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Urbanismo - História e Mudança, Manuais, Projetos, Pesquisas de Urbanismo

Para uma melhor compreensão esta pesquisa desenvolve-se segundo uma linha cronológica histórica que permite a análise das transformações da sociedade que levaram às mudanças a nível organizacional e estrutural das malhas urbanas das cidades até aos nossos dias.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2021

Compartilhado em 11/07/2021

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ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO CIVIL
URBANISMO: HISTÓRIA E DESENVOLVIMENTO
ALEX KENYA ABIKO
MARCO ANTONIO PLÁCIDO DE ALMEIDA
MÁRIO ANTÔNIO FERREIRA BARREIROS
1995
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ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO CIVIL

URBANISMO: HISTÓRIA E DESENVOLVIMENTO

ALEX KENYA ABIKO

MARCO ANTONIO PLÁCIDO DE ALMEIDA

MÁRIO ANTÔNIO FERREIRA BARREIROS

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000 - 5000 a.C.) e a Idade dos Metais (5000 - 4000 a.C.). Ressalta-se que, convencionalmente, a divisão entre História e Pré-história tem como marco a invenção da escrita, ocorrida por volta do ano 4000 a.C. Durante o período da Idade da Pedra (Paleolítico Inferior), o homem vivia em um estado cultural voltado para a caça, pesca, recolhendo alimentos da própria natureza e começando a fabricar os primeiros instrumentos (arcos e setas, objetos de pedra, etc.). No período Paleolítico Superior, ocorre uma diminuição das habituais fontes de carne, provavelmente em virtude das extremas variações de calor e frio, chuva e secas ocorridas nesse período. O homem para subsistir, volta-se, em grupos, à atividade da colheita. Objetos encontrados, pertencentes a essa época, revelam progressos consideráveis na fabricação de instrumentos: por exemplo, serras de madeira com filas de pequenas lascas geométricas de pedra, para servirem de dentes. A necessidade de segurança, convivência, permuta e, principalmente, da impossibilidade da comunidade subsistir sem alimento, leva essas comunidades a passarem do estágio de nomadismo para a fixação em locais específicos. Quando o homem sai do estágio da colheita, e começa a desenvolver técnicas de pastoreio e agricultura, tem-se o início do período neolítico ou a nova Idade da Pedra. Neste estágio civilizatório, o homem passa também a organizar o espaço em que habita, a irrigar o solo, a selecionar sementes e cultivar algumas plantas comestíveis, a domesticar um pequeno número de animais, a fabricar objetos de cerâmica, conhecer as estações do ano e, conseqüentemente, começa a modificar seu meio ambiente. No fim do Paleolítico Superior existiu uma fase de transição para o período Neolítico, chamada Mesolítico. Nesse período aumentou a precisão dos trabalhos em osso, preparando a verdadeira revolução que ocorreria na época neolítica. (ARRUDA, 1993) Segundo MCEVEDY (1990), a “transição do modo de vida do Mesolítico para o Neolítico é um momento de viragem, no desenvolvimento social e econômico do homem, comparável, em importância, às revoluções industrial e científica dos séculos XIX e XX. O contraste entre um acampamento mesolítico e uma aldeia de camponeses do Neolítico é tão frisante que justifica perfeitamente o termo UHYROXomR QHROtWLFD”. Convém destacar, entretanto, que as origens reais da agricultura continuam pouco compreendidas. O conhecimento da técnica de fundição dos metais inaugurou a Idade dos Metais (5000 - 4000 a.C.), fazendo com que o homem abandone progressivamente os instrumentos de pedra; inicialmente, predominavam a produção de cobre, do estanho e do bronze (3000 a.C. no Egito e Mesopotâmia). O ferro apareceu mais tarde (1500 a.C.), na Ásia Menor, ganhando preferência na fabricação das armas.

