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Guias e Dicas
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Treinamentos de SMS, para aplicação pratica, Manuais, Projetos, Pesquisas de Segurança do Trabalho

Treinamentos para uso especifico de segurança do trabalho, aplicado no dia a dia de traalhadores

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2020

Compartilhado em 15/05/2020

elilson-oliveira-7
elilson-oliveira-7 🇧🇷

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NORMAS DE HIGIENE OCUPACIONAL - PROCEDIMENTO TÉCNICO NHO 06
Elaboração
Eduardo Giampaoli
Irene Ferreira de Souza Duarte Saad
Irlon de Ângelo da Cunha
Elisa Kayo Shibuya
Norma de Higiene
Ocupacional
NHO 06
Avaliação da exposição
ocupacional ao calor
Procedimento técnico
2a edição
São Paulo
D O T R A B A L H O
M I N I S T
É
R I O
2017
ISBN 978-85-92984-20-5
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Elaboração Eduardo Giampaoli Irene Ferreira de Souza Duarte Saad Irlon de Ângelo da Cunha Elisa Kayo Shibuya

Norma de Higiene

Ocupacional

NHO 06

Avaliação da exposição

ocupacional ao calor

Procedimento técnico

2 a^ edição

São Paulo D OM I N I S T É R I O T R A B A L H O

Norma de Higiene Ocupacional

Procedimento Técnico

Elaboração Eduardo Giampaoli Irene Ferreira de Souza Duarte Saad Irlon de Ângelo da Cunha Elisa Kayo Shibuya

Norma de Higiene

Ocupacional

NHO 06: Avaliação da exposição

ocupacional ao calor

Procedimento técnico

2 a^ edição

São Paulo D OM I N I S T É R I O T R A B A L H O

Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte. Disponível também em: www.fundacentro.gov.br

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Serviço de Documentação e Bibliotecas – CDB / Fundacentro São Paulo – SP Sergio Roberto Cosmano CRB-8/

CIS – Classificação do “Centre International d’Informations de Sécurité et d’Hygiene du Travail” CDU – Classificação Decimal Universal

Ficha técnica Editora-chefe: Glaucia Fernandes Preparação de originais: Karina Penariol Sanches Normalização: Sergio Roberto Cosmano Diagramação: Flávio Barbosa Galvão

1234567Fundacentro. 1 Fundacentro. Norma de higiene ocupacional : NHO 06 : procedimento técnico : avaliação da exposição ocupacional ao calor [texto] / Fundacentro ; [equipe de elaboração, Edurado Giampaoli, Irene Ferreira de Souza Duarte Saad, Irlon de Ângelo da Cunha, Elisa Kayo Shibuya]. –

  1. ed. – São Paulo: Fundacentro, 2017. 48 p. : il., tabs., enc. ; 23 cm. – (Normas de higiene ocupacional – NHO ; 06). ISBN 978-85-92984-20-
  2. Locais de trabalho super aquecidos – Avaliação da exposição. 2. Locais de trabalho super aquecidos – Higiene ocupacional. I. Título. II. Série. CIS Bumanha Qrae Bumaha Ah

CDU 331.42:536:614. 331.42:536:613.

S umário

Prefácio

Esta segunda edição, revisada e ampliada, cancela e substitui a edição anterior, trazendo modificações e avanços técnicos, sendo os principais:

  • adoção do watt (W) como unidade para taxa metabólica, com a adequação dos limites de exposição para trabalhadores acli- matizados;
  • atualização da tabela para determinação de taxas metabólicas;
  • estabelecimento de limites de exposição para trabalhadores não aclimatizados;
  • estabelecimento de níveis de ação para trabalhadores aclima- tizados;
  • estabelecimento de limite de exposição valor teto;
  • estabelecimento de correções no índice de bulbo úmido ter- mômetro de globo (IBUTG) médio em função do tipo de ves- timenta utilizada;
  • introdução de considerações sobre avaliações a céu aberto.
  • estabelecimento de região de incerteza sobre as condições de exposição para trabalhadores aclimatizados;
  • introdução de um critério de julgamento e tomada de decisão em função das condições de exposição encontradas;
  • introdução de considerações gerais sobre medidas preventivas e corretivas.

