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Visão Neuropedagogica, piscopedagogia clinica
Tipologia: Trabalhos
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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ SYLVIA REGINA CASELLI QUOOS
Orientadora:PROFª MARIA LETIZIA MARCHESE
Curitiba 2008
Monografia apresentada ao curso de Pós- Graduação em Psicopedagogia da Universidade Tuiuti do Paraná, como parte dos requisitos para obtenção do título de Psicopedadoga.
“Não deve haver pressa na mudança. O importante é que o grupo tenha uma relativa clareza e segurança de cada etapa e, sobretudo, firmeza na direção em que se processam as mudanças. Quem espera ter clareza total e segurança máxima para mudar, não quer mudar. Em educação não há estrada asfaltada... O caminho se faz caminhando”.
Carlos Henrique Carrilho Cruz
Aos Meus familiares e principalmente ao meu filho que muitas vezes teve de abrir mão de minha companhia para e realização deste projeto. E, em especial, gostaria de agradecer a Profª Letizia pelo grande incentivo, convívio exemplo na busca da transformação e ampliação de horizontes para uma educação inovadora e transformadora.
demais professores e pais^ Como professora alfabetizadora, foi percebida a necessidade de alertar os de que o desenvolvimento e o estímulo da Percepção Visual nas Séries iniciais do Ensino Fundamental é de suma importância, pelo fato de que, comraramente são suspeitadas até que uma criança começa a ter problemas na escola. freqüência, são muito sutis, as deficiências da percepção visual e que Sendo esta habilidade necessária no processo de leitura e escrita, será abordado o assunto de forma transdisciplinar através do tema: A IMPORTÂNCIA DA PERCEPÇÃO VISUAL NA APRENDIZAGEM COM UMA VISÃO NEUROPSICOPEDAGÓGICA. Um dos principais motivos que a abordagem da Percepção Visual correlacionando-a com a Neuropsicologia, foi o fato de que as deficiências da percepção visual geralmente são causadas por áreas com hipofuncionamento no lado direito do córtex cerebral, e os estudantes com essa espécie de deficiência podem exibir outros déficits do “cérebro direito”. Estudantes com deficiências da Percepção Visual geralmente precisam de maior apoio no Nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental, quando a demanda por dominar sistemas de símbolos visuais é maior. Normalmente, precisam de menos auxílio à medida que envelhecem e começam a usar diferentes áreas de recursos para compensar suas deficiências de processamento visual. Com bastante freqüência, essas pessoas “desabrocham” no ensino, quando seu desempenho é ocasionalmente espetacular. Será que os professores alfabetizadores estão levando em consideração as habilidades e conceitos básicos necessários para a aprendizagem?
O presente estudo será realizado através de uma revisão literária, utilizando livros, artigos da internete, dissertações.
OBJETIVOS
Objetivo Geral Conscientizar e Alertar os professores da importância da Percepção Visual na aprendizagem
Objetivos Específicos Esclarecer aos educadores a importância das habilidades visuais no processo de alfabetização Recomendar ações que facilitem o processo de alfabetização através do desenvolvimento das habilidades visuais no alfabetizando.
A percepção do ser humano está acrescida de estímulos, elementos da memória, do raciocínio, do juízo e do afeto, portanto está acoplada a qualidade objetiva dos sentidos, outros elementos subjetivos e próprios de cada indivíduo. Ela consiste na apreensão de totalidades e sua organização consciente sendo mais que apenas estímulos locais e temporais captados pelos órgãos dos sentidos. A percepção que uma pessoa tem do mundo exterior de seu olho não depende apenas do órgão de visão, mas também de suas emoções, seu motivos, experiências, suas adaptações, etc. Todas as pessoas aprendem a perceber e até mesmo a compreender o mundo prestando atenção, olhando as coisas ao seu redor e com isso se acomodam em perceber as coisas como devem ser, (registros na memória) fator que em alguns momentos acaba levando o cérebro a cometer enganos, mas também é o caso de quando ele completa os pedaços de uma figura que não está presente, pois já existem registros na memória. Os cognitivistas defendem a idéia de que a percepção é um processo construtivo dependente das informações inerentes ao estímulo e também da estrutura mental daquele que recebe. A maioria das funções requer a ação integrada de neurônios em diferentes regiões, por isso fica difícil compreender a percepção focalizando apenas uma região do cérebro sem considerar as relações dessa região com outras. Sendo o professor hoje um verdadeiro “engenheiro educacional” (Vaughn,
tatilquinestésico, etc) (Vygostsky, 1979 e Feuertein, 1986, 1987, 1989), o professor traz também conhecimentos pedagógico-científico, tais como atitudes, valores, crenças, estratégias etc. APRENDIZAGEM
A aprendizagem ocorre sempre que o comportamento exibe uma mudança ou tendência progressiva, com a repetição da mesma situação estimulante e quando a mudança não pode ser atribuída a fadiga no receptor ou afetor. As tendências no comportamento denominadas aprendizagem são presumivelmente devidas a mudança no sistema nervoso e possíveis em virtude da plasticidade e retentividade desse sistema (Hunter, 1929). Bruner (1960) define aprendizagem como: “Primeiro é aquisição de nova informação a qual, muitas vezes, contraria ou substitui o que a pessoa anteriormente sabia, implícita ou explicitamente. Um segundo aspecto da aprendizagem pode ser chamado de transformação – o processo de manipular o conhecimento de modo a adapta-lo a novas tarefas. Um terceiro aspecto é a avaliação (crítica): verificar se o modo pelo qual se manipula a informação está adaptado à tarefa. Na aprendizagem de qualquer assunto, há comumente uma série de episódios, cada um dos quais envolve os três processos”.