Com o passar do tempo, as atividades agrícolas passaram a ser incompatíveis com a criação de gado na mesma área, fazendo com que haja a necessidade da separação entre a agricultura e o pastoreio, fato este que pode ser apontado como a primeira divisão social do trabalho: agricultor e o pastor. O pastor precisava dos produtos agrícolas. O agricultor, por outro lado, necessitava dos produtos animais. Começaram então a aparecer locais para troca, onde pastores e agricultores permutavam os seus produtos. Acontece que nem sempre a troca podia ser procedida de fato: não era ocasião da colheita ou não havia pronta disponibilidade de produtos animais. Acredita-se que a necessidade de se registrarem as trocas combinadas e as entregas de produtos, forçou o aparecimento da escrita. Nessa direção, pode-se afirmar também que a moeda foi criada como meio para facilitar as trocas de produtos. Em fins do período neolítico e princípios do período histórico, isto é, aproximadamente no ano 4000 a.C., começam a se formar os primeiros agrupamentos humanos, com características de cidade. O aumento da densidade populacional vai, aos poucos, transformando as antigas aldeias em cidades, e conseqüentemente provocando alterações na esfera da organização social. Para BENEVOLO (1993), a cidade -- local de estabelecimento aparelhado, diferenciado e ao mesmo tempo privilegiado, sede da autoridade -- nasce da aldeia, mas não é apenas uma aldeia que cresceu. Ela se forma quando os serviços já não são executados pelas pessoas que cultivam a terra, mas por outras que não têm esta obrigação, e que são mantidas pelas primeiras com o excedente do produto total. Nasce, assim, o contraste entre dois grupos sociais, dominantes e subalternos: os serviços já podem se desenvolver através da especialização, e a produção agrícola pode crescer utilizando estes serviços. A sociedade se torna capaz de evoluir e de projetar a sua evolução. A cidade, centro maior desta evolução, não só é maior do que a aldeia, mas se transforma com uma velocidade muito maior. De acordo com GOITIA apud SPENGLER (1992), “o que distingue a cidade da aldeia não é a extensão, nem o tamanho, mas a presença de uma alma da cidade, (...) a coleção de casas aldeã, cada uma com a sua própria história, converte-se num WRGR FRQMXJDGR. E este FRQMXQWR vive, respira, cresce, adquire um rosto peculiar, uma forma e uma história internas”. Assim, com o contínuo aumento populacional, somado com a consolidação da prática da agricultura intensiva surgiu um novo estilo de vida, o qual induziu a mudanças fundamentais, na economia e nas ordens social, tecnológica e ideológica. A cidade, núcleo dessa evolução, não é apenas maior que a aldeia, ela possui uma velocidade de transformação muito maior, o que determina um salto civilizador e a abertura de novos caminhos para a sociedade, com mudanças profundas da composição e das atividades da classe dominante, que influem sobre toda a sociedade.

Entretanto, existem outros arqueólogos que defendem a teoria de que o aparecimento das primeiras cidades ocorreu, não nos grandes vales aluviais, como se julgava até a pouco, mas nas zonas montanhosas que delimitavam uma área fértil, nas vertentes das montanhas do Irã, do Iraque, de Israel, da Jordânia e da Síria. Durante o IV milênio a.C., os oásis localizados ao longo do curso dos rios Tigre e do Eufrates, na Mesopotâmia, e do Nilo, no Egito, áreas de enorme potencial agrícola, tornar-se-ão as primeiras sedes com as características de uma civilização urbana. As planícies dessas regiões eram muito férteis, pois as periódicas inundações dos rios traziam para a várzea o limo, um excelente fertilizante natural. Foram, então, utilizadas para o cultivo de diversos cereais (trigo, aveia, centeio, cevada, arroz, milho, etc.) e plantas frutíferas (uvas, figos, damascos, melões, mangas, bananas, morangos, laranja, etc.), proporcionando colheitas excepcionais. Além disso, o terreno aberto favorecia as trocas de mercadoria e de notícias, facilitando as comunicações. Com o passar do tempo, melhoram-se as técnicas de irrigação e as áreas cultiváveis ampliam-se cada vez mais. A introdução dos metais, da roda, do carro puxado pelos bois, do burro de carga e das embarcações à vela e a remo acelera de modo acentuado o desenvolvimento dessas regiões. Começava assim, a partir IV milênio, nas cidades localizadas nas planícies pluviais no Egito, a espiral de uma nova economia: o aumento da produção agrícola, da população e o início da concentração do poder e do excedente da produção nas cidades. O fato de essas cidades estarem localizadas entre o rio e o deserto fez com que se desenvolvessem de forma concentrada. O mesmo não ocorreu com as cidades européias, que, por possuírem um largo campo fértil para produzir, desenvolveram-se de forma espalhada, de acordo com as características de cada região, por todo o continente europeu.