NHO 06

4. Definições

Para os fins desta norma, adotam-se as seguintes definições: Aclimatização: adaptação fisiológica decorrente de exposi- ções sucessivas e graduais ao calor que visa reduzir a sobrecarga fisio- lógica causada pelo estresse térmico.

Ciclo de exposição: conjunto de situações térmicas ao qual o trabalhador é submetido, conjugado às diversas atividades físicas por ele desenvolvidas, em uma sequência definida.

Grupo de exposição similar (GES): corresponde a um grupo de trabalhadores que experimentam exposição semelhante, levando em consideração as condições térmicas e as atividades físicas desenvolvi- das, de forma que o resultado fornecido pela avaliação da exposição de parte do grupo seja representativo da exposição de todos que compõem o mesmo grupo.

Índice de bulbo úmido termômetro de globo (IBUTG): ín- dice utilizado para avaliação da exposição ocupacional ao calor que leva em consideração temperatura, velocidade e umidade do ar e calor radiante.

Índice de bulbo úmido termômetro de globo médio ( IBUTG ): média ponderada no tempo dos diversos valores de IBUTG obtidos em um intervalo de 60 minutos corridos.

Limite de exposição ocupacional: valor máximo de IBUTG relacionado à taxa metabólica média (M). Representa as condições sob as quais se acredita que a maioria dos trabalhadores possa estar exposta, repetidamente, durante toda a sua vida de trabalho, sem sofrer efeitos adversos à sua saúde.

Nível de ação: valor acima do qual devem ser adotadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de as exposições cau- sarem danos à saúde do trabalhador. Esse valor corresponde ao limite de exposição ocupacional ao calor para trabalhadores não aclimatizados.

Ponto de medição: ponto físico escolhido para posiciona- mento do dispositivo de medição onde serão obtidas as leituras repre- sentativas da situação térmica objeto de avaliação.

NHO 06

Situação térmica: cada parte do ciclo de exposição na qual as condições do ambiente que interferem na carga térmica a que o tra- balhador está exposto podem ser consideradas estáveis.

Taxa metabólica (M): quantidade de energia por unidade de tempo produzida no interior do corpo humano que leva em considera- ção a atividade física exercida.

Taxa metabólica média ( M ): média ponderada no tempo das taxas metabólicas obtidas em um intervalo de 60 minutos corridos.

Valor teto: valor de IBUTG relacionado a uma taxa metabó- lica que define condições extremas nas quais o trabalhador não é mais capaz de manter o equilíbrio térmico, implicando aumento da tempera- tura central de 1°C em menos de 15 minutos.

5. Critério de avaliação da exposição ocupacional ao calor

O critério de avaliação da exposição ocupacional ao calor adotado pela presente norma tem por base o Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo (IBUTG) relacionado à Taxa Metabólica (M).

5.1 IBUTG

O IBUTG é calculado por meio das equações 5.1 ou 5.2:

a) Para ambientes internos ou para ambientes externos sem car- ga solar direta

IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg [5.1]

b) Para ambientes externos com carga solar direta^1

IBUTG = 0,7 tbn + 0,2 tg + 0,1 tbs [5.2]

(^1) Considera-se carga solar direta quando não há nenhuma interposição entre a radiação solar e o trabalhador exposto, por exemplo, a presença de barreiras como: nuvens, an- teparos, telhas de vidro etc.

NHO 06

Atividade Taxa metabólica(a)^ (W)

Trabalho leve com braços e pernas 324 Trabalho moderado com braços e pernas 441 Trabalho pesado com braços e pernas 603

Em pé, agachado ou ajoelhado

Em repouso 126 Trabalho leve com as mãos 153 Trabalho moderado com as mãos 180 Trabalho pesado com as mãos 198 Trabalho leve com um braço 189 Trabalho moderado com um braço 225 Trabalho pesado com um braço 261 Trabalho leve com dois braços 243 Trabalho moderado com dois braços 279 Trabalho pesado com dois braços 315 Trabalho leve com o corpo 351 Trabalho moderado com o corpo 468 Trabalho pesado com o corpo 630

Em pé, em movimento

Andando no plano

  1. Sem carga
    • 2 km/h 198
    • 3 km/h 252
    • 4 km/h 297
    • 5 km/h 360

a) Taxa metabólica definida para o homem padrão (área superficial igual a 1,8 m2) M [kcal/h] = 0,859845 x M [W]

