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Capacidade de Carga de Estacas Hélice Contínuas: Semi-Empíricos vs. Prova Estática, Exercícios de Engenharia Civil

Uma análise comparativa entre três métodos semi-empíricos de previsão de capacidade de carga de estacas hélice contínuas e os resultados obtidos por meio de uma prova estática. O objetivo é avaliar a conformidade dos métodos estudados e determinar o método que se aproxima mais da capacidade de carga obtida por meio da prova. O documento inclui análises de métodos como aoki-velloso, décourt-quaresma, teixeira e vorcaro-velloso, além de descrições detalhadas dos resultados obtidos.

Tipologia: Exercícios

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Garrincha
Garrincha 🇧🇷

4.1

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Centro Universitário de Brasília - UniCEUB
Faculdade de Tecnologia e Ciências Sociais
Aplicadas FATECS
Curso: Engenharia Civil
PETERSON DOS SANTOS PEREIRA
COMPARAÇÃO DOS MÉTODOS SEMI-EMPÍRICOS PARA PREVISÃO DA
CAPACIDADE DE CARGA DE ESTACA HÉLICE CONTINUA COM RESULTADO DE
PROVA DE CARGA
Brasília
2019
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Baixe Capacidade de Carga de Estacas Hélice Contínuas: Semi-Empíricos vs. Prova Estática e outras Exercícios em PDF para Engenharia Civil, somente na Docsity!

Centro Universitário de Brasília - UniCEUB Faculdade de Tecnologia e Ciências Sociais Aplicadas – FATECS Curso: Engenharia Civil PETERSON DOS SANTOS PEREIRA COMPARAÇÃO DOS MÉTODOS SEMI-EMPÍRICOS PARA PREVISÃO DA CAPACIDADE DE CARGA DE ESTACA HÉLICE CONTINUA COM RESULTADO DE PROVA DE CARGA Brasília 2019

PETERSON DOS SANTOS PEREIRA

COMPARAÇÃO DOS MÉTODOS SEMI-EMPÍRICOS PARA PREVISÃO DA

CAPACIDADE DE CARGA DE ESTACA HÉLICE CONTINUA COM RESULTADO DE

PROVA DE CARGA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia e Ciências Sociais Aplicadas – FATECS do Centro Universitário de Brasília – UniCEUB como parte dos requisitos para a obtenção de título de Bacharel em Engenharia Civil. Orientadora : MSc Gabriela de A. D. Bahia Brasília 2019

AGRADECIMENTOS

No momento em que se encerra este trabalho, é preciso agradecer a todos que contribuíram para que este projeto se tornasse realidade. A minha mãe, Maria de Lourdes, por toda dedicação e esforço para que essa formação fosse possível. Ao meus familiares e amigos pelo apoio e credibilidade. A minha orientadora Profa. MSc Gabriela Bahia, pelo apoio e paciência ao longo desse trabalho. A todos que, de alguma forma, contribuíram para a realização desta pesquisa, muito obrigada!

“Não é a força, mas a constância dos bons resultados que conduz os homens à felicidade.” Friedrich Nietzsche

ABSTRACT

The foundation of a building is responsible for transferring the load of the structure to the ground, therefore determinate its load capacity is extremely important, seeking for the best behavior of the whole structure. A disequilibrium of this system may cause serious structural problems, leading to a collapse of the structure, if it is not recognized in time. This paper presents a comparative analysis between three semi-empirical bearing capacity methods and the static load tests of continuous flight auger in foundation of the continuous propeller type, executed in Águas Claras – DF, being calculated through the methods of Aoki-Velloso, Décourt-Quaresma and Vorcaro-Velloso, based in reports of the Standard Penetration Test. The static load test was carried in a pile of 50 cm in diameter and 13 meters deep, following all the NBR 12131 technical specification (ABNT, 2006). The static load test was carried until achieves a load of 1575,93 kN, close to twice the workload, of 843.7 kN, not observing the rupture of the element. The measurement of the braking load was held the estimate by the method of Van der Veen. Comparing the results obtained, the method of Aoki-Velloso and Décourt-Quaresma were those that achieved the results closer to the breaking load estimated, and after the implementation of the security coefficient, the Décourt-Quaresma method presented valuation below the strength attained in the load test. The Vorcaro-Velloso method showed the highest result, even after the implementation of the coefficient for not having parameters that links between the ground and the pile structure. Keywords: Foundations; Continuous flight piles; Static load tests; Semi empirical methods.