$FLGDGHQD0HVRSRWkPLD A Mesopotâmia -- região onde viveram os sumérios, os acádios e os assírios -- localizava-se entre os rios Tigre e Eufrates. Acredita-se que por volta de 3500 a.C. surgiram os primeiros povoados nessa região. Inicialmente formaram-se aldeias isoladas, as margens da planície pluvial dos rios Tigre e Eufrates, que foram evoluindo com o desenvolvimento da agricultura. Segundo ARRUDA (1993), como a Mesopotâmia não era uma região isolada, tornou-se muito difícil determinar exatamente a composição dos povos que lá viveram; por outro lado, também seria difícil que um mesmo reino ou império tivesse sobrevivido durante muito tempo. Estudos arqueológicos mostram que os habitantes da Mesopotâmia faziam uso da madeira e do betume do vale superior, ao norte, como abrigo e proteção contra as águas. O domínio da técnica de construção de redes de valas de irrigação, canais, e locais de moradia junto à represas, garantia à regularidade da produção agrícola, isso porque havia uma natural ameaça de escassez de água no

começo da estação de crescimento e, havia ainda, a probabilidade de tempestades e enchentes no tempo da colheita. (MUMFORD, 1982) Sabe-se que as enchentes dos rios da Mesopotâmia eram avassaladoras. Se não houvesse controle, tudo era inundado. A violência das águas do rio Tigre devastava áreas extensas. Foi preciso organização política para construir diques e canais a fim de controlar os rios. Em relação ao sistema político, na Mesopotâmia cada cidade era governada por um sacerdote que representava o povo, auxiliado por um conselho de anciãos. Esses sacerdotes eram considerados como um verdadeiro Deus. Nesta condição, recebiam “os rendimentos de parte das terras comuns, a maior parte dos despojos de guerra, e administravam estas riquezas acumulando as provisões alimentares para toda a população, fabricando ou importando os utensílios de pedra e de metal para o trabalho e para a guerra, registrando as informações e os números que dirigem a vida da comunidade”.(BENEVOLO, 1993) Ainda de acordo com o autor, até meados do III milênio a.C., as cidades da Mesopotâmia formam Estados independentes, que lutam entre si para repartir a planície irrigada pelos dois rios. Por volta do ano 2850 a.C., surgiu a primeira dinastia histórica em Ur. Mas a dinastia mais famosa foi a de Lagash, que acabou vencendo e anexando a cidade de Ur. Por volta de 2330 a.C. as cidades-estados da Mesopotâmia se uniram sob o controle dos semitas. Originários das orlas do deserto da Arábia, esses povos pastores fundaram algumas cidades às margens do Tigre. A mais conhecida era Acad (que deu origem ao nome acádios). Seu rei, Sargão, conquistou e unificou todas as cidades sumérias, tornando-se o fundador da Dinastia de Agade (acadiana), primeiro império estável (que duraria cerca de um século). Mais tarde sua tentativa é repetida pelos reis sumérios de Ur, por Hamurabi da Babilônia e pelos reis assírios e persas. Os empreendimentos de Sargão de Acad se caracterizam pela fundação de novas cidades residenciais, onde a estrutura dominante não é mais o templo, mas o palácio do rei. São exemplos desses empreendimentos a cidade-palácio de Sargão II nos arredores de Nínive e, mais tarde, as cidades-palácios dos reis persas, Pasárgada e Persépolis. Tem-se também, a ampliação de algumas cidades que se tornam capitais de império e, onde se concentram não só o poder político, mas também o tráfico comercial e o instrumental de um mundo muito maior, como é o caso de Nínive e da Babilônia. Essas cidades permaneceram, à época, durante muito tempo como símbolos e protótipos de toda grande concentração humana, com seus méritos e seus defeitos. (BENEVOLO,

Em 2180 a.C. a Dinastia de Agade foi sucedida pela Dinastia Sumeriana. A cidade de Ur consegue recuperar-se e conquistar a hegemonia sobre toda a Suméria, cuja administração burocrática era mais compacta e estável que Agade. A partir do início do II milênio a.C., as cidades da Mesopotâmia já são muito grandes -- Ur mede cerca de 100 hectares --, abrigando dezenas de milhares de habitantes. Em seus aspectos físicos,