NHO 06

Atividade Taxa metabólica(a)^ (W)

  1. Com carga
    • 10 kg, 4 km/h 333
    • 30 kg, 4 km/h 450 Correndo no plano
  • 9 km/h 787
  • 12 km/h 873
  • 15 km/h 990 Subindo rampa 1.Sem carga
  • com 5° de inclinação, 4 km/h 324
  • com 15° de inclinação, 3 km/h 378
  • com 25° de inclinação, 3 km/h 540
  1. Com carga de 20 kg
  • com 15° de inclinação, 4 km/h 486
  • com 25° de inclinação, 4 km/h 738

Descendo rampa (5 km/h) sem carga

  • com 5° de inclinação 243
  • com 15° de inclinação 252
  • com 25° de inclinação 324 Subindo escada (80 degraus por minuto – altura do degrau de 0,17 m)
  • Sem carga 522
  • Com carga (20 kg) 648 Descendo escada (80 degraus por minu- to – altura do degrau de 0,17 m)
  • Sem carga 279

NHO 06

Quando o trabalhador estiver exposto a uma única situação térmica, ao longo do período de 60 minutos considerados na avaliação, o IBUTG será o próprio IBUTG determinado para essa situação.

Caso o trabalhador esteja exposto a duas ou mais situações térmicas diferentes, o IBUTG deve ser determinado a partir da equa- ção 5.3, utilizando-se os valores de IBUTG representativos de cada uma das situações térmicas que compõem o ciclo de exposição do tra- balhador avaliado.

Destaca-se que o ciclo de exposição pode ter duração diferen- te de 60 minutos, no entanto, a determinação do IBUTG sempre deve considerar um período de 60 minutos corridos.

sendo: IBUTG = IBUTG médio ponderado no tempo em °C IBUTGi = IBUTG da situação térmica “i” em °C ti = tempo total de exposição na situação térmica “i”, em minutos, no período de 60 minutos corridos mais desfavorável i = iésima situação térmica n = número de situações térmicas identificadas na composição do ciclo de exposição t 1 + t 2 + ... + ti + ... + tn = 60 minutos

Para o cálculo da M, deve-se considerar o mesmo período de 60 minutos corridos considerado para o cálculo do IBUTG.

Quando a atividade física exercida pelo trabalhador corres- ponder a uma única taxa metabólica, no período de 60 minutos conside- rados na avaliação, a M será o próprio M atribuído para essa atividade.

Caso o trabalhador desenvolva duas ou mais atividades físi- cas, a M deve ser determinada a partir da Equação 5.4, utilizando-se os

NHO 06

valores estimados de M, representativos das diferentes atividades físi- cas exercidas pelo trabalhador durante o ciclo de exposição avaliado. Destaca-se que o ciclo de exposição pode ter duração diferente de 60 minutos, no entanto, a determinação da M^ sempre deve considerar um período de 60 minutos corridos.

sendo: M = taxa metabólica média ponderada no tempo em W Mi = taxa metabólica da atividade “i” em W t’i = tempo total de exercício da atividade “i”, em minutos, no período de 60 minutos corridos mais desfavorável i = i-ésima atividade m = número de atividades identificadas na composição do ciclo de exposição t’1 + t’2 + ... + t’i + ... + t’m = 60 minutos

O IBUTG e a M a serem utilizados como representativos da exposição ocupacional ao calor devem ser aqueles que, obtidos no mes- mo período de 60 minutos corridos, resultem na condição mais crítica de exposição.

Os limites de exposição ocupacional ao calor para trabalhadores não aclimatizados ( IBUTG MAX ) estão apresentados na Tabela 1 para os diferentes valores de M. Seus valores também são os adotados como nível de ação para as exposições ocupacionais ao calor e, ainda, devem ser utilizados na avaliação de exposições eventuais ou periódicas em atividades nas quais os trabalhadores não estão expostos diariamente, tais como manutenção preventiva ou corretiva de fornos, forjas, caldeiras etc.

Para trabalhadores aclimatizados, os limites de exposição a serem utilizados são os apresentados na Tabela 2.