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Guias e Dicas
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treinamento muscular e respiratorio, Resumos de Fisioterapia

É um método de treino capaz de melhorar a funcionalidade da musculatura respiratória através de exercícios respiratórios específicos, usados com o escopo de aumentar a força e a resistência muscular respiratória.

Tipologia: Resumos

2020
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Compartilhado em 06/04/2020

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Graduada em Fisioterapia pela Universidade do Vale do Sapucai - UNIVÁS.

Especialista em Fisioterapia Pneumofuncional pela Universidade Gama

Filho - UGF. Especialista em Fisioterapia em Unidade de Terapia Intensiva

pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais PUC - MG. Especialista

em Fisioterapia Neurofuncional Adulto e Infantil pela Fundação de Ensino e

Pesquisa de Itajubá - FEPI. Especialista em Fisioterapia Dermatofuncional

pela Fundação de Ensino e Pesquisa de Itajubá - FEPI. Especialista em

Aprendizagem, Desenvolvimento e Controle Motor - UES. Especialista em

Fisioterapia Gerontológica - UES. Pós Graduanda em Fisioterapia Traumato -

Ortopédica e Reumatológica - FEPI. Mestre em Reabilitação do Equilíbrio

Corporal e Inclusão Social - UNIAN/SP. Doutoranda em Engenharia

Biomédica - UAM. Atua como Fisioterapeuta no APTA consultório de

Fisioterapia Especializada e Pilates na cidade de Pouso Alegre - MG. Atua

como Fisioterapeuta plantonista na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na

Santa Casa de Misericordia de Itajubá-MG. Docente do curso de Fisioterapia

do Centro Universitáriode Itajubá - FEPI.

Pâmela Pereira

os quais o paciente gera esforços respiratórios – inspiratórios e expiratórios. A utilização de cargas adicionais permite um melhor controle da intensidade do trabalho, uma vez que é possível ajustar a carga de acordo com as diferenças individuais, contrariamente aos exercícios respiratórios sem carga adicional (MCCONNELL, 2011).

Módulo I Os treinamentos musculares respiratórios são realizados após a avaliação da força muscular inspi- ratória, a qual pode ser determinada por medidas estáticas da respiração. Assim, para a prescrição da carga, torna-se necessária a aferição da PIM (pressão inspiratória máxima) e PEM (pressão expi- ratória máxima), pela qual pode se prescrever a carga percentual que será utilizada no treinamento da musculatura (SILVA; MOURA; SILVEIRA, 2018). 1.2 Avaliação dos Músculos Respiratórios A avaliação da Pimáx e a Pemáx são realizadas com um manovacuômetro, com um bocal ao nível da boca, estando a via aérea ocluída. Podem ser medidas a qualquer nível pulmonar, devendo-se levar em conta que a pressão gerada é dependente do comprimento da fibra muscular. Este equi- pamento é apropriado para medir pressões positivas (manômetro) e pressões negativas (vacuôme- tro), consequentemente mensurando a força muscular inspiratória e expiratória, durante manobras estáticas e voluntárias (ROMANI; MIARA; CARRADORE, 2017). Caruso et al. (2015) descrevem que a PImáx é o método mais utilizado para medir a força inspirató- ria, baseando-se na medida da pressão nas vias aéreas superiores e esta pressão é uma composição da pressão gerada pelos músculos inspiratórios com a pressão de recolhimento elástico do pulmão e do tórax e a PEmáx é o método mais utilizado para medir a força expiratória, podendo ser medida a partir da capacidade residual funcional. Para se obter os valores de PEmáx, deve-se solicitar ao indivíduo que insufle seus pulmões até atingir a capacidade pulmonar total, inspirando pela boca, já com o clipe preso em seu nariz. Ime- diatamente após, deve-se realizar uma expiração forçada (brusca) que deverá durar, no máximo, 1 segundo na pessoa normal. Para se obter os valores de PImáx, deve-se solicitar ao indivíduo que exale todo o volume aéreo até atingir o volume residual. Após isso, ele deve fazer um esforço inspiratório brusco e máximo, Como Realizar o Treinamento Muscular Respiratório?

Módulo II Fadiga da Musculatura Respiratória Bessa, Lopes e Rufino (2015) descrevem que a disfunção da musculatura respiratória é o resultado da perda de força ou resistência, sendo essas duas principais propriedades musculares. A força muscular é exercida em dois sentidos, sendo na inspiração uma pressão negativa e na expiração uma pressão positiva. A fadiga dos músculos inspiratórios pode parcialmente explicar a intolerância aos exercícios. Em adição, a redução da força muscular respiratória tem mostrado ser um importante fator preditor de pobre sobrevida em pacientes com DPOC, na fibrose cística e na insuficiência cardíaca congestiva (BESSA; LOPES; RUFINO, 2015). Garcez et al. (2017) descrevem que valores normais da PImáx devem estar entre -90 a -120 cmH2O. Bessa, Lopes e Rufino (2015) ainda citam que quando a PImáx for inferior ao esperado, poderá ter suspeita de fadiga da musculatura respiratória e que valores baixos de PImáx e valores normais de PEmáx sugerem fadiga dos músculos inspiratórios apenas, sendo destacado o diafragma e que va- lores baixos de ambas as pressões sugerem fraqueza do musculo esquelético, sendo rara a fadiga da musculatura expiratória.