Mesopotâmia e, segundo BENEVOLO (1993), com “esses recursos, ele constrói as obras públicas, as cidades, os templos dos deuses locais e nacionais, mas sobretudo sua tumba monumental, que simboliza a sua sobrevivência além da morte e garante, com a conservação de seu corpo, a continuação de seu poder em proveito da comunidade”. Em 3100 a.C., Menés, rei do Alto Egito (Egito do Sul) torna-se o primeiro faraó da 1ª Dinastia do Egito^1 , conquistando o delta do Nilo. Funda a cidade de Mênfis nas proximidades do vértice do delta e cerca-a com um muro. Nessa época, foi inventada a escrita hieroglífica^2 e muitas convenções utilizadas na arte egípcia nos próximos 3000 anos. A 1ª e 2ª Dinastias (3100 - 2685 a.C.) constituem o período de formação do Antigo Egito. Verifica- se, nesse período, grande progresso em obras de cantaria, metalurgia do cobre e habilidades técnicas diversas. As condições de vida melhoraram e a população cresce. Durante a 3ª e 5ª Dinastias (2685 - 2180 a.C.), o imenso poder e prestígio da monarquia egípcia se reflete na construção da primeira grande pirâmide. Nesse período é construído também o primeiro monumento feito inteiramente em pedra trabalhada. Foi a pirâmide dos degraus do rei Zoser, em Saqqara. Segundo OLIVEIRA a história das 31 dinastias que existiram no Egito, ocupa mais de 4000 anos, sendo que a 4ª dinastia, a dos construtores de pirâmides, reinou entre 3700 e 3550 a.C.. As pirâmides de Quéops e de seu filho Quéfrem, em Gizé, construídas na 4ª Dinastia, são, sem dúvida, as mais extraordinárias pirâmides construídas. Foram feitas em face lisa, um grande avanço em substituição às pirâmides escalonadas. Destaca-se a utilização dos planos inclinados para elevar os grandes blocos de pedra ao cimo das construções. A história, como se desenrola no Egito apresenta, como característica, uma devoção ao culto religioso, uma deificação do faraó, que por muito tempo dividiu sozinho com os deuses o dom da imortalidade, além de concentrar absolutamente o poder. A crença numa vida pós-morte era extremamente importante para os egípcios e foi a força motivadora para a construção de monumentos tão fantásticos como as grandes pirâmides e a esfinge. Para os egípcios, não havia nada tão valioso como a segunda vida, após a morte. Segundo BENEVOLO (1993), no Egito, sobretudo nos primeiros tempos, os monumentos não formam o centro da cidade, mas são dispostos GH SHU VL como uma cidade independente, divina e eterna, que domina e torna insignificante a cidade transitória dos homens. A cidade divina é construída de pedra para permanecer imutável no curso do tempo; é povoada de formas geométricas simples: prismas, pirâmides, obeliscos, ou estátuas gigantescas como a grande esfinge, que não observam proporção com as medidas do homem e se aproximam, pela grandeza, dos elementos da

(^1) A história da civilização egípcia divide-se em dois períodos: Período Pré-Dinástico e Período Dinástico. O Período Pré- Dinástico vai de 4000 a.C. até 3200 a.C., quando acontece a unificação do Egito. O Período Dinástico vai de 3200 a.C. até 525 a.C. , quando foi invadido pelos Persas.

paisagem natural; é ocupada pelos mortos, que repousam cercados de todo o necessário para a vida eterna, mas é feita para ser vista de longe, com o fundo sempre presente da cidade dos vivos. O Império Egípcio foi governado por uma série de Dinastias de reis naturais do Egito, assim como, de reis provenientes do estrangeiro, até 30 a.C., ano em que foi conquistada pelos romanos e tornou- se uma província do Império Romano.

$VFLGDGHVHVWDGRVGH&UHWDHGD)HQtFLD $VFLGDGHVHVWDGRVGH&UHWD Na Ilha de Creta -- entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Egeu -- existiu (3000 a 2000 a.C.) uma das mais brilhantes civilizações da Antigüidade: a civilização cretense ou egéia. Segundo ARRUDA (1993), não se conhece ao certo a origem dos povoadores da Ilha de Creta. Provavelmente eram de raça ariana e chegaram a Creta através das ilhas do Mar Egeu, procedentes da Ásia Menor. Outros levantam a hipótese de que os cretenses eram povos autóctones^3 , originários da área do Mediterrâneo. Ainda de acordo com o autor, os cretenses foram os fundadores do primeiro império marítimo que se conhece. Com a madeira das florestas da ilha, construíram navios de até 20 metros de comprimento. Mas não navegavam em alto-mar, limitando-se à navegação de cabotagem entre um ponto e outro da costa; as numerosas ilhas do Mar Egeu facilitavam essas viagens. Nas férteis planícies da ilha, os cretenses cultivavam cereais, vinhas e oliveiras; instruídos pelos imigrantes vindos do Oriente, os artesãos cretenses revelaram grande habilidade no trabalho com metais e com cerâmica. Vasos fabricados com excelente cerâmica, artisticamente decorados, bem como vasos de bronze, eram vendidos em todo o Mediterrâneo Oriental. O domínio da técnica de construção de barcos e da navegação, somado a capacidade de produzir objetos em metais -- cobre, ouro, prata, bronze -- e cerâmicos e a capacidade de produzir excedentes agrícolas fizeram com que os mercadores cretenses monopolizassem o comércio no mar Egeu. Na ilha de Creta fundam-se as cidades de Mália, Cnossos e Faistos. Essas duas últimas destacam-se em relação às demais, construindo grandes palácios. Essas cidades cretenses, das quais temos ruínas bem conservadas de alguns palácios, tinham ruas acompanhando as curvas de nível; eram estreitas e pavimentadas, possuindo também, rede de água e esgoto. Em 1400 a.C. Cnossos foi destruída, provavelmente após uma invasão dos aqueus, vindos da Grécia, interrompendo-se bruscamente o período de prosperidade comercial. Com a queda de Cnossos, Micenas, capital de uma federação de cidades-estados no continente, passa a ter maior importância.

