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Neste documento, analisamos dois casos de erros legais relacionados a empréstimos compulsórios e tributos no brasil. O primeiro caso trata de uma lei ordinária instituindo um empréstimo compulsório em contraventura com a constituição. O segundo caso aborda a aplicabilidade da isenção de iptu em relação a taxas de coleta de resíduos sólidos urbanos. Além disso, discutimos a natureza sancionatória de uma tributação mensal aplicada a uma cooperativa que despeja dejetos químicos em um rio.
Tipologia: Exercícios
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Em março de 2020, a União, por meio de lei ordinária, instituiu empréstimo compulsório para custear despesas advindas de uma forte pandemia que começou a assolar o Brasil – Coronavírus. Naquele diploma legal, ficou previsto que o empréstimo compulsório passaria a ser exigido já no mês de julho de 2020, pois deveria aguardar o principio da anterioridade nonagesimal. Diante de tal quadro, informe dois erros constantes na referida questão e justifique. O primeiro erro da questão se encontra no processo legislativo utilizado, lei ordinária. Tal procedimento não está em consonância com o que preconiza a Carta Magna em seu Art. 148,caput, que aduz que tal processo legislativo deveria ser por meio de lei complementar. Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir Empréstimos Compulsórios: I – para atender a despesas extraordinárias , decorrentes de calamidade pública , de guerra externa ou sua iminência; O segundo erro reside no que concerne ao princípio da anterioridade nonagesimal. Tal princípio não deverá ser aplicado, pois conforme Art. 150, § 1º, da CRFB/88, ao empréstimo compulsório instituído por força de calamidade pública não se aplica a vedação inerente ao princípio da anterioridade do exercício financeiro nonagesimal. O Município Bonito, graças a uma lei municipal publicada no ano de 2019, concedeu isenção de IPTU aos proprietários de imóveis cujas áreas não ultrapassassem 80m². Márcio possui um imóvel nessa condição e procura seus serviços, como advogado(a), para saber se deve pagar a taxa de coleta de resíduos sólidos urbanos, instituída pelo município por meio de lei publicada em junho de 2017, a ser exigida a partir do exercício financeiro seguinte, uma vez que esta é cobrada junto com o IPTU. Diante desse quadro fático, informe e justifique se deve ou não pagar a taxa.
Márcio deve pagar a taxa, uma vez que não existe aplicação de extensão da isenção em matéria tributária. Ainda de acordo com o CTN: Art. 177. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva: I - às taxas e às contribuições de melhoria; II - aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão. A cooperativa XYZ utiliza um método de produção em que faz com que a mesma despeje dejetos químicos no leito de um rio, o que é proibido por Lei. Você é gestor dessa cooperativa e a mesma recebe uma tributação mensal para pagar, por mês, por efetuar tal prática. A conduta do fisco está correta? Justifique. Está incorreta, uma vez que de acordo com o Art. 3º do CTN é da essência de um tributo não ter natureza sancionatória. Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. No presente caso, observa-se que tal tributo tem claramente a função de sancionar a empresa pela prática de despejar resíduos, portanto, a conduta do fisco não está correta.