue.

LDL em excesso Aterosclerose. Aterosclerose é uma doença inflamatória crônica caracterizada pela formação de ateromas dentro dos vasos sanguíneos. Os ateromas são placas, compostas especialmente por lipídios e tecido fibroso, que se formam na parede dos vasos. Levam progressivamente à diminuição do diâmetro do vaso, podendo chegar à obstrução total do mesmo. A aterosclerose em geral é fatal quando afeta as artérias do coração ou do cérebro, órgãos que resistem apenas poucos minutos sem oxigênio. Ocorre na camada subendotelial dos vasos sanguíneos e causa o seu espessamento e a diminuição da sua luz. Se for artéria coronariana, significará diminuição de irrigação de células cardíacas. Mecanismo: O LDL migra pra essa camada, pois é pequeno, e consegue migrar pra essas células endoteliais. A grande quantidade de LDL que para lá se dirige faz com que diminua, assim, a probabilidade deles saírem de lá. Nas células endoteliais dos vasos há risco da lipoproteina ser oxidada, atraindo monócitos para camada subendotelial. Os monócitos tornam-se macrófagos e fagocitam LDL. Assim: muito colesterol dentro da célula é prejudicial. No fim de tudo, ocorrem alterações na camada como um todo, morte de células endoteliais por apoptose. Isso tudo pode causar ruptura da placa de ateroma, causando um trombo, se por ventura migrar no vaso e tampar um vaso sanguíneo.

Todo LDL é igual? Não! Lipoproteinas mais densas migram mais facilmente pra camada subendotelial, são menos removidas pelo fígado e são mais facilmente oxidadas por ele. Elas predominam em diabetes e obesidade risco maior de causar aterosclerose. Pacientes com mesma taxa de LDL no sangue podem ter riscos diferentes de terem aterosclerose, devido à diferença no tamanho e, consequentemente, na densidade dos seus LDL’s: aquele que tiver mais moléculas de LDL menores, possuem um risco cardíaco de aterosclerose muito maior (vide efeitos acima descritos). Lembrar que em obesidade e diabetes, a CTP está muito mais presente.

  • HDL

Mais proteínas presentes. Além de Apo A, o HDL tem várias proteínas antioxidantes, arteroprotetoras, além da LCAT (enzima que esterifica colesterol, transformando-o de livre em éster de colesterol). Existem em vários tamanhos e formatos.

LCAT: esterifica colesterol. Fundamental para maturação do HDL porque ela tira colesterol livre das células e os esterifica. Esse éster vai para o núcleo da partícula, aumentando-a. HDL: tanto intestino quanto o fígado secretam Apo A-I na circulação, e esta será lipidificada (adição fosfolipídios, colesterol) quando ela tiver circulando, por certas proteínas celulares. Forma-se, primeiro, uma molécula discoide, porque não há nada praticamente dentro dela. Por ação da LCAT (enzima hepática), o colesterol vai sendo esterificado, migrando para o centro da molécula, formando o núcleo do HDL maduro.

A partir da CTP, o HDL transfere os ésteres de colesterol para as outras lipoproteínas. Estas, reconhecidas por receptores hepáticos, liberam colesterol no fígado. O HDL, cheio de éster de colesterol, pode liberá-los via receptores, diretamente para o fígado (não é o principal mecanismo, mas também funciona).

HDL maduro pode remover colesterol de células.

Esses tais receptores hepáticos também existem em glândulas endócrinas, que usam o colesterol para síntese de hormônios.

HDL: Fornece Apo C-II e Apo E para quilomicrons e VLDL (chamado de “reservatório de apoproteinas”); Remove colesterol de membranas celulares (células com excesso de colesterol são o ‘alvo’); Pela LCAT, o HDL esterifica esse colesterol e o leva para o fígado. Por meio da CTP, transfere para VLDL e quilomicrons (“transporte reverso de colesterol”). O próprio HDL pode, também, levar diretamente o colesterol para o fígado. Outra função: papel antiheterogênico. HDL não tem função só de levar o colesterol excessivo de células embora. Ele, além de remover excesso de colesterol de células: a) Evita apoptose do endotélio, b) Bloqueia migração de monócitos do sangue para a placa de ateroma, etc (minimiza arterosclerose).

Mas, estar com HDL alto não é sinônimo de 100% de segurança, porque às vezes o HDL está alterado, ou seja, não cumpre bem as suas funções.