(^2) No Egito existiram três tipos de escrita: o Hieróglifo (escrita sagrada), a escrita Hierática (usada para documentos) e a Demótica (popular). 3 Que é oriundo de terra onde se encontra, sem resultar de imigração ou importação.

jamais foi ultrapassado. A história grega começa no século VIII a.C., mas o período anterior parece ter sido longo, pois ao começar o período histórico, a língua grega já estava perfeitamente formada, bem como sua mitologia. Segundo MUMFORD (1982), o desenvolvimento da cidade grega sofreu muitos afastamentos institucionais promissores em relação ao modelo original de cidade, tal como se desenvolvera na Mesopotâmia e no Egito. Os gregos, ao que parece, haviam, em certo grau, se libertado das ultrajantes fantasias de poder sem reservas que a religião anteriormente tinha promovido: “suas cidades eram cortadas mais próximo da medida humana e foram libertadas das pretensões paranóicas de monarcas quase divinos, com todas as compulsões e arregimentações acompanhantes do militarismo e da burocracia. Os gregos derrubaram, quando, aliás, ainda mal as haviam desenvolvido, as duras divisões em casta e ocupação, que se haviam introduzido com a própria civilização”. Para podermos compreender o processo histórico da Grécia é indispensável conhecer o quadro geográfico em que ela encontrava-se inserida. Assim, sabe-se que o território grego era formado por 3 partes: a parte continental, a peninsular e a insular. Geograficamente, podemos dividir a península grega em duas partes proporcionais: a Helade ao norte e o Peloponeso ao sul. Essas duas partes são quase separadas pelo golfo de Corinto.

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A Grécia Continental apresenta numerosas cadeias montanhosas e no meio delas existem planícies férteis, isoladas umas das outras. Esse tipo de relevo foi importante para explicar o surgimento de Estados locais, pois as comunicações internas eram muito difíceis. A Grécia Peninsular apresenta um litoral muito recortado, com golfos e baías penetrando fundo no território. Isso facilitava a navegação entre um ponto e outro da costa. A Grécia Insular corresponde as numerosas ilhas espalhadas pelo Mar Egeu.(ARRUDA, 1993) Os gregos são de origem indo-européia (também chamados arianos). O primeiro grupo indo-europeu a chegar foi o dos aqueus. Aos poucos, os aqueus formaram alguns núcleos urbanos: Micenas,