Para Drouet (2001) a criança está pronta para aprender quando ela apresenta um conjunto de condições, capacidades, habilidades e aptidões consideradas como pré-requisitos para o início de qualquer aprendizagem. Quando se fala em prontidão,
Neurônios associativos fazem ligação das áreas primárias com as secundárias, onde vai acontecer a percepção, que consiste na formação de imagens sensoriais correspondentes ao estímulo. Trata-se de imagens com significado: “vê-se um rosto familiar ou desconhecido; ouve-se a voz de um amigo; o braço está molhado com a chuva...” Enquanto a sensação é um fenômeno típico do recém-nato, uma vez que suas áreas secundárias ainda não amadureceram (não estão mielinizadas), no adulto em contrapartida fica difícil vivenciar uma sensação. Diante de qualquer estímulo imediato se pergunta: o que é isto? Como surgiu? O simples fato destas indagações supõe a presença de uma percepção: qual o significado de tais estímulos? De onde se conclui que a percepção é um fenômeno que requer um estado de atenção ótimo. Daí pode-se entender que em estado de lusco-fusco, quando a consciência está em níveis mínimos de ativação, é possível a um adulto “entrever” a sensação de uma sensação... Quando o despertador toca, os primeiro ruídos podem provocar a impressão de que algum barulho plana pelo ar; a continuação do ruído acaba por acordar a pessoa que só então se apercebe da hora de levantar-se. Com tais fatos pode-se também explicar uma grande fonte de sonhos, provocados pelos mais variados estímulos de intensidade mínima suficientes para chegarem até o cérebro, mas incapazes de acordarem completamente o adormecido.
Das áreas secundárias ou de associação passa-se às terciárias ou de integração onde ocorre a adição e combinação de todos os aspectos do estímulo, de modo a formar uma percepção mais global: está se vendo o rosto de um amigo, cuja voz particular me vem a tona junto com sua maneira vigorosa de dar um aperto de mão... Em verdade esta descrição detalhada e lenta processa-se no cérebro em milésimos de segundos. Não só. Ao mesmo tempo, muitas outras regiões nervosas são também atingidas, todas elas essenciais para que a aprendizagem realmente ocorra. Nas zonas secundárias e terciárias do córtex cerebral dá-se a percepção, com a conseqüente formação de imagens sensoriais. A sensação vem a ser um fenômeno psíquico elementar que resulta da ação de estímulos externos sobre os órgãos dos sentidos. Nas sensações externas são refletidas as prioridades e os aspectos de tudo que é humanamente perceptível, ou seja que se encontra no mundo exterior. Para tal o ser humano se vale dos sentidos tendo sensações táteis, auditivas, gustativas, visuais que reagem aos estímulos que agem sobre eles, é conseqüência da adaptação deste órgão a este tipo determinado de estímulo. A sensação interna reflete movimentos de parte isolada do corpo e o estado dos órgãos internos, sendo denominada sensibilidade geral. São discretos receptores sensitivos que captam estímulos proprioceptivos, que indicam a posição do corpo e de suas partes. A medida que o ser está contido no mundo há relação de significação, pois atribui significados à realidade em que se encontra. Os significados são o início de
Quatro conceitos (no mínimo) são fundamentais para que se discriminem satisfatoriamente as letras, as palavras e os números. São eles: em cima e embaixo; esquerda e direita. Os conceitos “em cima e embaixo” são de fácil aquisição, pois, podem ser vivenciados no, e pelo próprio corpo. A criança, facilmente percebe que sua cabeça fica em cima de seu tronco e seus pés abaixo. Usando o corpo como ponto de referência, nota que o céu está acima de sua cabeça e a terra embaixo de seus pés. Em relação à leitura e a escrita, estes conceitos são importantes na medida em que sua aquisição permite a distinção adequada de letras, “u” e “n”, a distinção entre elas é a posição da abertura. No grafema “u” observa-se que a abertura é para cima, enquanto que no grafema “n”, a abertura fica para baixo. Portanto, a não aquisição dos conceitos “em cima e embaixo” pode ocasionar trocas entre as letras “u” e “n”. Exemplo: Texto: “Ele tem poucos lápis.” Leitura: “Ele tem poncos lápis.” No que se refere aos conceitos “esquerdo e direito”, pode-se afirmar que sua aquisição é bem mais difícil e complicada de ser adquirida. Isto ocorre porque ao se tomar o corpo como ponto de referência, nota-se que estes conceitos são simétricos e relativos.