O treinamento muscular inspiratório é realizado com o paciente respirando vs uma carga inspirató- ria externa, onde o método mais usado é o treinamento com carga pressórica linear (fluxo-depen- dente). Cuja resistência inspiratória é obtida por meio de uma válvula com mola não dependente do fluxo do paciente, assegurando, portanto, o controle total da carga inspiratória – recomendado devido ao melhor controle e determinação da carga inspiratória e não gera alteração do padrão respiratório (SILVA; MOURA; SILVEIRA, 2018). Os aparelhos mais utilizados são Threshold IMT® e o Powerbreathe® e o treinamento pode ser realizado em ambiente ambulatorial ou doméstico (MCCONNELL, 2011). Powerbreathe® é um modelo que aplicação contínua de pressão inspiratória ao longo da inspi- ração, fazendo com que a válvula regulatória da inspiratória permaneça aberta enquanto permite uma expiração irrestrita que gera resistência através de um sistema de mola ou de um sistema eletrônico valvular. A diferença entre esta ferramenta e a outras no mercado é a sua capacidade de oferecer maior carga durante a treinamento (SILVA; MOURA; SILVEIRA, 2018).

. Grande variedade de modelos agrupados em series (Classic, Medic, Plus, Ironman/IronGirl, Kine- tic) e diferenciados pelos seus níveis de resistência (Baixas/Saúde- verde, Medias/Desporto - azul e Altas/Competição – vermelho). Oliveira et al. (2017) descrevem que o dispositivo é um treinador da musculatura inspiratória, au- xiliando na melhora da força muscular. O mesmo fornece o índice de força muscular inspiratória global, fluxo inspiratório e permite a monitorização do desempenho dos músculos respiratórios. Ao realizar o treinamento com o dispositivo é perceptível uma resistência na inspiração, é gradual nas 5 primeiras sessões de treinamento, esta resistência é máxima no início da inspiração e ao fim suaviza-se. Dos santos, Sena e Costa (2019) abordam que o Threshold® IMT pode ser utilizado tanto para o fortalecimento da musculatura inspiratória quanto como incentivador respiratório, onde o mesmo proporciona o treinamento muscular inspiratório com carga linear ou fluxo independente melho- rando assim a força dos músculos. Módulo III Treinamento Muscular Inspiratório

4.2 Em qual frequência devo realizar o Treinamento Muscular Res- piratório? Estudos apontam que o treinamento muscular respiratório pode ser realizado 3 a 12 vezes na sema- na, com programação de séries específicas (2-8 séries) e intervalos de descanso 1 minuto em elas.

Módulo V Treinamento Muscular Respiratório – Alineares Kock et al. (2015) relatam que os dispositivos lineares são os mais utilizados, pois não dependem da pressão com o fluxo do paciente, já os resistores alineares apresentam desvantagens, visto que o padrão respiratório altera a resistência aplicada nos músculos inspiratórios. Há então um aumento da taxa de fluxo e elava a resistência inspiratória, sendo assim a pressão inspiratória gerada irá de- pender do tamanho do orifício. Espirômetros de incentivo à fluxo (EI) são instrumentos que promovem o feedback visual, encora- jando o paciente a realizar inspirações máximas e sustentadas. Dentre as suas vantagens, está o baixo custo. Os esforços inspiratórios são quantificados a partir do fluxo atingido pela elevação de suas esferas. Inspirações máximas e sustentadas levam ao aumento da pressão transpulmonar e, associadas à pausa inspiratória, promovem insuflação pulmonar. Ao aplicarmos técnicas manuais de expansão pulmonar, também ocorre o aumento da pressão transpulmonar e, para que isso ocorra, inicialmente se da a contração do músculo diafragma (OLIVEIRA et al., 2017). 5.1 Espirometria de Incentivo à Fluxo - Respiron ® : Respiron, é um aparelho de fácil aplicação, manuseio sendo portátil, composto por três tubos trans- parentes, cada um deles abriga uma esfera. Os tubos são interligados, proporcionando dificuldade na inspiração com um fluxo dinâmico, quando colocamos a boca no bocal e inspiramos as esferas formam um incentivo visual. É indicado para todas as pessoas e pode ser usado de forma preventi- va ou reabilitativa. A dificuldade do incentivador pode ser regulada, sendo que cada frequência se relaciona com a capacidade do indivíduo (LOPES et al., 2018). 5.2 Espirometria de Incentivo à Volume - Voldyne ® Existem poucos estudos a respeito do ganho de força muscular inspiratória (PImáx) utilizando o Voldyne. Em um estudo com uso de incentivador, resultados demonstraram ganho de força dos