Tirinto e Argos. Nesse processo de ocupação, assimilaram povos mais antigos existentes na Grécia, os pelágios ou pelasgos, de origem desconhecida. (ARRUDA, 1993) Destas cidades, a mais importante era Micenas. Os habitantes desta cidade estabeleceram comércio com a Ilha de Creta e desse contato, desenvolveu-se a civilização creto-micênica, fruto da integração de duas culturas. Posteriormente, por volta de 1400 a.C., os gregos tomaram Cnossos, principal cidade de Creta e destruíram a civilização cretense. A civilização micênica estava se expandindo em direção à Ásia quando, por volta de 1200 a.C., a Grécia é invadida por povos arianos, os dórios. A invasão dos dórios resultou numa grande dispersão do povo nativo, para o interior da Península Balcânica e para a Ásia Menor. Essa dispersão foi denominada de Primeira Diáspora Grega. A vida urbana desapareceu. A população regrediu para uma vida mais primitiva, voltando a se organizar em pequenas comunidades ou grupos familiares. A célula básica da sociedade grega após o século XII a.C. passa a ser o “JHQRV^6 ” -- uma grande família ainda não decomposta em famílias menores, com um único chefe: SDWHUIDPtOLDV. A economia do JHQRV era quase que exclusivamente agropastoril, apoiada no coletivismo. A transformação dessa sociedade, que resultaria na desagregação dos JHQRV, ocorre por dois fatores: o crescimento populacional, não acompanhado no mesmo ritmo pelo crescimento da produção, levou a uma disputa pelas terras mais férteis e a tendência do JHQRV à divisão em pequenas famílias, acarretando o enfraquecimento dos laços familiares. Essa desagregação permitiu que poucos indivíduos passassem a dominar a economia, enquanto que a maioria da população era excluída da divisão dos bens e da produção. As conseqüências da desintegração da sociedade do JHQRV (ou sistema gentílico) foram complexas. Os que permaneceram foram subjugados pelos HXSiWULGDV -- filhos do pai, parentes mais próximos dos SDWHUIDPtOLDV Esta camada deu origem à aristocracia grega, cujo poder resultava da posse da riqueza fundamental -- a terra. A aristocracia grega, por não possuir a força coletiva do JHQRV, começam a unir-se em IUiWULDV (irmandades), com a finalidade de garantir o controle econômico e autoprotegerem. Esse mesmo motivo levou os IUiWULDV a formarem as tribos. Da reunião de várias tribos e da aglutinação dos seus vilarejos, surgiu a organização política típica da Grécia antiga: a cidade-estado (SROLV^8 ). (ARRUDA,

O rompimento da unidade do JHQRV foi, portanto, fundamental para o surgimento da cidade-estado, as quais passaram a constituir a própria base da sociedade e seu elemento de união. A cidade grega começava a apresentar suas características próprias: a Acrópole, templo construído numa elevação; a

(^6) De acordo com ARRUDA (1993), os JHQRV eram uma espécie de família muito grande; um tipo de clã; os JHQRV compunha-se de 7 JHQV (gentes). 8 )UiWULDV: reunião de^ HXSiWULGDV^ pertencentes a antigos^ JHQRV; irmandade. 3ROLV: o mesmo que cidade-estado

lançaram os fundamentos do futuro regime democrático de Atenas, implantado por Clístenes em 507 a.C. (ARRUDA, 1993) Ainda de acordo com o autor, as reformas de Sólon não foram inteiramente aplicadas por causa dos interesses sociais em conflito. As agitações sociais e políticas criaram condições para o aparecimento dos tiranos^10 , homens que se apoderaram do poder, exercendo-o de modo ilegal e contrário às leis. Os principais tiranos que governaram Atenas foram: Psistrato (560 a 527 a.C.); Hiparco e Hípias (527 a 510 a.C.) e Iságoras (510 a 508 a.C.). Psistrato, durante o seu governo fez numerosas reformas: dividiu as propriedades; determinou a participação dos cidadãos nas Assembléias e nos Tribunais; construiu obras públicas, como portos, templos, canais, aquedutos, esgotos, bibliotecas públicas, etc.. Esse período é muito importante para a história da cidade, devido ao aparecimento dos traçados urbanos ortogonais, da realização das primeiras tentativas sistemáticas de planejamento e realização de melhoramentos na cidade. Desde o século VI a.C. encontram-se os primeiros esboços dessa concepção nas colônias fundadas na Sicília e no Mar Negro; mas‚ somente na primeira metade do século V, com a reconstrução da cidade de Mileto, destruída pelos persas em 494 a.C., é que se assiste verdadeiramente a construção de um plano ortogonal. Em Mileto, o traçado ortogonal adapta-se bem ao contorno sinuoso do promontório que avança pelo mar dentro, local onde se implantou a cidade. (GOITIA, 1992) Rapidamente o traçado ortogonal^11 , adotado na reconstrução da cidade de Mileto, se espalha através do mundo grego. Por volta de 475 a.C. ele é introduzido na Grécia continental pelo filósofo e arquiteto Hipódamo de Mileto, o inventor da divisão regular da cidade. O arquiteto foi também o autor de uma teoria política na qual imaginou uma cidade de 10.000 habitantes, dividida em três classes: uma de artesões, outra de agricultores, e outra de guerreiros, cujo território deveria também ser dividido em três partes: uma consagrada aos deuses, outra pública, e a terceira reservada a propriedades particulares. O urbanismo de Mileto não se limita ao rigor do traçado, distingue-se também um certo zoneamento: porto militar, iJRUD, santuários, HPSRULRQ (porto comercial) e setores residenciais. Nas cidades da época clássica (século V - IV a.C.) as ruas são de uma estreiteza que corresponde essencialmente à circulação de pedestres e animais de carga. As ruas mais importantes não ultrapassam quatro ou cinco metros e são ligadas por ruelas, às vezes por escadas, de um e meio a três metros de largura. As aduções de água constituem uma das principais preocupações do urbanismo grego. A água‚ levada por aquedutos subterrâneos desemboca em fontes públicas. Posteriormente, após a queda dos tiranos, e com a ascensão de Clístenes, em 508 a.C., essas obras de melhoramentos não têm continuidade.