Simétricos, pois o lado esquerdo do corpo é idêntico ao lado direito. Relativos, porque depende da posição que o sujeito ocupa. Se eu me coloco de frente para uma janela, o vaso passa a estar à minha direita. Esta simetria e relatividade fazem com que estes conceitos sejam os que são aprendidos mais tardiamente e, não raramente, com auxílio de pontos de referência externos do corpo. Em relação aos problemas de aprendizagem, as não aquisições destes conceitos podem ocasionar trocas entre letras que apenas diferem quanto a orientação espacial – “b” e “d”; “p” e “q”. Ao se realizar uma análise da estrutura gráfica destas letras, pode-se dizer que elas são constituídas por um “tracinho” e por um “semi-círculo”. Estes dois elementos combinam-se ora à direita ora à esquerda para simbolizarem as referidas grafias. Pode-se observar concretamente as letras “b” e “d”. No caso da letra “b” o semi-círculo posiciona-se à direita do “tracinho”, enquanto que na letra “d” a posição do semi-círculo é à esquerda do “tracinho”
podendo apresentar trocas durante a leitura, entre: o – e; a – o; c – e; f – t; h – b; n – u etc., pois não conseguem ver no que essas letras são diferentes. Constância de percepção de Forma e Tamanho: Crianças com dificuldades em perceber a constância de tamanho e forma, poderão apresentar dificuldade no reconhecimento de figuras geométricas e no reconhecimento de palavras ou letras aprendidas, mas inseridas em contextos diferentes e desconhecidos, ou quando escrita em tipos diferentes de grafia – manuscrita, impressa. Percepção de Figura-Fundo: Em relação à escrita, a criança poderá ter dificuldades em dirigir sua atenção para uma palavra ou um grupo de palavras dentro de um texto ou para letras dentro de palavras. Num caso mais específico, as crianças poderão ter problemas em perceber com exatidão as letras e as palavras impressas numa folha, pois a sua atenção perceptiva pode alterar-se entre palavras impressas e o branco da folha. Memória Visual: A memória visual está em íntima relação com a atenção e com a figura-fundo. Se existem falhas na discriminação de figura-fundo e a atenção é dispersa, pouco ou nada se conseguirá memorizar. Na leitura permite que a criança forme uma imagem visual das palavras, na escrita, permite a utilização correta da grafia.
DEFICIÊNCIA DA PERCEPÇÃO VISUAL
Os estudantes com deficiências da percepção visual têm problemas em entender o que vêem. O problema não é de visão, mas do modo como seus cérebros processam as informações visuais.
Essas crianças têm dificuldade para reconhecer, organizar, interpretar e/ou recordar imagens visuais. Como resultado, elas têm problemas para entender todo o espectro de símbolos escritos e pictórios – não apenas letras e palavras , mas também números , diagramas, mapas, gráficos e tabelas. As habilidades de percepção visual incluem a capacidade para reconhecer imagens que já viu-se antes de vincular-lhes significados (como um pré escolar reconhecer um sinal do McDonald’s e dizer que está faminto, discriminar entre imagens similares (como as letras b e d, ou as palavras ataca e acata ), separar figuras significativas de detalhes de segundo plano (identificar as vogais em uma palavra por exemplo) e reconhecer o mesmo símbolo em diferentes formas (reconhecer que um A é um A , mesmo quando aparece em diferentes tamanhos, cores ou fontes. Reconhecer seqüências é uma outra importante habilidade de percepção visual; as pessoas com problemas de seqüência visual podem não ver diferença entre as palavras via e vai e ter problemas para copiar até mesmo uma série curta de letras ou números corretamente. Estudantes com este tipo de problema, em geral, aprendem apenas lentamente suas letras e números. Seus livros de exercícios e trabalhos escolares são cheios de inversões, omissões e outros erros freqüentemente atribuídos a “relaxamento”. Além disso, os estudantes com problemas de percepção visual normalmente têm dificuldades com a memória visual e a visualização. Eles são aprendizes de leitura dolorosamente lentos, porque não reconhecem facilmente as palavras à sua frente e devem “pronunciá-las” enquanto prosseguem. Apresentam dificuldades para recordar regras de ortografia e palavras irregulares e, geralmente, escrevem-nas foneticamente.