LISTA DE FIGURAS

LISTA DE SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas DF Distrito Federal NBR Norma Brasileira Regulamentadora SPT ONU Ensaio de Penetração Padrão (Standart Penetration Test) Organização das Nações Unidas

SUMÁRIO

  • Figura 1 – Método de carga – Cargueiro
  • Figura 2 - Método de carga - Estacas de reação
  • Figura 3 - Método de carga - Reação por tirantes
  • Figura 4 - Fundação Superficial - Sapata
  • Figura 5 - Fundação Superficial – Sapata Associada
  • Figura 6 - Fundação Superficial – Sapata corrida
  • Figura 7 - Fundação Superficial – Bloco.......................................................................
  • Figura 8 - Fundação Superficial – Radier
  • Figura 9 - Fundação Profunda – Estaca Raiz
  • Figura 10 - Fundação Profunda – Estaca Strauss
  • Figura 11 - Fundação Profunda – Estaca Franki
  • Figura 12 – Etapas do processo executivo da hélice continua.
  • Figura 13 – Cálculo de resistência de ponta
  • Figura 14 – Localização dos SPTs
  • Figura 15 – Representação da composição do solo.
  • Figura 16 – Prova de carga
  • Gráfico 1 – Previsão de carga de rompimento segundo Van der Veen LISTA DE GRAFICOS
  • Gráfico 2 - Resistências do método de Aoki-Velloso
  • Gráfico 3 - Resistências do método de Décourt-Quaresma..........................................
  • Gráfico 4 – Resistência lateral dos métodos de Aoki-Velloso e Décourt-Quaresma
  • Gráfico 5 – Resistência de Ponta dos métodos de Aoki-Velloso e Décourt-Quaresma
  • Gráfico 6 - Métodos semi-empíricos com fator de segurança
  • Tabela 1 - Valores de F1 e F2 LISTA DE TABELAS
  • Tabela 2 - Valores de k e α
  • Tabela 3 - Valores de k e α ( Laprovitera, 1988)
  • Tabela 4 - Valores de F1 e F2 - Laprovitera (1988); Benegas (1993)
  • Tabela 5 - Valores de k e α - Monteiro (1997)
  • Tabela 6 - Valores de F1 e F2 Monteiro (1997)
  • Tabela 7 - Valores de C em função do tipo de solo (Décourt e Quaresma, 1978)
  • Tabela 8 - Valores de C em função do tipo de solo (Décourt e Quaresma, 1978)
  • Tabela 9 - Valores do fator α
  • Tabela 10 - Valores do fator β
  • Tabela 11 – Resultado da prova de carga e método de Van der Veen
  • Tabela 12 – Resultado do método de Aoki e Velloso
  • Tabela 13 - Resultado do método de Décourt-Quaresma
  • indicado por Décorut Tabela 14 - Resultado do método de Décourt-Quaresma com Fator de Segurança
  • indicado pela norma. Tabela 15 - Resultado do método de Décourt-Quaresma com Fator de Segurança
  • Tabela 16 - Resultado do método de Vorcaro-Velloso
  • 1 INTRODUÇÃO
  • 2 OBJETIVOS
  • 2.1 Objetivo geral
  • 2.2 Objetivos Específicos
  • 3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
  • 3.1 Definição do Solo e a Importância da sua Caracterização
  • 3.2 Estudo do Solo - SPT ( Standard Penetration Test )
  • 3.3 Recalque
  • 3.4 Prova de Carga
  • 3.4.1 Prova de Carga Estática – NBR
  • 3.4.1.1 Ensaios com carregamento lento
  • 3.4.1.2 Ensaios com carregamento rápido
  • 3.4.1.3 Relatório final da prova de carga
  • 3.5 Fundação Superficial
  • 3.5.1 Sapatas
  • 3.5.1.1 Sapata associada...............................................................................
  • 3.5.1.2 Sapata corrida
  • 3.5.2 Bloco
  • 3.5.3 Radier
  • 3.6 Fundação Profunda
  • 3.6.1 Estacas
  • 3.6.1.1 Estaca Raiz
  • 3.6.1.2 Estaca Strauss
  • 3.6.1.3 Estaca Franki
  • 3.6.1.4 Estaca por hélice contínua
  • 3.6.1.4.1 Processo executivo
  • 3.6.1.4.2 Perfuração
  • 3.6.1.4.3 Concretagem
  • 3.6.1.4.4 Armação.........................................................................................
  • 3.7 Capacidade de carga relacionada ao SPT
  • 3.7.1 Método Aoki-Velloso
  • 3.7.1.1 Contribuição de Laprovitera e Benegas
  • 3.7.1.2 Contribuição de Monteiro
  • 3.7.2 Método Décourt-Quaresma
  • 3.7.3 Método Vorcaro-Velloso.........................................................................
  • 4 LOCAL E CARACTERIZAÇÃO DA OBRA EM ESTUDO
  • 5 METODOLOGIA
  • 5.1 Prova de Carga
  • 5.2 Métodos semi-empíricos
  • 5.2.1 Aoki e Velloso (1975)
  • 5.2.2 Décourt-Quaresma (1996)
  • 5.2.3 Vorcaro-Velloso (2000)
  • 5.3 Fator de Segurança
  • 6 RESULTADOS
  • 6.1 Prova de Carga
  • 6.2 Aoki e Velloso (1975)
  • 6.3 Décourt-Quaresma (1996)
  • 6.4 Vorcaro-Velloso (2000)
  • 6.5 Comparativo
  • 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
  • REFERÊNCIAS

15 Dessa forma, este trabalho tem o intuito de comparar os resultados de capacidade de carga obtidos pela aplicação de métodos semi-empíricos com os resultados obtidos por meio da capacidade de carga obtida pela prova de carga, com o intuito de avaliar a conformidade dos métodos estudados.