(^9) Eram considerados marginais ou WKHWDV aqueles cuja riqueza fosse inferior a 200 PHGLPQRV por ano. (^10) O tirano não eram necessariamente despótico e opressor, como entendemos a palavra hoje em dia. (^11) O emprego do plano ortogonal também é denominado plano “hipodâmico”.

Clístenes, um político de origem nobre, ao assumir o governo dá início às reformas que implantariam a democracia. Os princípios básicos da reforma de Clístenes eram: direitos políticos para todos os cidadãos; participação direta dos cidadãos no governo, através do comparecimento à assembléia ou através de sorteio.

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Buscando quebrar o antigo sistema baseado na origem regional ou familiar, todo cidadão tinha que se inscrever em uma GHPRV^12 e substituir o seu nome de família pelo nome da GHPRV. Como a GHPRV era o elemento mais importante na reforma de Clístenes, o novo regime passou a chamar-se democracia, isto é, JRYHUQRGRGHPRV A democracia ampliou a possibilidade de participação do cidadão^13 ateniense nas decisões políticas, independentemente de sua renda (anteriormente, na república censitária, o poder estava restrito aos cidadãos que possuíssem poder econômico). De acordo com VICENTINO (1995), numa população^14 de aproximadamente 320 mil habitantes, apenas 40 mil decidiam sobre os destinos da cidade.

(^12) Clístenes dividiu a península em três regiões: litoral, cidade e interior. Cada uma dessas regiões foi subdividida em 10 unidades chamadas GHPRV. Em seguida, Clístenes organizou 10 tribos, formando cada tribo com três GHPRV, uma de cada região. A tribo era formada, portanto, de elementos pertencentes a todas as camadas sociais, quebrando o sistema, da época de Sólon, baseado na origem regional e familiar. 13 Cidadão era o indivíduo nascido em Atenas, livre e do sexo masculino. Vale dizer: mulheres, escravos e estrangeiros (não nascidos em Atenas) não possuíam direitos políticos.

E por fim, ainda segundo o autor, o organismo da cidade se desenvolve no tempo, mas alcança, de certo momento em diante, uma disposição estável, que é preferível não perturbar com modificações parciais. O crescimento da população não produz uma ampliação gradativa, mas a adição de um outro organismo equivalente ou mesmo maior que o primitivo (chama-se paleópole, a cidade velha; néapole, a cidade nova), ou então a partida de uma colônia para uma região longínqua. Justamente por estes quatro caracteres -- a unidade, a articulação, o equilíbrio com a natureza, o limite de crescimento -- a cidade grega vale como referência para outras cidades; dá à idéia da convivência humana uma filosofia precisa e duradoura no tempo. Em relação à arquitetura grega, esta representa um marco na história das edificações. Nessa direção, JULES (1984) destaca a importância da expressão arquitetônica, como linguagem, uma vez que ela está continuamente evoluindo para novas formas baseadas no passado, ou em contraste com ele. A $FUySROH, por exemplo, é reconhecida como uma poderosa expressão de sua era. O 3iUWHQRQ representa o desenvolvimento do estilo clássico e simboliza a mitologia do povo grego. Em contraste com a iJRUD, ele diferencia entre os aspectos comercial e religioso da sociedade. Uma aproximação magnífica em espiral à entrada da $FUySROH coloca-a em correta justaposição com o resto da sociedade -- ela é separada e mais próxima do céu. Esse simbolismo do orgulho e da democracia ateniense é tão forte que tem sido passado através das idades até o presente. Quase todas as cidades do mundo ocidental têm seu edifício público clássico. Atenas foi o maior centro cultural do mundo grego. Os templos gregos -- principal manifestação da arquitetura grega -- obedeciam a três estilos arquitetônicos: dórico, jônico e coríntio. Os edifícios no estilo dórico eram representados por construções de pequenas proporções, se o comparamos com os grandes monumentos egípcios. O estilo jônico assemelha-se ao dórico, porém em proporções mais esbeltas -- suave e delicado. O estilo coríntio é caracterizado por um capitel (parte superior de uma coluna, que serve de apoio ao teto) ornamentado em forma de folhas. Em 338 a.C. os exércitos macedônicos, sob o comando de Alexandre Magno, invadem a Grécia e arrasam as cidades gregas, poupando, entretanto, Atenas. Durante o reinado de Alexandre Magno, tem início o desenvolvimento do período denominado de Helenismo^15 (336 - 330 a.C.), durante o qual se fecha o ciclo da arte grega. Alexandre Magno fundou mais de 33 cidades, dotadas de instituições semelhantes às das cidades- estados da Grécia, por todo o oriente conquistado, permitindo a expansão da cultura grega. O urbanismo helênico, fruto desse período, criou as chamadas cidades hipodâmicas, caracterizadas por rigorosa simetria, em contraste com a liberdade dos clássicos gregos. Em seus estudos sobre os problemas existentes nas cidades gregas, o grego Hipócrates encarava a cidade de maneira concreta, observando os efeitos do ambiente urbano sobre os habitantes, tanto no