Módulo VI Exercícios Respiratórios Slongo e Morsch (2015) descrevem que os exercícios respiratórios promovem aprendizagem de um padrão respiratório normal gerando ganho de força da musculatura respiratória, sendo respiração diafragmática com freno labial, inspiração fracionada em três tempos associada à elevação dos membros superiores e à expiração abreviada são alguns dos exercícios respiratórios que promovem o aumento na função pulmonar. Os principais objetivos dos exercícios respiratórios são:

. Melhorar a expansibilidade toracopulmonar; . Melhorar a complacência; . Melhorar ventilação; . Aumentar volumes e capacidades; . Melhorar oxigenação. Respiração Freno Labrial (RFL) A RFL é uma técnica que consiste na inspiração nasal seguida de expiração resistida pela constrição dos lábios. A técnica foi defendida em 1910 por Saenger como uma forma de exercício físico (BRAZ et al., 2019). Inspiração em Tempos ou Fracionada São inspirações nasais, suaves e curtas, interrompidas por pausas inspiratórias programas em dois, três, quatro até seis tempos, finalizadas com expiração oral até a capacidade residual funcional. Contraindicado para pacientes obstrutivos graves (BRAZ et al., 2019). Expiração Abreviada São inspirações nasais profundas seguidas por expirações orais abreviadas. Assim há melhora da capacidade residual funcional, capacidade pulmonar total e volume reserva expiratório (BRAZ et al., 2019).

Exercícios Intercostais São indicados para aprende a controlar e fortalecer a expansão do tórax. O exercício pode ser reali- zado com o paciente em pé ou sentado, com as mãos apoiadas sobre o tórax: durante a inspiração, deve efetuar uma ligeira pressão nas costelas, de modo a forçar e treinar os músculos inspiratórios; durante a expiração, as mãos devem acompanhar o movimento de retração da cavidade torácica e, no final, comprimi-la moderadamente para expulsar o máximo de ar possível (BRAZ et al., 2019). Respiração Diafragmática É recomendada para fortalecer a expansão da base dos pulmões, o setor que normalmente tem uma maior capacidade. O exercício dever ser realizado com o paciente sentado, com o tronco in- clinado cerca de 45º para trás, com as costas e a cabeça bem apoiadas, os joelhos dobrados e o abdômen relaxado, apoiando uma mão sobre este para perceber os movimentos respiratórios e controlar o exercício. Deve-se inspirar lenta e profundamente, verificando a expansão da parede abdominal e a descida do diafragma. Em seguida, deve expirar o ar lentamente para que seja perceptível a contração da musculatura abdominal e a subida do diafragma (SLONGO; MORSCH, 2015). Inspiração Profunda Esses exercícios têm sido utilizados em nossa prática clínica até os dias de hoje, para a execução dessa técnica, é necessária a realização de uma inspiração que se inicia na capacidade residual funcional (CRF) e envolve a inspiração máxima até a capacidade pulmonar total (CPT) e então a expiração. Uma combinação possível nesse processo é a sustentação da inspiração por no mínimo 3 segundos antes da expiração relaxada (SARMENTO, 2016). Exercícios de Expansão Torácica Localizada Os exercícios de expansão torácica estão associados ao posicionamento corporal adequado à ex- pansão de um segmento pulmonar específico e, principalmente, ao estímulo tátil sobre alguma região do tórax (SARMENTO, 2016).

KOCK, K. D. S. et al. Análise da pressão inspiratória com alto e baixo fluxos em resistor alinear. AS- SOBRAFIR Ciência, v. 6, n. 1, p. 13-20. LOPES, C. C. C. et al. Fisioterapia Respiratória Preventiva com Auxílio do Inspirometro de Incentivo nos Professores da Escola EBI Centro De Educação Adventista. Cadernos de Educação, Saúde e Fisioterapia, v. 5, n. 10, 2018. MCCONNELL A. Breathe strong, perform better. Champaign: Human Kinetics Books, 2011. OLIVEIRA, A. G. et al. A Efetividade do Treinamento Muscular Respiratório com Powerbreathe em Atletas de Basquete. Fisioterapia em Ação-Anais eletrônicos, p. 21-32, 2017. PASCHOAL, M. A. Fisioterapia cardiovascular: avaliação e conduta na reabilitação cardíaca. Barueri : Manole, p.344, 2010. ROMANI, J. C. P. et al. Avaliação clínica da função dos músculos respiratórios em adultos: Revisão da literatura. Cadernos da Escola de Saúde, v. 1, n. 11, 2017. SARMENTO, G. J. V. Fisioterapia Respiratória de A a Z. Manole, 2016. 360 p. SLONGO, M.; MORSCH, A. L. B. D. C. Comportamento das pressões respiratórias máximas após um programa de fisioterapia respiratória em idosos institucionalizados. Revista FisiSenectus, v. 3, n. 1, p. 39-49, 2015.