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Tratamento Integral da Depressão: Biológico, Psicológico e Social, Manuais, Projetos, Pesquisas de Farmacologia

Este documento discute o tratamento da depressão como um processo global, considerando as dimensões biológicas, psicológicas e sociais do ser humano. O tratamento abrange terapia psicoterápica, mudanças no estilo de vida e medicamentos antidepressivos. A escolha do tratamento depende de variáveis como gravidade do quadro, fatores desencadeantes, tipo de sintomas e preferência do paciente.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2021

Compartilhado em 27/06/2021

MADARAUCHIHA157
MADARAUCHIHA157 🇧🇷

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QUANDO FALAMOS NO tratamento antidepressivo ele deve
ser entendido de uma forma globalizada levando em consideração o
ser humano como um todo incluindo tanto as dimensões biológicas,
psicológicas e sociais. Portanto, o tratamento deve abranger todos
esses pontos e utilizar a psicoterapia, mudanças no estilo de vida e
a terapia farmacológica. Não se trata "depressão" de forma
generalizada mas sim pacientes deprimidos, contextualizados em
seus meios sociais e culturais e compreendidos nas suas
dimensões biológicas e psicológicas.
As intervenções psicoterápicas podem ser de diferentes formatos,
como psicoterapia de apoio, psicodinâmica breve, terapia
interpessoal, comportamental, cognitiva comportamental, de grupo,
de casais e de família.
Mudanças no estilo de vida deverão ser debatidas com cada
paciente, objetivando uma melhor qualidade de vida.
Os antidepressivos produzem, em média, uma melhora dos
sintomas depressivos de 60% a 70%, no prazo de um mês,
enquanto a taxa de placebo é em torno de 30%.15-17
Esta taxa de melhora dificilmente é encontrada em outras
abordagens terapêuticas de depressão, a não ser o ECT
(eletroconvulsoterapia). Em termos de eficácia, em ensaios clínicos,
parece não haver diferenças significativas entre as várias drogas, o
que não significa dizer que cada paciente responderá a diferentes
antidepressivos da mesma maneira.
O tratamento da depressão depende de algumas
variáveis: gravidade do quadro, fatores desencadeantes, tipo dos
sintomas presentes, recursos disponíveis no contexto de
atendimento, preferência do paciente e familiaridade do profissional
com o método.
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QUANDO FALAMOS NO tratamento antidepressivo ele deve ser entendido de uma forma globalizada levando em consideração o ser humano como um todo incluindo tanto as dimensões biológicas, psicológicas e sociais. Portanto, o tratamento deve abranger todos esses pontos e utilizar a psicoterapia, mudanças no estilo de vida e a terapia farmacológica. Não se trata "depressão" de forma generalizada mas sim pacientes deprimidos , contextualizados em seus meios sociais e culturais e compreendidos nas suas dimensões biológicas e psicológicas. As intervenções psicoterápicas podem ser de diferentes formatos, como psicoterapia de apoio, psicodinâmica breve, terapia interpessoal, comportamental, cognitiva comportamental, de grupo, de casais e de família. Mudanças no estilo de vida deverão ser debatidas com cada paciente, objetivando uma melhor qualidade de vida. Os antidepressivos produzem, em média, uma melhora dos sintomas depressivos de 60% a 70%, no prazo de um mês, enquanto a taxa de placebo é em torno de 30%.15- Esta taxa de melhora dificilmente é encontrada em outras abordagens terapêuticas de depressão, a não ser o ECT (eletroconvulsoterapia). Em termos de eficácia, em ensaios clínicos, parece não haver diferenças significativas entre as várias drogas, o que não significa dizer que cada paciente responderá a diferentes antidepressivos da mesma maneira. O tratamento da depressão depende de algumas variáveis : gravidade do quadro, fatores desencadeantes, tipo dos sintomas presentes, recursos disponíveis no contexto de atendimento, preferência do paciente e familiaridade do profissional com o método.

Fase inicial O plano de tratamento inclui uma fase inicial de 2 a 3 semanas que objetiva a redução dos sintomas depressivos ou, preferencialmente, a remissão total desses. Fase de continuação A fase de continuação corresponde às próximas 4 ou 6 semanas e visa sustentar a remissão ou atenuação alcançada. +Fase de manutenção A fase de manutenção visa evitar recidivas, já que um terço dos pacientes apresenta novo episódio em 1 ano. Geralmente dura 1 ano ou mais e é feita com os mesmos fármacos e doses usados inicialmente. Os antidepressivos mais usados em nosso meio são os antidepressivos tricíclicos (ADT) e os inibidores seletivos da receptação da serotonina (ISRS). Os antidepressivos apresentam eficácia semelhante, e vão ser diferenciados em virtude de seus efeitos adversos e de seus potenciais de interação farmacológica. Os ISRS costumam ser mais bem tolerados do que os ADT. Os antidepressivos tricíclicos, primeira classe de medicamentos antidepressivos, já foram muito utilizados no tratamento da depressão. Hoje não são a primeira escolha. Eles atuam inibindo a recaptação de serotonina e noradrenalina, e assim aumenta a concentração desses neurotransmissores. Os antidepressivos tricíclicos podem ser classificados de acordo com o grau de afinidade com o NET (transportador de noradrenalina) ou com o SERT (transportador de serotonina). Os tricíclicos secundários , como a nortriptilina, possuem maior afinidade ao NET, sendo esse o principal alvo de bloqueio. Já os terciários, como a amitriptilina e imipramina, possuem maior afinidade ao SERT. E por fim, os tetracíclicos, como a maprotilina, que possuem a afinidade igual por NET e SERT. Ao bloquearem NET e SERT, além do efeito terapêutico, há também efeitos colaterais. O aumento de serotonina provoca redução de dopamina, e a redução de dopamina pode cursar com