16 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral Analisar e comparar os métodos semi-empíricos para previsão de capacidade de carga de estaca hélice contínua com os resultados de capacidade de carga obtidos por meio da prova de carga. 2.2 Objetivos Específicos ● Estudar os métodos semi-empíricos para determinação da capacidade de carga para estacas hélice continua; ● Entender e analisar o comportamento da curva carga x recalque; ● Comparar os resultados de capacidade de carga obtidos pelos métodos semi-empiricos de Método Aoki-Velloso, Décourt-Quaresma, Teixeira e de Vorcaro-Velloso com a prova de carga para estaca hélice continua; ● Analisar método semi-empírico que mais se aproxima da capacidade de carga obtida por meio da prova de carga.

18 3.2 Estudo do Solo - SPT ( Standard Penetration Test ) O estudo do solo é uma das principais atividades no início de qualquer empreendimento e o ensaio de resistência a penetração vem sendo utilizado amplamente para obter diversas características e comportamento do solo. É um estudo executado conforme a NBR 6484 (ABNT, 2001 ), o qual consiste na cravação de um amostrador padrão com 50,8mm de diâmetro externo e 34,9mm de diâmetro interno e com uma extremidade cortante e outra que possibilite a fixação de uma haste para conduzi-la ao fundo da perfuração. O amostrador é conectado à haste e introduzido no furo. Sua cravação no solo é feita por um martelo de ferro fundido com peso padrão de 65 kg. O martelo é ligado a um tripé que possibilite a sua elevação a uma altura de 75 cm e permita a sua queda livre. Essa elevação pode ser feita manualmente ou utilizando um equipamento mecânico. A medição é feita contabilizando o número de golpes necessário para o avanço do amostrador para cada 15 cm, nos primeiros 45 cm de cada metro. O avanço restante de 55 cm é executado com o auxílio de um trado. O material recolhido pelo amostrador é retirado, caracterizado inicialmente de forma visual e anotada a profundidade em que foi obtido. Dentre os valores obtidos a cada metro, é considerada a resistência à penetração a somatória do número de golpes necessários para percorrer os últimos 30 cm. Em casos onde o solo seja fraco e um golpe seja suficiente para superar os 45 cm, é necessário anotar a relação do golpe com o total percorrido. O ensaio permite obter alguns parâmetros importantes, como caracterizar o tipo do solo, a altura do lençol freático e, principalmente, a resistência do solo em cada metro. Com tais informações e a planta de cargas da estrutura, é possível começar a estudar qual tipo de fundação será mais adequada para o empreendimento. A NBR 6484 (ABNT, 2001) traz os seguintes critérios de paralisação da sondagem SPT:

  • A cravação do amostrador-padrão é interrompida antes dos 45 cm de penetração sempre que ocorrer uma das seguintes situações:

19 o em qualquer dos três segmentos de 15 cm, o número de golpes ultrapassar 30; o um total de 50 golpes tiver sido aplicado durante toda a cravação; o não se observar avanço do amostrador-padrão durante a aplicação de cinco golpes sucessivos do martelo.

  • O processo de perfuração por circulação de água, associado aos ensaios penetrométricos, deve ser utilizado até onde se obtiver, nesses ensaios, uma das seguintes condições: o quando, em 3 m sucessivos, se obtiver 30 golpes para penetração dos 15 cm iniciais do amostrador-padrão; o quando, em 4 m sucessivos, se obtiver 50 golpes para penetração dos 30 cm iniciais do amostrador-padrão; e o quando, em 5 m sucessivos, se obtiver 50 golpes para a penetração dos 45 cm do amostrador-padrão.
  • Em situações em que o avanço em 10 minutos for inferior a 50mm. 3.3 Recalque Um fator que não pode ser ignorado ao analisar o solo e um projeto de fundação é o recalque que o solo sofrerá no processo de construção e pós construção, considerando a carga que será transmitida. A NBR 6122 (ABNT, 2010) diz que a fundação por estaca deve receber somente cargas em que o recalque provado não traga problemas para a estrutura. Podemos definir recalque, segundo a NBR 6122 (ABNT, 2010), como sendo movimento vertical descendente de um elemento estrutural. Já para Berberian (2012), recalque é definido como o deslocamento vertical ou inclinação que uma edificação sofre devido aos deslocamentos ocorridos no maciço de apoio da sua fundação. Esse acontecimento traz grande importância para a engenharia, pois pode ser responsável por levar uma edificação ao colapso. Vale lembrar que o recalque não é o problema, mas sim as deformações excessivas não calculadas que trazem consigo problemas para a edificação. Em algumas situações o procedimento de recuperação dessa edificação se torna inviável economicamente devido ao alto custo de operação.