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Transtorno de Personalidade Borderline - Caso Clínico, Notas de estudo de Odontologia

Relato de um caso clínico de uma paciente com transtorno de personalidade Borderline

Tipologia: Notas de estudo

2018

Compartilhado em 07/06/2018

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elenilton-wendson-12 🇧🇷

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Transtorno de Personalidade Borderline: Relato de um caso de difícil manejo conduzido no
CAPS Afrodite Vasconcelos, Catalão/GO
O transtorno de personalidade Borderline é caracterizado por tendência nítida a agir de modo
imprevisível sem consideração pelas consequências; humor imprevisível e caprichoso;
tendência a acessos de cólera e uma incapacidade de controlar os comportamentos
impulsivos; tendência a adotar um comportamento briguento e a entrar em conflito com os
outros, particularmente quando os atos impulsivos são contrariados ou censurados. O
transtorno de personalidade borderline é caracterizado por perturbações da autoimagem, do
estabelecimento de projetos e das preferências pessoais, por uma sensação crônica de
vacuidade, por relações interpessoais intensas e instáveis e por uma tendência a adotar um
comportamento autodestrutivo, compreendendo tentativas de suicídio e gestos suicidas. A
prevalência desse transtorno pode chegar a até 11% da população psiquiátrica e 2% da
população geral. Trata-se de um relato de caso de Transtorno de Personalidade Borderline
manejado no CAPS na cidade Catalão/GO, bem como mostrar a tentativa de ressocialização
desses pacientes, com análise de prontuário.
Apresentação do caso
M.P.C., sexo feminino, em Setembro de 2015 é acolhida pelo CAPS após tentativa de suicídio.
Sua história pregressa mostrava uma série de relatos de má-relação familiar, incluindo mãe
usuária de drogas, pai ausente e relatos de abusos físicos e sexuais e também passagens por
abrigos quando criança. A história de M.P.C. após ser acolhida pela Rede de atenção
psicossocial mostra uma paciente com comportamento instável, constante medo do abandono
e incontáveis episódios de automutilação. Chegou a fazer uso de clorpromazina, risperidona,
ácido valproico e fluoxetina, no entanto, com baixa resposta terapêutica. As tentativas de
socialização incluíram participação em psicoterapia, retorno à escola (EJA) e convivência em
sociedade, sem sucesso.
Discussão
O comportamento apresentado pela paciente são semelhantes aos descritos na literatura,
preenchendo assim, os critérios diagnósticos. No entanto, o caso relatado é complexo. A
paciente em discussão era refratária a todos os tratamentos instituídos, incluindo a terapia
psicodinâmica. Vários estudos relatam a predisposição a transtornos em pessoas que são
vítimas de abusos quando crianças. No presente caso, a paciente, molestada física e
sexualmente quando criança, não possuía vínculos afetivos duradouros nem tampouco uma
base familiar estável que desse suporte ao seu tratamento. Sabe-se, no entanto, que quando
os pacientes estão inseridos em uma rede bem estruturada, sua evolução é mais positiva. No
presente relato, não houve uma base familiar bem instituída e por muitas vezes houve falha
por parte do estado, levando a peculiaridades no manejo dessa paciente.
Comentários finais
Em geral, o Transtorno Borderline de Personalidade se apresenta como uma patologia severa,
que é expressada em diversos aspectos da vida do paciente. Os relacionamentos, tanto
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Transtorno de Personalidade Borderline: Relato de um caso de difícil manejo conduzido no CAPS Afrodite Vasconcelos, Catalão/GO

O transtorno de personalidade Borderline é caracterizado por tendência nítida a agir de modo imprevisível sem consideração pelas consequências; humor imprevisível e caprichoso; tendência a acessos de cólera e uma incapacidade de controlar os comportamentos impulsivos; tendência a adotar um comportamento briguento e a entrar em conflito com os outros, particularmente quando os atos impulsivos são contrariados ou censurados. O transtorno de personalidade borderline é caracterizado por perturbações da autoimagem, do estabelecimento de projetos e das preferências pessoais, por uma sensação crônica de vacuidade, por relações interpessoais intensas e instáveis e por uma tendência a adotar um comportamento autodestrutivo, compreendendo tentativas de suicídio e gestos suicidas. A prevalência desse transtorno pode chegar a até 11% da população psiquiátrica e 2% da população geral. Trata-se de um relato de caso de Transtorno de Personalidade Borderline manejado no CAPS na cidade Catalão/GO, bem como mostrar a tentativa de ressocialização desses pacientes, com análise de prontuário.

Apresentação do caso

M.P.C., sexo feminino, em Setembro de 2015 é acolhida pelo CAPS após tentativa de suicídio. Sua história pregressa mostrava uma série de relatos de má-relação familiar, incluindo mãe usuária de drogas, pai ausente e relatos de abusos físicos e sexuais e também passagens por abrigos quando criança. A história de M.P.C. após ser acolhida pela Rede de atenção psicossocial mostra uma paciente com comportamento instável, constante medo do abandono e incontáveis episódios de automutilação. Chegou a fazer uso de clorpromazina, risperidona, ácido valproico e fluoxetina, no entanto, com baixa resposta terapêutica. As tentativas de socialização incluíram participação em psicoterapia, retorno à escola (EJA) e convivência em sociedade, sem sucesso.

Discussão

O comportamento apresentado pela paciente são semelhantes aos descritos na literatura, preenchendo assim, os critérios diagnósticos. No entanto, o caso relatado é complexo. A paciente em discussão era refratária a todos os tratamentos instituídos, incluindo a terapia psicodinâmica. Vários estudos relatam a predisposição a transtornos em pessoas que são vítimas de abusos quando crianças. No presente caso, a paciente, molestada física e sexualmente quando criança, não possuía vínculos afetivos duradouros nem tampouco uma base familiar estável que desse suporte ao seu tratamento. Sabe-se, no entanto, que quando os pacientes estão inseridos em uma rede bem estruturada, sua evolução é mais positiva. No presente relato, não houve uma base familiar bem instituída e por muitas vezes houve falha por parte do estado, levando a peculiaridades no manejo dessa paciente.

Comentários finais

Em geral, o Transtorno Borderline de Personalidade se apresenta como uma patologia severa, que é expressada em diversos aspectos da vida do paciente. Os relacionamentos, tanto

amorosos como com a família ou amigos, é extremamente comprometido pela alternância entre a idealização e a rejeição. A impulsividade e os sentimentos crônicos de inadaptação comprometem a qualidade de vida e a construção de ideais e planos para o futuro. Como se percebe em ambos os casos, as perspectivas são pouco animadoras para esse quadro. O caso de M.P.C. o manejo deve ser com psicoterapia e terapia medicamentosa.