(^15) A Cultura Helenística é resultante da integração da cultura grega com a cultura oriental.

aspecto físico quanto no aspecto moral. Mas foi preciso chegar no século IV para se instaurar com Platão e Aristóteles, uma verdadeira reflexão urbanística. Aristóteles (384 a.C. a 322 a.C.), torna-se o grande teórico do urbanismo da Grécia antiga. Ele aconselha a escolha de um sítio, não apenas salubre, mas que permita um abastecimento fácil, devendo a cidade tirar partido, tanto do mar quanto do campo. No que diz respeito à estrutura urbana, ele defende uma especialização dos bairros segundo sua função: comercial ou artesanal, residencial, administrativo e religioso. Ele preconiza especialmente a criação de duas praças bem distintas, uma reservada à vida pública e outra consagrada às atividades comerciais. Quanto às ruas, ele as imagina retas, dispostas regularmente ‘segundo o sistema de Hipódamo’. Entre 197 a.C. e 31 a.C., todos os antigos reinos helenísticos foram conquistados pelos romanos, os verdadeiros herdeiros do Império de Alexandre Magno.

$FLGDGHURPDQD A cidade de Roma, localizada na Península Itálica, no Mar Mediterrâneo, formou-se^16 , no século VII a.C., a partir do crescimento de um agrupamento de aldeias e tribos montanhesas fixadas às margens do rio Tibre, na fronteira entre o território etrusco (ao norte da Itália) e o colonizado pelos gregos (ao sul da Itália). Segundo ARAÚJO (1993), do ponto de vista histórico, na sua origem, Roma era um forte construído pelos habitantes do Lácio (latinos e sabinos) para impedir as incursões dos povos etruscos. Os etruscos, ao ocupar o Lácio, no século VII a.C., deram à cidade de Roma a sua estrutura final. O poder político etrusco declinou a partir do século VI a.C., à medida que Roma ascendia, a princípio libertando-se, depois dominando os latinos da Itália central, antes de voltar-se contra os Estados circundantes: sabinos, équos, volscos e samnitas. Em 265 a.C., a anexação de toda a Etrúria e a subseqüente vitória sobre os gauleses da costa do Mar Adriático, deram aos romanos o controle total da Península Itálica. Roma em 500 a.C. controlava cerca de 900 Km^2 ; em 260 a.C., por volta de 26 mil Km^2. (ARRUDA, 1993) A cidade se desenvolveu, com a incorporação das culturas grega e etrusca, até transformar-se na capital de um Império, que chegou a unificar politicamente todo o mundo mediterrâneo. Inicialmente o regime de governo era monárquico e o poder real era considerado de origem divina. O rei era o chefe supremo, assessorado pelo Conselho de Anciãos --denominado Senado --, composto pelos chefes das famílias e pelos sacerdotes. A partir de 509 a.C., tem início o período republicano da história de Roma^17. O regime republicano por sua vez irá se desintegrar com o evento da Guerra Civil (133 - 27 a.C.), que dará origem ao Império Romano, oficialmente implantado em 27 a.C.. (ARRUDA, 1993)

(^16) Tem-se como data presumível para o aparecimento de Roma o ano de 754 a.C.